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10 outubro 2005

O Que Bush Não Fez Por Nova Orleans

Prof. Gerardus D. Bouw, traduzido por Allan Ribeiro

[English]

Caso você não esteja familiarizado com o modo como o governo americano DEVERIA agir: a cadeia de responsabilidade na proteção aos cidadãos de Nova Orleans é:

1. O prefeito
2. O diretor da Homeland Security [Defesa Civil] (uma indicação política do governador, que deve se reportar ao governador).
3. O governador
4. A diretoria da Homeland Security
5. O presidente

O que cada um fez?

1. O prefeito, com 5 dias de vantagem, esperou até dois dias antes de anunciar uma evacuação obrigatória (a mando do presidente). Aí então ele falhou em prover transporte para aqueles sem meios de locomoção mesmo tendo à sua disposição centenas de ônibus.
2. O diretor da Homeland Security falhou por não ter qualquer plano de contingência que tenha sido discutido nos últimos 50 anos. Depois ele culpou os federais por não fazer o que ele deveria ter feito.
3. A gorvernadora, apesar da declaração de desastre feita pelo presidente 2 DIAS ANTES que a tempestade caísse, falhou em aceitar a oferta de tropas federais e ajuda até 2 DIAS APÓS a tempestade acontecer.
4. O diretor da Homeland Security colocou material na área para estar disponível quando a governadora precisasse.
5. O presidente solicitou uma evacuação obrigatória, e até mesmo declarou estado de emergência, liberando milhões de dólares de assistência federal, para o caso da governadora decidir usar.
6. Os diques que se romperam eram responsabilidade dos proprietários de terra locais e da comissão de diques local, não do governo federal.

O Desastre de Nova Orleans é o resultado de décadas de governo (democrata) desde o tempo de Huey Long [Democrata, governador do Estado de Louisiana de 1928-1932 e com aspirações a ser presidente até ser assassinado. Ele era um populista cujo estilo controverso trouxe acusações de tendências ditatoriais sem precedentes na história da política americana moderna. N. do T.].

Fundos para proteção contra desastre e assistência têm fluído por aquela cidade por décadas e onde foram parar se não nos bolsos dos políticos e de seus amigos.

Décadas de governo socialista em Nova Orleans tem extraído a seiva da auto-confiança da comunidade, e os tornou dependentes do governo para tudo.

Correção política e multicultural e uma falta de vontade de combater o crime tem criado a força policial mais corrupta do país, e tem permitido que a violência das gangues floreça.

O triste é que há tantos pobres que sofreram e morreram desnecessariamente porque aqueles que eles elegeram falharam com eles.

Para aqueles que perderam o item 5 (em que o nível de responsabilidade do presidente é discutido), ele fica mais claro em um artigo do New Orleans Times-Picayune, datado de 28 de agosto de 2005.

NOVA ORLEANS (AP) – Em face do catastrófico furacão Katrina, uma evacuação obrigatória de Nova Orleans foi ordenada domingo pelo prefeito Ray Nagin.

Reconhecendo que um grande número de pessoas, muitas das quais turistas retidos, seriam incapazes de deixar a cidade, o município preparou 10 locais como último refúgio para as pessoa irem, inclusive o Superdome.

O prefeito declarou que a ordem era sem precedentes e disse que qualquer um que pudesse sair da cidade deveria fazê-lo. Ele isentou os hotéis da ordem de evacuação porque as companhias aéreas já tinham cancelado todos os vôos.

A governadora Kathleen Blanco, ao lado do prefeito na conferência de imprensa, disse que o presidente Bush havia telefonado pessoalmente para ela e feito um apelo por uma evacuação obrigatória para a cidade baixa, que é propensa a inundações.

Ficou nas mãos do prefeito Nagin levar a cabo a ordem de evacuação. Com 5 dias de vantagem, ele teve a autoridade para usar todo e qualquer meio para evacuar todos os residentes da cidade, como está documentado em um plano de prontidão para emergências da cidade. Ao esperar até o último minuto, e falhar em fazer uso total dos recursos disponíveis dentro dos limites da cidade, Nagin e sua administração erraram.

