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28 janeiro 2005

7 Perguntas que os Céticos Fazem

Por Rusty Wright, traduzido por Allan Ribeiro


Quando o vôo de Chicago para Dallas galgava rumo ao céu, eu me envolvia em uma conversa com um passageiro à minha esquerda. “Aimee”, uma empresária francesa me perguntou sobre o meu trabalho. Descobrindo que eu era um comunicador cristão, ela contou que um cristão professo havia assinado um contrato com ela, tentado levá-la para Cristo, e aí mais tarde dando-lhe um golpe. “Como um cristão pôde fazer uma coisa assim?” perguntou ela.

Eu disse a ela que os cristãos não eram perfeitos, que alguns falham miseravelmente, que muitos são honestos e se importam com os outros, mas que é em Jesus que nós realmente confiamos. Aimee fazia perguntas e mais perguntas: “Como você pode acreditar na Bíblia?” “por que os cristãos dizem que só há um caminho para Deus?” “Como alguém se torna um cristão?”.

Eu tentei responder às preocupações dela com jeito e expliquei a mensagem da graça o mais claramente que eu pude. Histórias que eu contei de problemas pessoais pareceram deixa-la aberta para considerar o amor de Deus por ela. Ela não se tornou uma cristã naquele encontro, mas ela pareceu partir com um novo entendimento.

Pessoas magoadas em todo lugar precisam de Deus. Muitos estão abertos para Ele, mas eles geralmente têm questionamentos que querem ver respondidos antes de estarem prontos para aceitar a Cristo. Quando respondemos a eles, buscando conciliar a graça com a verdade, um número crescente de céticos pode abrir os ouvidos e se tornar prospectos ou crentes. Isso é o que aconteceu comigo.

Após tentar, quando adolescente, viver de uma maneira que agradasse a pessoas e a Deus, eu fui quase expulso da escola por causa de alguns problemas que eu ajudei a criar. Por algum tempo depois disso, eu suspendi qualquer investigação sobre o cristianismo. Sentindo dor e raiva, eu imaginava, “Por que Deus permite que isso aconteça a mim depois de eu ter tentado ao máximo agrada-Lo?”.

Mais tarde, no grupo do Campus Crusade por Cristo na Universidade de Duke, o meu primeiro ano me ajudou a ver o perdão de Deus como um dom gratuito. Eles me aceitaram amorosamente a despeito de minhas dúvidas algumas vezes impiedosas.

Depois de confiar em Cristo como meu Salvador, eu ainda tinha dúvidas. Bob Prall, o diretor do Campus Crusade local, se interessou pelo meu caso. No começo suas respostas me irritaram, mas à medida que eu pensava nelas, elas começaram a fazer sentido. Eu o segui pelo campus por dois anos, observando-o interagir com não-cristãos. Hoje, quando eu tenho o privilégio de encontrar pessoas inquisitivas, muito da minha abordagem deriva das instruções do meu mentor.

"MAS E…"


Como você lida com perguntas e objeções à fé que seus amigos podem fazer?


Primeiro, algumas orientações. Ore pedindo sabedoria, pelo Seu amor pelos inquiridores (Romanos 9.1-3) e pelo coração dos seus questionadores. Se for apropriado, fale sobre o evangelho brevemente primeiro. O Espírito Santo pode levar os seus amigos a Cristo. Não force, contudo. Pode ser melhor responder às perguntas deles primeiro.


Algumas perguntas podem ser cortinas de fumaça intelectuais. Uma vez um professor de filosofia da Georgia Tech me bombardeou com perguntas, que eu respondi o melhor que pude.


Depois perguntei a ele, “Se eu pudesse responder todas as suas perguntas satisfatoriamente, você colocaria sua vida nas mãos de Jesus?”. A resposta dele: ”(Palavrão) não!“.


Eu não tenho respostas completas para cada indagação que você irá encontrar, mas aqui vão algumas respostas curtas que podem ser úteis.


