Prof. Gerardus D. Bouw, traduzido por Allan Ribeiro
[English]
Caso você não esteja familiarizado com o modo como o governo americano DEVERIA agir: a cadeia de responsabilidade na proteção aos cidadãos de Nova Orleans é:
1. O prefeito
2. O diretor da Homeland Security [Defesa Civil] (uma indicação política do governador, que deve se reportar ao governador).
3. O governador
4. A diretoria da Homeland Security
5. O presidente
O que cada um fez?
1. O prefeito, com 5 dias de vantagem, esperou até dois dias antes de anunciar uma evacuação obrigatória (a mando do presidente). Aí então ele falhou em prover transporte para aqueles sem meios de locomoção mesmo tendo à sua disposição centenas de ônibus.
2. O diretor da Homeland Security falhou por não ter qualquer plano de contingência que tenha sido discutido nos últimos 50 anos. Depois ele culpou os federais por não fazer o que ele deveria ter feito.
3. A gorvernadora, apesar da declaração de desastre feita pelo presidente 2 DIAS ANTES que a tempestade caísse, falhou em aceitar a oferta de tropas federais e ajuda até 2 DIAS APÓS a tempestade acontecer.
4. O diretor da Homeland Security colocou material na área para estar disponível quando a governadora precisasse.
5. O presidente solicitou uma evacuação obrigatória, e até mesmo declarou estado de emergência, liberando milhões de dólares de assistência federal, para o caso da governadora decidir usar.
6. Os diques que se romperam eram responsabilidade dos proprietários de terra locais e da comissão de diques local, não do governo federal.
O Desastre de Nova Orleans é o resultado de décadas de governo (democrata) desde o tempo de Huey Long [Democrata, governador do Estado de Louisiana de 1928-1932 e com aspirações a ser presidente até ser assassinado. Ele era um populista cujo estilo controverso trouxe acusações de tendências ditatoriais sem precedentes na história da política americana moderna. N. do T.].
Fundos para proteção contra desastre e assistência têm fluído por aquela cidade por décadas e onde foram parar se não nos bolsos dos políticos e de seus amigos.
Décadas de governo socialista em Nova Orleans tem extraído a seiva da auto-confiança da comunidade, e os tornou dependentes do governo para tudo.
Correção política e multicultural e uma falta de vontade de combater o crime tem criado a força policial mais corrupta do país, e tem permitido que a violência das gangues floreça.
O triste é que há tantos pobres que sofreram e morreram desnecessariamente porque aqueles que eles elegeram falharam com eles.
Para aqueles que perderam o item 5 (em que o nível de responsabilidade do presidente é discutido), ele fica mais claro em um artigo do New Orleans Times-Picayune, datado de 28 de agosto de 2005.
NOVA ORLEANS (AP) – Em face do catastrófico furacão Katrina, uma evacuação obrigatória de Nova Orleans foi ordenada domingo pelo prefeito Ray Nagin.
Reconhecendo que um grande número de pessoas, muitas das quais turistas retidos, seriam incapazes de deixar a cidade, o município preparou 10 locais como último refúgio para as pessoa irem, inclusive o Superdome.
O prefeito declarou que a ordem era sem precedentes e disse que qualquer um que pudesse sair da cidade deveria fazê-lo. Ele isentou os hotéis da ordem de evacuação porque as companhias aéreas já tinham cancelado todos os vôos.
A governadora Kathleen Blanco, ao lado do prefeito na conferência de imprensa, disse que o presidente Bush havia telefonado pessoalmente para ela e feito um apelo por uma evacuação obrigatória para a cidade baixa, que é propensa a inundações.
Ficou nas mãos do prefeito Nagin levar a cabo a ordem de evacuação. Com 5 dias de vantagem, ele teve a autoridade para usar todo e qualquer meio para evacuar todos os residentes da cidade, como está documentado em um plano de prontidão para emergências da cidade. Ao esperar até o último minuto, e falhar em fazer uso total dos recursos disponíveis dentro dos limites da cidade, Nagin e sua administração erraram.
O prefeito Nagin e seu assessor para emergências Terry Ebbert demonstraram uma incompetência assombrosa e letal antes, durante e depois do Katrina.
Quanto ao prefeito Nagin, ele e seu chefe de polícia de patética liderança deveriam renunciar. O governo daquela cidade é incompetente do começo ao fim. As pessoas de Nova Orleans merecem mais do que este monte de palhaços é capaz de dar.
Se você tem estado acompanhando, estes simplórios deixaram 569 ônibus, que poderiam ter carregado 33.350 pessoas para fora de Nova Orleans – em uma única viagem - , serem arruinados pela inundação. Qualquer que tenha sido o plano que esses senhores tinham, foi um fracasso. Ou teria sido se eles tivessem se dado ao trabalho de segui-lo.
E quanto a toda esta retórica racial e contra Bush vindo de negros proeminentes de esquerda, não espere que Ray Nagin seja chamado para prestar esclarecimentos por fracassar. Quer saber por que? Eis porque:
É mais conveniente culpar um presidente branco pelo que deu errado do que pedir explicações de um prefeito negro e de sua administração por alta negligência e falha em seguir totalmente um plano prontidão em emergências.
