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26 janeiro 2005

Sendo um Cristão na Ciência

Por Richard Milne, traduzido por Allan Ribeiro

"Carl Sagan é um amigo meu. Ele disse que se Jesus ascendeu literalmente e viajou à velocidade da luz, ele ainda nem saiu de nossa galáxia.” (1).

Assim falou o bispo episcopaliano John Spong, quando perguntado se ele cria que Jesus tinha subido ao Céu. Este é um exemplo do pior tipo de confusão entre ciência e crsitianismo.

Neste ensaio consideraremos como viver com integridade tanto enquanto cristãos como enquanto cientistas. Livros sobre ciência e cristianismo são publicados todos os meses, mas são particularmente difíceis de ler e raramente fáceis de aplicar. Walter Hearn dinamita esses estereótipos em seu novo livro, Sendo um Cristão na Ciência.

O livro de Hearn é o resultado de ter sido um cristão desde a infância e um cientista por grande parte de sua vida profissional. O seu desejo é que os cristãos entrem para a carreira científica e cresçam nela. Mas ele também quer que qualquer pessoa que entre nesta estrada conheça as alegrias e obstáculos que encontrará em adiante, torno das muitas dobras. O seu livro é por vezes intensamente prático e profundamente devocional.

Desde Darwin, muitos cristãos têm se sentido desconfortáveis com a ciência. Muitos de nós têm o sentimento de que a ciência está tentando se livrar da necessidade de Deus. A maioria de nós tem ouvido cientistas como Carl Sagan, falando muito além dos campos de sua especialidade, fazer declarações como “O universo é tudo o que há, ou houve ou jamais haverá”. É possível para um cristão que crê na Bíblia também ser um cientista comprometido?

O livro de Hearn, Sendo um Cristão na Ciência, não tenta lidar com as questões da criação/evolução, ou do acaso x design inteligente, ou mesmo da ciência x Deus. Pelo contrário, o seu foco claro e sincero é em questões como, Como você trabalha como cientista se você é ao mesmo tempo um cristão? Como é a ciência enquanto profissão? Será que eu posso mesmo orar no laboratório?

De início é importante distinguir entre um “Cientista Cristão”, com um C maiúsculo e um “cristão cientista”. Nas primeiras páginas do livro, Hearn, um químico a vida inteira e editor, separa o que a ciência pode e não pode fazer. A ciência não pode de jeito nenhum estabelecer a alegação de que nada sobrenatural ou eterno é real. Quando tal alegação é feita, ela não é científica, mas cientista (2). Conquanto esta não seja a ênfase do livro, Hearn é muito claro sobre quais são os limites da ciência e, como cristãos nós devemos pensar claramente sobre o que a ciência pode e não pode fazer.

Usando Sendo um Cristão na Ciência como base, nós examinaremos o que os cientistas realmente fazem e porque os cristãos devem passar suas vidas na ciência e que recursos há ali para aqueles crentes que fazem da ciência a carreira que escolheram. Minha esperança é que você verá não somente o valor da ciência, mas, se você é um jovem cristão que já ama a ciência, você verá que esta é uma vocação para a qual Deus pode estar chamando você. A ciência está mudando a forma de nosso mundo e nós precisamos de cientistas cristãos tanto quanto precisamos de professores cristãos ou carpinteiros ou missionários.

O que os Cientistas Fazem, Afinal?

Muitos cristãos não estão bem certos do que fazem os cientistas e muito claramente o que eles não querem saber. Assim como Walter Hearn observa agudamente em seu livro, “As igrejas evangélicas que enviam missionários por todo o mundo raramente vêem o ‘Mundo da Ciência’, ou a vida acadêmica em geral, como um campo missionário (3)”. Há cristãos demais que vêem os cientistas como “o inimigo” com pouca reflexão sobre o que eles querem fazer ou como eles podem ser alcançados pelo Evangelho.

O que é um cristão? Alguém que crê em Jesus. Sim e não. O que é um cientista? Alguém que crê na ciência. De novo, sim e não. Um cristão crê que Jesus é a resposta a certas questões sobre como podemos ser perdoados e permanecer diante de um Deus santo, questões sobre como podemos saber o que irá acontecer conosco quando morrermos. Como um cristão, você já pensou em ser um cientista? O que é um cientista afinal?

Um cientista crê que a ciência é um “grupo de métodos para solucionar um tipo particular de problema (4).” A ciência não é somente uma lista de fatos ou teorias, é uma maneira de entender o mundo natural pela observação, experimentação e depois pela tentativa de encontrar relações de causa e efeito. Os cientistas são fascinados pelo mundo ao redor delas. Eles anseiam entender mais do que já sabem sobre este mundo complexo e intrincadamente conectado em que vivemos. Um cientista sabe que temos poucas respostas, e ele ou ela se dispõe pelo menos a tentar fazer as perguntas certas para que possamos aprender mais sobre como as coisas funcionam, e como as partes deste mundo loucamente variado se encaixam.

