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21 janeiro 2005

As Cinco Crises na Teoria da Evolução

Escrito pelo Dr. Ray Bohlin de Probe Ministries

e traduzido pelo pastor James A. Choury

A crescente crise dentro da teoria de Darwin está-se revelando mais acentuada a cada dia. O trabalho dos cientistas que crêem na criação e outros cientistas “não-darwinianos” está crescendo e está sendo aceito mais agora do que em qualquer época anterior. Neste artigo quero apresentar as cinco áreas principais onde o darwinismo falha. Elas são:

1. A falta de um mecanismo que possa produzir a macro-evolução.

2. O fracasso total dos esforços para explicar a origem da vida

3. A falta de explicação pelas supostas “adaptações complexas”

4. A falência da teoria do “relojoeiro cego”

5. A evidência biológica mostrando a estabilidade genética e não contínuas mudanças

1. Onde está o mecanismo?

A teoria da evolução tem recebido ampla aceitação principalmente por causa da confusão sobre a definição da própria palavra “evolução”. Se “evolução” simplesmente significa “mudança através dos tempos” então não podemos discordar disso. Mudança através dos tempos é uma realidade notado em vários casos de plantas e animais. O problema é que muitos tomam o fato de pequenas mudanças (adaptações) dentro de uma espécie e concluem que essas pequenas adaptações são capazes de produzir novas espécies.

Não existem dúvidas a respeito das pequenas adaptações. O problema é mostrar de onde vieram tantas espécies de plantas e animais tão variados. As pequenas mudanças permitidas pelo código genético simplesmente não dão para produzir novas espécies. Os evolucionistas neste ponto oferecem como o mecanismo as mutações. Porém a introdução de mutações na discussão não adianta nada. O próprio grande zoólogo e evolucionista Francês Piere-Paul Grassé disse o seguinte: “Que adianta ter aquelas incessantes mutações se não produzem verdadeiras mudanças?” Em outras palavras, as mutações produzidas em bactérias e vírus são simplesmente flutuações ao redor de uma posição média, às vezes à direita, às vezes à esquerda, mas nunca produzindo a muita desejada e procurada “evolução”.

Quando se fala em “evolução”, estamos falando da produção de novas formas biológicas e de adaptações estruturais complexas. Isso é exatamente o que ainda nunca foi explicado. Quando surge a pergunta sobre adaptações complexas como o olho ou a reprodução sexual ou a língua do pica-pau, o evolucionista geralmente sai só mostrando como essas estruturas são benéficas para o organismo. Ou seja, a óbvia vantagem dessa estrutura para a sobrevivência da planta ou animal é oferecida como motivo pela própria “evolução” dessa planta ou animal. Porém isto é um argumento circular. Não basta mostrar a óbvia vantagem de uma estrutura bem complexa. O que precisamos é o mecanismo capaz de produzir tal estrutura.

A seleção natural (sobrevivência) explica como os organismos se adaptam às pequenas mudanças de seu ambiente. Esse fato permite que as plantas e os animais façam aquilo para o que foram desenhados por Deus a fazerem; reproduzir e multiplicar. A seleção natural, porém, não explica como aquelas adaptações chegaram a existir. Cadê o mecanismo?

2. O fracasso total dos esforços em explicar a origem da vida

Todos fomos ensinados que é fácil pensar num mecanismo pelo qual as simples moléculas orgânicas podem ser produzidas e logo após auto-organizadas numa célula viva num planeta primitivo como a terra. Essa crença na facilidade de produzir a vida usando algumas simples moléculas orgânicas é a razão de muitas pessoas crerem na existência de vida sobre numerosos planetas do universo. Isso está longe da verdade.

No ano 1953, Miller e Urey conseguiram produzir alguns ácidos amoníacos (os componentes das proteínas) dentro do laboratório. Isto conduziu a uma euforia enorme com muitos dizendo que o homem estava próximo a produzir a própria vida . Quando se lembrou que a presença de oxigênio (O2) na atmosfera com certeza destruiria qualquer forma de vida incipiente, tiveram que propor uma atmosfera “primitiva” de amônia, hidrogênio, metano, e vapor de água. Não existe razão alguma para acreditar na existência de tal atmosfera “primitiva” a parte da necessidade de proteger a teoria da evolução! Nas décadas seguintes foram propostas numerosas teorias explicando a origem de vida. Todas contêm grandes problemas internos e nenhuma delas chega a convencer ou mesmo a dominar na área de “origens”. Todas precisam de condições muito esquisitas para seu funcionamento e, mesmo assim não conseguem produzir alguma coisa além de simples cadeias moleculares.