O prefeito Nagin e seu assessor para emergências Terry Ebbert demonstraram uma incompetência assombrosa e letal antes, durante e depois do Katrina.

Quanto ao prefeito Nagin, ele e seu chefe de polícia de patética liderança deveriam renunciar. O governo daquela cidade é incompetente do começo ao fim. As pessoas de Nova Orleans merecem mais do que este monte de palhaços é capaz de dar.

Se você tem estado acompanhando, estes simplórios deixaram 569 ônibus, que poderiam ter carregado 33.350 pessoas para fora de Nova Orleans – em uma única viagem - , serem arruinados pela inundação. Qualquer que tenha sido o plano que esses senhores tinham, foi um fracasso. Ou teria sido se eles tivessem se dado ao trabalho de segui-lo.

E quanto a toda esta retórica racial e contra Bush vindo de negros proeminentes de esquerda, não espere que Ray Nagin seja chamado para prestar esclarecimentos por fracassar. Quer saber por que? Eis porque:

É mais conveniente culpar um presidente branco pelo que deu errado do que pedir explicações de um prefeito negro e de sua administração por alta negligência e falha em seguir totalmente um plano prontidão em emergências.

Para fazer Nagin e sua administração responderem por deixarem a “peteca cair” significaria abrir mão dos gritos de “Racismo!”. É triste, é errado, mas é o procedimento padrão para a mídia e para a liderança negra de esquerda.

Mais alguns comentários do UNREPORTED NEWS

Na noite de sexta-feira, antes da tempestade cair, Max Mayfield, do Centro Nacional de Furacões, tomou a atitude inédita de telefonar para Nagin e Blanco pessoalmente para pedir a eles que iniciassem uma evacuação obrigatória em Nova Orleans e eles disseram que levariam isto em conta. Isto foi após a bóia NOAA a 240 milhas ao sul ter registrado ondas de quase 2 metros antes de ser destruída.

O presidente Bush passou a tarde e a noite de sexta-feira em reuniões com seus conselheiros e administradores esboçando os documentos necessários para que um Estado pudesse requerer assistência federal (sem incorrer em uma violação do Posse Comitatus Act [O Posse Comitatus Act é uma lei federal dos Estados Unidos de 1878, ao final do período da Reconstrução, e tinha a intenção de proibir tropas federais de supervisionar eleições em Estados anteriormente confederados. A lei geralmente proibia que militares e unidades da Guarda Nacional sob autoridade federal agissem em reforço à lei dentro dos Estados Unidos, exceto quando expressamente autorizados pela constituição ou pelo congresso. N. do T.] ou tendo que lançar mão do Insurgency Act). Pouco antes da meia-noite de sexta-feira, o presidente telefonou para a governadora Blanco e apelou para que ela assinasse os papéis do pedido, para que o governo federal e os militares pudessem iniciar legalmente a mobilização e subir. Disseram a ele que não achavam necessário que o governo federal se envolvesse no assunto ainda. Após a ligação do presidente para a governadora, ela manteve reuniões com sua equipe para discutir as ramificações políticas conseqüentes de se aceitar a presença de forças federais. Foi decidido que se eles permitissem a assistência federal, pareceria que eles haviam falhado, então concordou-se que os federais não seriam envolvidos.

No sábado antes da tempestade, o presidente telefonou novamente para Blanco e Nagin, pedindo por favor que eles assinassem os papéis pedindo assistência federal, que declarassem o estado e a área de emergência e iniciassem uma evacuação compulsória. Após um apelo pessoal do presidente, Nagin concordou em ordenar uma evacuação, mas não seria uma evacuação obrigatória, e a governadora ainda recusou-se a assinar os documentos pedindo e autorizando uma ação federal. Frustrado, o presidente declarou a área uma área de desastre nacional antes que o Estado de Louisiana pudesse fazê-lo, para que ele pudesse legalmente iniciar alguns preparativos avançados. Os boatos de que os conselheiros legais do presidente estavam pesquisando as implicações de se usar o insurgency act para desviar da exigência constitucional de um pedido de um Estado por ajuda federal antes que o governo federal pudesse entrar no Estado com tropas – mas isso não era feito desde 1906 e a constitucionalidade disto foi questionada antes do desastre.