O que é preciso para ser um cientista? Walter Hearn, ele mesmo um químico de laboratório por vinte anos, dá uma resposta desarmadoramente simples para esta questão. Um cientista precisa de “curiosidade sobre a natureza, a inteligência, a perseverança, o senso-comum e uma habilidade conceitual acima-da-média. Flexibilidade é outra característica importante (5)”. Isto é um pouco como dizer “Simplesmente tenha fé” para alguém que esteja prestes a passar por uma provação. O que ele não diz é como pode ser difícil manter esses traços admiráveis diariamente em face de muito do que a ciência realmente é.

Os matemáticos podem olhar para o mesmo grupo de equações por meses antes de perceber a relação entre elas. Os biólogos podem fazer a mesma coisa ou quase o mesmo experimento dúzias de vezes por semanas e meses, antes que possam ver o resultado que eles esperavam que pudesse acontecer. Os geólogos podem passar meses no campo recolhendo informações, sem estar certos de como eles jamais irão compor o quadro-geral. Muito da ciência é trabalho duro diário, geralmente sem saber se você está se saindo bem ou fracassando, e aí, ocasionalmente o momento “Aha!” quando as coisas subitamente se encaixam e você tem mais um pequeno marco para cruzar as largas paragens sobre as quais nós sabemos pouco ou nada. Você ainda gostaria de ser um cientista?

Agora nós vamos pensar em porque Deus pode querer chamar as pessoas para serem cientistas em tempo integral e como um cristão pode honrar tal chamado. Não existem respostas fáceis, mas se você gosta de ciências, Deus pode muito bem chamar você para ser uma das pontes no século XXI que permite que cristãos e cientistas possam entender uns aos outros. É um chamado criticamente importante.

Como um Crente Pode Viver Como um Cristão na Ciência?

“Tendo horror aos clamores vãos e profanos e às oposições da falsamente chamada ciência, a qual, professando-a alguns, se desviaram da fé.” (1 Tm 6.20-21).

Uma má compreensão da repreensão de Paulo a Timóteo deixou muitos cristãos céticos com relação à ciência. Afinal, muitos cientistas não crêem em Darwin e Darwin não provou ser falsa a necessidade de Deus? Por que os cristãos deveriam perder o seu tempo com a ciência?

Em seu livro maravilhosamente suave, Sendo um Cristão na Ciência, Walter Hearn oferece uma citação de um professor e físico cristão que resume este sentimento à medida que se aplica a uma vasta gama de buscas acadêmicas:

Alguém ouve os cristãos falarem orgulhosamente de seus filhos ou filhas que se casaram com estudantes de seminários ou missionários... [Mas] eu ainda estou para ouvir um pai cristão falar orgulhosamente deste filho ou filha casando-se com um aluno de faculdade. Não é de admirar que os nossos jovens estejam se sentindo desencorajados em entrar para a vida rigorosa do aprendizado e da pesquisa (6).

Os cristãos podiam antes alegar com justiça que eram líderes na maioria das arenas intelectuais. A ciência moderna é largamente reconhecida como tendo suas raízes em uma perspectiva cristã da natureza. Se nós cremos que Deus criou o mundo em que vivemos, então não deveríamos estar envolvidos com os cientistas que o estão explorando?

Nós já falamos brevemente de algumas das características pessoais que muitos cientistas compartilham. Se Deus estiver chamando você para uma vida como um cientista, é provável que Ele também tenha dado a você os dons ou talentos necessários para trabalhar como um cientista. Você se saiu bem em matemática e ciências na escola? Você sente algum impulso para encontrar mais do que você já sabe sobre o espaço distante ou o espaço próximo? O que você acharia de ser um cientista?

Sendo um Cristão na Ciência dedica vários capítulos a questões como “O que esperar” e “A ciência é uma vocação cristã”. Talvez a situação mais difícil seja estar sendo mal-interpretado tanto pelos colegas cientistas quanto por outros cristãos. Os cristãos na ciência vivem entre duas culturas. Como adverte Hearn, “Os cristãos na ciência são pessoas com duas lealdades, mantendo cidadanias em duas comunidades diferentes” (7).