O decorrer dos anos só tem dificultado o problema das “origens”. Agora encontra-se o problema da “evolução” do código genético dentro do DNA. Como explicar a existência desse código sem admitir o fator “inteligência” na sua formação? O estudo da DNA está cheio de conceitos como “escrever, ler, e traduzir”. Não existe um só exemplo de “programação sem programador” em todo o mundo! A programação não acontece por acaso. As descobertas nas últimas décadas só têm complicado o assunto e não provocaram um só avanço na explicação da “evolução” da vida.

3. A falta de explicação pelas supostas “adaptações complexas”

Talvez o maior problema dos biólogos evolucionistas seja o problema da formação de novas estruturas complexas dentro do esquema evolucionário. Os evolucionistas facilmente demonstram como os organismos estão perfeitamente adaptados aos seus ambientes, mas não conseguem explicar como essas maravilhosas adaptações foram produzidas. Simplesmente nunca foi mostrado como a seleção natural e as mutações podem produzir tais adaptações. A origem do olho, por exemplo, causou a Darwin muitos problemas. Sua única explicação foi observar a variedade de olhos encontrados dentro da natureza e inferir que essa variedade mostra uma seqüência progressiva de olhos simples até os mais complexos. Porém até Ernst Mayr, o famoso evolucionista de Harvard, reconhece que os diferentes tipos de olhos encontrados não estão relacionados desse modo (de simples até mais complexos). Ele sugere que cada tipo de olho teve que evoluir independentemente, ou seja que o olho evoluiu mais de quarenta vezes diferentes durante a história do planeta! O dilema de Darwin nunca foi resolvido, só se multiplicou por um fator de 40.

Outros argumentam que a formação da célula apresenta igual problema para a evolução. O biólogo molecular Michael Behe explica que a célula representa um sistema de complexidade irredutível. Quer dizer que todos os elementos do sistema precisam estar presentes e funcionando bem ou não funciona nada. Se os sistemas representam um caso de complexidade irredutível, como é que vai se formando devagar durante longos períodos de tempo usando elementos que estavam cumprindo outra função?

Obviamente, se falamos em mudanças fundamentais como a formação de asas nos pássaros e morcegos e na formação do olho humano ou na formação de microorganismos, a teoria da evolução ainda não mostrou como tais estruturas poderiam surgir só por causas naturais.

4. A falência da teoria do “relojoeiro cego”

Richard Dawkins, no seu livro The Blind Watchmaker (O relojoeiro cego), (1986), diz o seguinte: “A biologia é o estudo de coisas complicadas que aparentemente foram desenhadas com propósito.” Ele explica que a seleção natural é o “relojoeiro cego” porque não tem o olhar no futuro, nem planeja as conseqüências e nem tem um objetivo definido em mente. Apesar disso, os resultados da seleção natural nos impressionam com a aparência de design e propósito, mas tudo é ilusão. Somos nós que impomos a idéia de design a tudo.

Phillip Johnson, oponente do Darwinismo, diz que o relojoeiro não é só cego, mas totalmente inconsciente! Dawkins logo explica como esse processo cego pode ter produzido asas nos mamíferos. Como surgiram as asas? Muitos bichos pulam de ramo em ramo e algumas vezes caem ao solo. Especialmente nos animais pequenos o corpo todo age como um aerofólio e tende a minimizar o efeito da queda. Qualquer tendência de acréscimo na relação “resistência ao ar/peso do corpo” (por exemplo mais pele entre o corpo e as extremidades) seria de ajuda para tal animal não cair com tanta violência. Ele diz que podemos imaginar uma altura, “h” igual à altura da qual o bicho morreria por causa da queda. Qualquer tendência de diminuir a força da queda ajudaria tal animal a sobreviver. Tais bichos sobreviveriam mesmo e continuariam vivos para se reproduzir, enquanto os outros bichos com menos resistência ao ar pereceriam. Desse modo os bichos continuariam desenvolvendo mais e mais pele entre o corpo e as extremidades até resultar em uma espécie de asa, como no morcego.