Adicione-se a isso mais da metade da ajuda federal da última década para Nova Orleans para a construção, manutenção e reparo de diques, que foi desviada para fundear uma marina e sustentar os navios-cassino. Mexa-se na investigação que tenta descobrir por que o plano de prontidão emergencial submetido ao governo federal para buscar fundos e publicado no site da cidade nunca foi implantado e, na verdade pode ter sido adulterado com o propósito de conseguir mais dinheiro federal, como agora descobrimos que as organizações identificadas no plano nunca foram contatados ou coordenadas em nenhum plano – embora o documento diga que estavam.

As pessoas que sofreram em Nova Orleans precisam começar a fazer algumas perguntas duras, assim como todos nós, mas é melhor começar com por que Blanco recusou-se até mesmo a assinar os documentos de ativação do pacote pluriestadual de ajuda mutua até quarta-feira, o que atrasou ainda mais o deslocamento legal das tropas da Guarda Nacional de Estados vizinhos. Ou talvez perguntar por que Nagin continua insistindo que o presidente deveria ter mandado 500 ônibus para ajudá-lo quando, de acordo com o seu próprio plano de emergência e documentos ele declarou ter mais de 500 ônibus extras a sua disposição para usar, entre os ônibus escolares locais e os de transporte urbano – mas ele nunca levantou um dedo para prepará-los ou ativá-los.

Esta é uma ocasião triste para percebermos que uma cidade importante foi quase destruída e milhares de pessoas morreram e centenas de milhares estão sofrendo, mas com certeza esta não é a hora de se apontar o dedo e tentar encontrar um bode expiatório maior para culpar pela corrupção e pela incompetência locais. Orem para que Deus permita que os sobreviventes possam retomar suas vidas o mais rápido possível e que aprendamos com todos esses erros, a não cometê-los mais no futuro.

Fonte

O Furacão Bush



Por Tales Alvarenga

Não vou defender George Bush na primeira linha deste artigo. Se fizer isso, alguns leitores deixarão de ler o resto. Muitos dos que se consideram bem informados acham que Bush é idiota. Também acham que ele provoca os islâmicos, que viram terroristas por causa dessa provocação. Os brasileiros aprendem essas coisas absurdas com os americanos Politicamente Corretos (a neurastênica esquerda dos EUA). Esses americanos acham moralmente obrigatório ser contra os presidentes republicanos. Depois dos ataques terroristas às torres do World Trade Center, Bush invadiu o Afeganistão e o Iraque, derrubou o regime talibã, pôs Osama Bin laden para correr, prendeu Saddam Hussein e matou seus dois filhos pervertidos. Desde então, o esquadrão anti-Bush afirma que os extremistas islâmicos estão apenas revidando quando cometem atos terroristas. Sentem-se acuados, os pobrezinhos, pela perseguição implacável do troglodita que vive na Casa Branca.

Essa teoria é falsa.
Os extremistas islâmicos sempre tomam a iniciativa. No Iraque, o que mais se vê são islâmicos explodindo outros islâmicos, com a desculpa de que querem atingir o Ocidente. Morrem menos americanos no Iraque do que pessoas são assassinadas em São Paulo. Na semana passada, três homens-bomba mataram 22 pessoas em Bali, na Indonésia. Bush provavelmente nem sabe onde fica Bali. Em 2002, num atentado anterior, também em Bali, terroristas muçulmanos já haviam carbonizado 202 turistas.

Esses extremistas querem expulsar para longe de seu mundo tudo aquilo que não é islâmico no sentido radical. É mais fácil um camelo se esconder dentro da orelha de Osama Bin Laden do que seus seguidores conseguirem impor sua agenda ao resto do mundo. Os americanos politicamente corretos (e seus seguidores brasileiros) querem fazer crer que os terroristas islâmicos se transformariam em suaves hare krishnas se Bush aderisse ao estilo paz e amor. Nem pensar. O terror islâmico já andava a mil num tempo em que Bush ainda era bom de copo no Texas.