A comunidade científica dá muito valor a um bom trabalho. Hearn escreve sobre a importância para cristãos que são também cientistas não somente de deixarem clara a sua fé em Jesus Cristo, mas também estarem comprometidos em fazer mesmo boa ciência. Um autor descobriu que muitos universitários sentiam-se culpados por causa do tempo que passavam no laboratório ou na biblioteca, porque isso tirava deles o tempo que poderiam dedicar a outras atividades cristãs. Eles pareciam sentir que “o seu trabalho profissional claramente não tinha o mesmo valor para Deus quanto o seu ‘testemunho’ cristão” (8).

Se Deus estiver chamando você para um trabalho científico, você deve não somente amar o trabalho científico, você deve ter certeza de que o seu trabalho será uma maneira de servir a Deus com a sua vida. E é aí que você pode sentir-se atacado por seus amigos cristãos.

A maioria de nós está acostumada à idéia de que o mundo precisa de vendedores cristãos e de mecânicos cristãos e de advogados cristãos. Se os cientistas devem ser alcançados com as boas novas de Jesus Cristo, a igreja deve perceber que os cientistas também são um campo missionário e, como a maioria dos campos missionários, eles são melhor alcançados pelos “nativos”, ou seja, outros cientistas.

Na próxima seção iremos considerar algumas das controvérsias que aguardam um cristão que entre para a ciência, e como um crente poderá responder a elas.

Cuidado, controvérsias á frente

“Os cientistas podem não acreditar em Deus, mas eles deveriam ser ensinados porque eles devem se comportar como se eles o fizessem” (9).

Max Perutz, prêmio Nobel de química, fez este comentário muitos anos atrás em resposta à declarações críticas sobre a Universidade de Cambridge ter estabelecido uma cadeira de Teologia e Ciência Natural. Richard Dawkins, biólogo e ateu declarado, mal pôde se conter em uma carta editorial sobre a mesma cadeira: “As conquistas de teólogos não fazem nada, não afetam nada, não alcançam nada. O que faz você pensar que “teologia” seja uma disciplina?” (10).

Ser um cristão em nossa cultura é geralmente considerado politicamente incorreto. Os cristãos geralmente vêem os cientistas como biblicamente incorretos. Então, se você quer ser um cientista cristão, a polêmica provavelmente te aguarda. Como você irá responder?

Walter Hearn tem um capítulo intitulado “O que esperar”. Ele tem muitos conselhos valiosos e ele habilmente levanta um número de problemas enquanto evita cuidadosamente tomar partido. Hearn parece ser preeminentemente o pacificador tanto neste capítulo quanto no livro inteiro.

Uma das sugestões de Hearn é a de aprendermos a viver transculturalmente. Um missionário na África pode aprender outra língua e deve entender uma nova cultura bem o bastante para explicar a Bíblia de maneira que faça sentido para aquelas pessoas. Então, de igual modo, um cientista cristão deve aprender a explicar as crenças dos cristãos para cientistas descrentes. Mas ao mesmo tempo, ele ou ela deve também ser capaz de aprender como explicar o funcionamento da ciência para cristãos desconfiados da fala dos cientistas. E os dois tipos diferentes de fundos de conhecimento fazem exigências fundamentalmente diferentes para aqueles que as ouvem. Hearn sintetiza, “As conclusões científicas geralmente tomam a forma de generalidades estatísticas, sem exigir nada do conhecedor. Em contraste, o aspecto moral do conhecimento religioso coloca fazer a verdade em pé de igualdade com conhecer a verdade” (11).

Uma segunda declaração simples de grande inspiração é “Pode ser sábio dar um passo atrás em algumas questões mesmo quando as pessoas que nós admiramos mostram-se passionais a respeito delas” (12). Hearn segue o seu próprio conselho quando discute Phil Johnson e sua crítica aos cientistas cristãos que aceitaram toda a teoria da evolução e então fazem Deus dirigir a evolução. Hearn faz um trabalho de mestre ao se afastar dessa questão e apresentar principalmente os pontos-de-vista a favor da posição de Johnson. Ele pelo menos está demonstrando outra característica de um pacificador: querer ouvir e entender as críticas daqueles de quem discorda.

Uma área que Hearn discute em certa profundidade é a crise crescente entre cientistas. Este é exatamente o ponto a que quer chegar a citação no início desta seção. Como a ciência repudiou Deus, ela tem perdido também qualquer rocha com a qual possa ancorar um senso de conduta certa e errada. É aí que os cristãos têm muito para contribuir para a discussão. A Bíblia nos dá uma base para decidir o que é certo e errado que a ciência está dolorosamente perdendo. Mas será primariamente em nosso trabalho diário como cientistas que nós iremos mostrar como uma estrutura bíblica para a ética realmente é.

Hearn faz a sugestão maravilhosamente sensata de manter nossa Bíblia entre as obras de referência em nossa mesa de trabalho. Todos nós, sejamos cientistas ou não, precisamos viver mais claramente de acordo com o livro nós tomamos como nossa autoridade.