Tudo isso pode soar muito acertado em princípio. Porém encontramos pelo menos três falhas no seu argumento. A primeira falha é que as mutações não podem produzir uma cadeia contínua de mudanças favoráveis para conseguir tais transformações. Cada pequena transformação tem pouca probabilidade. A matemática mostra que uma cadeia de acontecimentos pouco prováveis é extremamente improvável. A segunda falha é que as mudanças que ajudariam a diminuir os efeitos da queda seguramente produziriam desvantagens colaterais. O bichinho correria melhor ou com mais dificuldade? Ou como tudo isso afetaria sua capacidade de apanhar comida, por exemplo. A terceira é que existem limites no código genético além das quais os bichos não poderão ser transformados. Esses limites são atingidos dentro de poucas gerações e tendem a diminuir a viabilidade total do animal. A hipótese do relojoeiro cego, no final das contas, cai na categoria de fantasia interessante, mas com pouca relação com a realidade.

5. A evidência biológica mostra a estabilidade genética e não contínuas mudanças

Em vez de mostrar os organismos se transformando de uma espécie em outra, o registro dos fósseis mostra a súbita existência de muitas espécies e a sua estabilidade perpétua logo após. Novas “espécies” aparecem repentinamente no “registro” e continuam sem alterações daí para frente. Isso é conhecido como “stasis” pelos mesmos evolucionistas e paleontólogos.

Darwin profetizou que encontrar-se-iam inumeráveis formas transicionais entre as espécies. Mas a realidade da paleontologia é toda o contrário. A regra geral é que os peixes continuam sendo só peixes e as rãs continuam sendo só rãs. A regra geral vale até no “registro” fóssil. Simplesmente não se encontra a muito procurada progressão de uma espécie à outra.

Alguns animais e plantas permaneceram sem alterações durante os supostos milhões de anos. O peixe celacanto é um exemplo. O celacanto foi supostamente extinto mais de 100 milhões de anos atrás. Era considerado um peixe “primitivo” por causa de sua feia aparência. Os fósseis do celacanto eram bem conhecidos e mostrados como exemplo da progressão do “primitivo” ao moderno. Suas barbatanas eram consideradas como preparatórias para uma vida terrena futura. O primeiro celacanto vivo foi encontrado no mar perto de Madagascar no ano de 1938. Os evolucionistas chamaram-no de “fóssil vivo” e esperavam descobrir significantes mudanças nos órgãos internos mostrando uma “forma transicional”. O entusiasmo sumiu logo quando o celacanto resultou ser só um peixe normal com nada de mudanças internas.

Nas montanhas canadenses encontra-se uma formação chamada de formação Burgess Shale. Segundo as interpretações geológicas da própria evolução, ali se apresentam quase todos os tipos de forma de vida numa só camada de pedra que eles mesmo dizem ter 500 milhões de anos. Tudo aparece no que o evolucionista chama “um instante geológico”, ou seja um período de 20-30 milhões de anos! A “explosão cambriana” é nada menos que assombrosa. Ali encontram-se esponjas, medusas, minhocas, artrópodes, conchas, e muitas outras formas de vida estranhas, todas perfeitamente formadas e sem “formas transicionais”. Isso é totalmente contrário a o que se poderia esperar seguindo as teorias evolucionistas.

Se Darwin vivesse hoje em dia, acho que estaria bastante desapontado. Existem menos evidências para o apoio à sua teoria hoje do que no seu tempo.

2 comentários:

Anônimo disse...

Gostei muito do seu blog e do texto sobre Darwin. Como vi que vc tem bastnte conhecimento no assunto, poderia me dizer se tem como eu conseguir na NET o livro "Evolucao:Uma teoria em crise" , Adler and Adler,1986 em portugues? Obrigado se puder me responder! matpelegrin@yahoo.com.br

Allan Ribeiro disse...

Caro Mateus,

Desculpe a demora. Pesquisei e não encontrei o livro em português. Aí fui consultar o Enézio de Almeida Filho e o Moisés Bezerril, os dois gigantes sobre Design Inteligente e Criacionismo (respectivamente) que eu conheço. O Enézio respondeu primeiro e me disse o seguinte:

Allan,

O livro só existe em inglês. Nós entramos em contato com o autor para a tradução do livro em português, mas o e-mail retornou como conta inexistente. O NBDI tem interesse de traduzi-lo, apesar de já estar um pouco defasado, suas críticas são severas.

Recomende o "Darwin no banco dos réus" de Phillip E. Johnson, São Paulo, Cultura Cristã, 2008.
Portanto, aí está sua resposta. Qualquer novidade que eu tenha, terei prazer em te repassar. Continue visitando o blog.