Há dezenas de exemplos para demonstrar isso. Aqui são quatro. Em 1979, o presidente Jimmy Carter deixou o xá do Irã à própria sorte. Uma turba de fanáticos muçulmanos assumiu o governo, e as milícias xiitas tomaram como reféns funcionários e diplomatas da embaixada americana em Teerã. Em 199, extremistas islâmicos derrubaram com um projétil um jato da americana Pan Am, em Lockerbie, na Escócia. Em 1998, bombardearam as embaixadas americanas no Quênia e na Tanzânia. Bush pegou o bonde andando. Só entrou na briga em 2001, quando aqueles dezenove barbudinhos derrubaram as torres do World Trade Center em Nova York. E você, se fosse presidente dos EUA, o que você teria feito depois que aqueles dois jatos lotados foram lançados contra os prédios? Teria virado um hare krishna? E, se tivesse virado um hare krishna, como você reagiria na semana passada ao saber que os terroristas estavam de novo ameaçando atacar Nova York, desta vez no metrô?

Se você é um daqueles que detestam Bush, tem todo o direito de achá-lo muito, muito, muito mau. Não deve, no entanto, simplificar um problema complexo. É cretino achar que Bush é responsável pelos atos cometidos por terroristas islâmicos. Por falar em cretinice, também é ridículo culpá-lo pela ocorrência de furacões.

VEJA, edição 1926, 12 de outubro de 2005. Página 92.

Equipando os Santos 2 - A Verdade vos Libertará

Equipando os Santos
Edição nº2 - Teresina 10.10.05


A Verdade vos Libertará

Em um artigo de 1997, o filosofo analítico Richard Rorty fez uma analise do modelo político americano. O enfoque dele era a educação, mas as premissas são válidas também de uma maneira geral para definir a linha de conduta dos dois principais partidos americanos, o Republicano e o Democrata.

Segundo Rorty, os republicanos crêem que a verdade é um valor absoluto e que a partir dela pode-se conseguir a liberdade. Os democratas pensam o contrário. A liberdade é que seria um valor absoluto. Sendo livres, as pessoas automaticamente procurariam a verdade.

Nos EUA, a imprensa, em sua maioria, é clara quanto ao seu posicionamento acerca desta questão. A parte da imprensa “liberal” ataca os republicanos, enquanto que a parte “conservadora” os defende. Se você abre uma revista como a The New Yorker, saberá que encontrará posicionamentos contrários ao atual presidente, o republicano George W. Bush. No Brasil a coisa não é bem assim. Tudo o que sabemos sobre a América é filtrado por nossa imprensa que não assume posições. A nossa imprensa, conservadora ou liberal, ataca o presidente Bush e nunca divulga o “outro lado”.

Os dois artigos em anexo tentam mostrar esse outro lado. O primeiro trata das responsabilidades no episódio de N. Orleans e do Katrina. O segundo foi tirado da revista Veja desta semana e foi escrito pelo colunista Tales Alvarenga, de cujas opiniões eu geralmente discordo, mas que desta vez acertou em cheio em sua análise.

Qual a importância de nós brasileiros entendermos o que acontece no distante Estados Unidos, o que temos a ver com o Bush? Acontece que Bush é evangélico e seus pontos de vista procuram seguir os padrões bíblicos em um país que caminha a passos largos para a corrupção moral e para o ateísmo. Os Estados Unidos exercem liderança sobre todo o mundo. O sucesso de um presidente temente a Deus deve nos interessar muito. Além disso, os Estados Unidos são aliados e protetores de Israel. Não preciso enfatizar a importância disso.

Leiam os artigos e orem para que Deus tenha piedade da América, de Israel e que fortaleça Bush para que ele viva de acordo com a Palavra.
  1. O Furacão Bush - Tales Alvarenga
  2. O que Bush não fez por Nova Orleans - Gerardus Boul

Allan Ribeiro