Os cristãos na ciência têm uma herança divina para seguir

Sendo um Cristão na Ciência pode frustrar algumas pessoas. Uns irão se achar imaginando por que ele não assume uma posição mais clara em certos pontos. Outros irão querer que Hearn seja mais específico. Mas o ponto-de-vista geralmente inconclusivo do livro é também o que permite a Hearn ter um tom tão conciliador. Em quase cada problema que ele toca, ele permite tanta diversidade quanto ele sente que seja possível. Ele nunca é estridente, quase nunca crítico, sempre positivo ou questionador o máximo possível. Ele desempenha o papel de um pacificador no meio das controvérsias que estão dividindo tanto a igreja quanto a comunidade cientifica.

A melhor parte do material Hearn deixa para o final. Em seu último capítulo “Boa Companhia” ele divide conosco a sua Galeria da Fama e do Encorajamento. Muito como em Hebreus 11, Hearn considera as vidas de outros cristãos que vieram antes dele e viveram uma vida cristã no meio da comunidade científica. Alguns já morreram, alguns acabaram de aparecer. A todos ele considera como amigos. O que os une é o seu compromisso com o trabalho da ciência e o seu serviço pelo Deus que eles amam. É um capítulo tanto encorajador quanto desafiador. Há homens e mulheres, um laureado com o Nobel e um dos líderes do projeto governamental do Genoma Humano. Há matemáticos e bioquímicos, professores e astrônomos. Alguns são membros da National Academy of Sciences, o mais prestigioso grupo de cientistas na América Mas todos eles, nos diz Hearn, “Contribuíram para a ciência... enquanto se identificavam claramente como crentes em Cristo” (13).

Outra característica do livro são as sugestões curtas, mas intensamente práticas para vivermos de acordo com o que cremos. Preso em uma reunião que vai começar atrasada? Não perca tempo, diz Hearn – ore por cada pessoa na sala ou mesa, levando cada uma à presença do Senhor. Você não sabe como orar por alguém? Talvez este seja um sinal de que você precisa passar mais tempo ouvindo aquela pessoa.

Possivelmente a parte mais valiosa do livro sejam os recursos mencionados por todo o texto e então ricamente documentados nas notas ao final do livro. Hearn descreve como desenvolver uma rede de amigos que possam ser um apoio quando um trabalho experimental estiver indo mal ou quando for necessário um encorajamento espiritual. Ele também mostra como a ubíqua rede mundial de computadores está abrindo toda uma nova fronteira de informações e de possíveis amizades.

As vinte e três páginas de notas no final devem ser lidar para ser apreciadas. É impressionante quantas informações diferentes Hearn ajunta em seus comentários a cada capítulo. Se você estiver pensando em uma carreira científica, ou se você já é um cientista ativo, você precisa ler esta seção.

Em resumo, Sendo um Cristão na Ciência é uma expressão irresistível exatamente daquilo que Paulo nos exorta a fazer, “E tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor, e não aos homens” (14). Hearn mostra aos jovens cientistas em potencial o que será necessário para eles fazerem o seu trabalho de todo o coração, e, ao mesmo tempo, torna claro onde muitas das possíveis armadilhas estão e que recursos estão disponíveis para o cristão que esteja considerando seriamente sobre viver como cristão e como cientista neste mundo complexo e confuso. Se você é um cientista, deixe este livro em sua mesa, junto com a sua Bíblia.

Notas
1. Citado em Defeating Darwinism, de Phillip Johnson, (Grand Rapids, Mich.: InterVarsity Press, 1997), p. 110, Nota 1.

2. Walter Hearn, Being a Christian in Science (Grand Rapids, Mich.: InterVarsity Press, 1997), p. 12.

3. Hearn, p. 90

4. Hearn, p. 46.

5. Hearn, p. 51-52.

6. Hearn, p. 11

7. Hearn, p. 59.

8. Hearn, p. 112-113.

9. Hearn, frontispício.

10. Ibid.

11. Hearn, p. 61.

12. Hearn, p. 74.

13. Hearn, p. 138.

14. Cl 3.23, NASV

©1998 Probe Ministries.

Sobre o Autor

Rich Milne é um ex-pesquisador associado de Probe Ministries. Ele é graduado na University of California, Berkeley, e tem um mestrado em teologia pelo Dallas Theological Seminary. Rich trabalha na area da filosofia e da história da ciência, concentrando-se em particular na origem do universo e na origem da vida, e na história da filosofia da arte. Ele e sua esposa, Becky, estão atualmente na liderança do East-West Ministries in Dallas, Texas.

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