1. Por que existe o mal e sofrimento?


Sigmund Freud chamou a religião de uma ilusão que os humanos inventam para satisfazer sua necessidade de segurança. Para ele um Deus benevolente, todo-poderoso parecia incongruente com a existência de desastres naturais e com o mal humano.


Deus, embora soberano, nos deu liberdade para seguí-Lo ou para desobedecê-Lo. Esta resposta não responde a todas as indagações (porque Ele algumas vezes intervêm para deter o mal), mas sugere que o problema do mal não é um obstáculo intelectual tão grande para impedir alguém de crer quanto alguns imaginam.


A barreira emocional da dor à crença, contudo, permanece formidável. Jesus entende o sofrimento. Ele foi caçoado, espancado e cruelmente executado, carregando a culpa de nossa rebelião contra Deus (Is 53.10).


Quando eu vir Deus, itens de minha longa lista de perguntas para Ele irão incluir um divórcio doloroso e indesejado, traição por colegas de trabalho em quem eu confiava e todo tipo de comportamento humano desapontador e desastres naturais. Ainda assim, através da vida, morte e ressurreição de Jesus eu tenho visto o suficiente para confiar Nele quando Ele diz que através Dele “todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.” (Rm 8.28).


2. E as contradições da Bíblia?


Peça a quem fez a pergunta para dar exemplos específicos. As pessoas geralmente não têm nenhum, mas se apóiam em coisas que ouviram dizer. Se houver algum exemplo específico, pense nestas orientações quando for responder.

Omissão não cria necessariamente contradições. Lucas, por exemplo, escreve sobre dois anjos no túmulo de Jesus após a ressurreição (24.1-9). Mateus menciona “um anjo” (28.1-8). Isto é uma contradição? Se Mateus disse que somente um anjo estava presente, os relatos seriam dissonantes. Como está, eles podem ser harmonizados.

Relatos diferentes não são necessariamente contraditórios. Mateus e Lucas, por exemplo, diferem em seus relatos do nascimento de Jesus. Lucas registra José e Maria começando em Nazaré, viajando para Belém (local de nascimento de Jesus), e retornando para Nazaré (Lucas 1.26-2.40). Mateus começa com o nascimento de Jesus em Belém, relata a jornada da família para o Egito, para escapar da fúria do rei Herodes, e reconta sua viagem para Nazaré após a morte de Herodes (Mt 1.18-2.23). Os Evangelhos nunca pretenderam ser registros exaustivos. Biógrafos devem ser seletivos. Os relatos parecem complementares, não contraditórios.


O espaço aqui não permite mais exemplos complexos. Mas o tempo e, novamente, supostos problemas bíblicos se esvanecem à luz da lógica, da história e da arqueologia. O registro bíblico sob escrutínio resulta em um argumento a favor de sua confiabilidade.


3. E aqueles que nunca ouviram falar de Jesus?


O perfeito amor e a justiça de Deus excedem o nosso. O que quer que Ele decida será amoroso e justo. Um amigo uma vez me disse que muitos que faziam esta pergunta buscavam uma brecha pessoal, um jeito deles não terem que crer em Cristo. C. S. Lewis em Mere Christianity escreveu, “Se você está preocupado com as pessoas for a (do cristianismo), a coisa mais irracional que você pode fazer é você mesmo ficar de fora.” Se o cristianismo é verdadeiro, o comportamento mais lógico para alguém preocupado com aqueles sem a mensagem de Cristo seria o de confiar em Cristo e ir contar a eles sobre Ele.


4. Como Jesus pode ser o único caminho para Deus?div style="text-align: left;">


Quando eu estava no ensino médio, um aluno recém-formado me visitou, dizendo que ele havia encontrado a Cristo em Harvard. Eu respeitava o seu caráter e delicadeza e ouvi atentamente. Mas eu não agüentei Jesus ter dito “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14.6).