Para fazer Nagin e sua administração responderem por deixarem a “peteca cair” significaria abrir mão dos gritos de “Racismo!”. É triste, é errado, mas é o procedimento padrão para a mídia e para a liderança negra de esquerda.
Mais alguns comentários do UNREPORTED NEWS
Na noite de sexta-feira, antes da tempestade cair, Max Mayfield, do Centro Nacional de Furacões, tomou a atitude inédita de telefonar para Nagin e Blanco pessoalmente para pedir a eles que iniciassem uma evacuação obrigatória em Nova Orleans e eles disseram que levariam isto em conta. Isto foi após a bóia NOAA a 240 milhas ao sul ter registrado ondas de quase 2 metros antes de ser destruída.
O presidente Bush passou a tarde e a noite de sexta-feira em reuniões com seus conselheiros e administradores esboçando os documentos necessários para que um Estado pudesse requerer assistência federal (sem incorrer em uma violação do Posse Comitatus Act [O Posse Comitatus Act é uma lei federal dos Estados Unidos de 1878, ao final do período da Reconstrução, e tinha a intenção de proibir tropas federais de supervisionar eleições em Estados anteriormente confederados. A lei geralmente proibia que militares e unidades da Guarda Nacional sob autoridade federal agissem em reforço à lei dentro dos Estados Unidos, exceto quando expressamente autorizados pela constituição ou pelo congresso. N. do T.] ou tendo que lançar mão do Insurgency Act). Pouco antes da meia-noite de sexta-feira, o presidente telefonou para a governadora Blanco e apelou para que ela assinasse os papéis do pedido, para que o governo federal e os militares pudessem iniciar legalmente a mobilização e subir. Disseram a ele que não achavam necessário que o governo federal se envolvesse no assunto ainda. Após a ligação do presidente para a governadora, ela manteve reuniões com sua equipe para discutir as ramificações políticas conseqüentes de se aceitar a presença de forças federais. Foi decidido que se eles permitissem a assistência federal, pareceria que eles haviam falhado, então concordou-se que os federais não seriam envolvidos.
No sábado antes da tempestade, o presidente telefonou novamente para Blanco e Nagin, pedindo por favor que eles assinassem os papéis pedindo assistência federal, que declarassem o estado e a área de emergência e iniciassem uma evacuação compulsória. Após um apelo pessoal do presidente, Nagin concordou em ordenar uma evacuação, mas não seria uma evacuação obrigatória, e a governadora ainda recusou-se a assinar os documentos pedindo e autorizando uma ação federal. Frustrado, o presidente declarou a área uma área de desastre nacional antes que o Estado de Louisiana pudesse fazê-lo, para que ele pudesse legalmente iniciar alguns preparativos avançados. Os boatos de que os conselheiros legais do presidente estavam pesquisando as implicações de se usar o insurgency act para desviar da exigência constitucional de um pedido de um Estado por ajuda federal antes que o governo federal pudesse entrar no Estado com tropas – mas isso não era feito desde 1906 e a constitucionalidade disto foi questionada antes do desastre.
Adicione-se a isso mais da metade da ajuda federal da última década para Nova Orleans para a construção, manutenção e reparo de diques, que foi desviada para fundear uma marina e sustentar os navios-cassino. Mexa-se na investigação que tenta descobrir por que o plano de prontidão emergencial submetido ao governo federal para buscar fundos e publicado no site da cidade nunca foi implantado e, na verdade pode ter sido adulterado com o propósito de conseguir mais dinheiro federal, como agora descobrimos que as organizações identificadas no plano nunca foram contatados ou coordenadas em nenhum plano – embora o documento diga que estavam.
As pessoas que sofreram em Nova Orleans precisam começar a fazer algumas perguntas duras, assim como todos nós, mas é melhor começar com por que Blanco recusou-se até mesmo a assinar os documentos de ativação do pacote pluriestadual de ajuda mutua até quarta-feira, o que atrasou ainda mais o deslocamento legal das tropas da Guarda Nacional de Estados vizinhos. Ou talvez perguntar por que Nagin continua insistindo que o presidente deveria ter mandado 500 ônibus para ajudá-lo quando, de acordo com o seu próprio plano de emergência e documentos ele declarou ter mais de 500 ônibus extras a sua disposição para usar, entre os ônibus escolares locais e os de transporte urbano – mas ele nunca levantou um dedo para prepará-los ou ativá-los.
Esta é uma ocasião triste para percebermos que uma cidade importante foi quase destruída e milhares de pessoas morreram e centenas de milhares estão sofrendo, mas com certeza esta não é a hora de se apontar o dedo e tentar encontrar um bode expiatório maior para culpar pela corrupção e pela incompetência locais. Orem para que Deus permita que os sobreviventes possam retomar suas vidas o mais rápido possível e que aprendamos com todos esses erros, a não cometê-los mais no futuro.
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