Dois anos depois, minha jornada espiritual e intelectual haviam mudado o meu ponto-de-vista. A lógica que me levou (relutantemente) a esta posição envolve três questões:

Se Deus existe, poderia haver só um jeito de chegar a Ele? Sendo uma pessoa de mente aberta, eu tinha que admitir esta possibilidade.

Por que considerar Jesus como um candidato para aquele possível único caminho? Ele declarou isso. O Seu plano para resgatar os seres humanos (“pela graça... através da fé... não... de obras,” Ef 2.8-9) se distinguia daquelas obras necessárias, como muitas outras religiões fazem. Estes dois tipos de sistemas eram mutuamente excludentes. Ambos poderiam ser falsos ou nenhum poderia ser verdadeiro, mas os dois não poderiam ser verdadeiros ao mesmo tempo.

O plano de Jesus foi verdadeiro? Evidências históricas de Sua ressurreição, profecias cumpridas, Sua divindade e a confiabilidade do Novo Testamento me convenceram que eu poderia confiar nas palavras Dele.


5. O cristianismo não é somente uma muleta psicológica?


Bob Prall tem dito com freqüência, “Se o cristianismo é uma muleta psicológica, então Jesus Cristo veio porque havia uma epidemia de pernas quebradas.” O cristianismo alega satisfazer verdadeiras necessidades humanas, tais como a de perdão, amor, identidade e auto-aceitação. Nós podemos descrever Jesus não como uma muleta, mas um pulmão de aço, essencial para a própria vida.


A fé cristã e seus benefícios podem ser descritos em termos psicológicos, mas isso não nega sua validade. Evidências apóiam a verdade do cristianismo, então nós podemos esperar que ele funcione nas vidas individuais, como milhões atestam.


6. Eu nunca poderia dar o salto cego da fé que a crença em Cristo exige.



Nós exercitamos a fé todos os dias. Poucos de nós entendem tudo sobre a eletricidade ou a aerodinâmica, mas nós temos evidências de sua validade. Sempre que usamos lâmpadas elétricas ou aviões, exercitamos a fé – não uma fé cega, mas uma fé baseada em evidências. Os cristãos agem da mesma maneira. A evidência a favor de Jesus é avassaladora, então alguém pode confiar Nele baseado nisso.


7. Não importa no que você crê, desde que você seja sincero



Depois de discutir isso, um respeitado psicólogo me disse, “Eu acho que uma pessoa poderia ser sincera a respeito do que crê, mas estar sinceramente errada.” Nos anos 60 muitas mulheres tomaram o remédio talidomida sinceramente acreditando que isso facilitaria sua gravidez – nunca suspeitando que ele poderia causar problemas sérios aos bebês.


o seu objeto. Jesus demonstrou por Sua vida, morte e ressurreição que Ele é um objeto válido para a fé.


Seus questionadores podem ser repelidos porque muitos cristãos não têm agido como Jesus. Talvez eles estejam com raiva de Jesus por causa de doenças, relacionamentos rompidos, a morte de um parente ou dor pessoal. Peça a Deus por paciência e amor enquanto você segue o conselho de Pedro: “Antes, santificai ao SENHOR Deus em vossos corações; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós,” (1 Pedro 3.15).

Este artigo apareceu pela primeira vez na edição de março/abril de 2002 da Moody Magazine.
©2002 Rusty Wright. Usado com permissão. Todos os direitos reservados.





Sobre o Autor

<!--[if !vml]--><!--[endif]-->Rusty Wright, conferencista e escritor associado a Probe Ministries, é um palestrante internacional, escritor premiado e jornalista que tem falado em seis continents. Ele tem um bacharelado em ciências (psicologia) e mestrado em teologia pelas universidades de Duke e Oxford, respectivamente. É possível entrar em contato com ele através do endereço RustyWright@aol.com This e-mail address is being protected from spam bots, you need JavaScript enabled to view it
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Um comentário:

Anônimo disse...

necessario verificar:)