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31 janeiro 2007

Equipando os Santos 21 - Perdidos e Perdedores

Equipando os Santos
edição n° 21- Teresina, 30/01/2007


Perdidos e Perdedores

Jack não é mais o pastor de Evangel. Essa frase não faz sentido para a maioria de vocês, que não conhecem o pastor Jack Hatfield e nem sabem que igreja é essa "Evangel". Mas, para certas pessoas essa frase representa um choque e soa quase absurda.

Karl Winegardner (membro daquela igreja de Portland, Oregon, embora esteja morando no Brasil atualmente) costumava dizer que o fato de Jack ser o pastor de Evangel por mais de vinte anos era coisa espantosa, senão inédita, nos Estados Unidos, onde os pastores ficam bem menos tempo em uma mesma igreja. Isso não é muito diferente no Brasil e talvez em nenhuma parte do mundo.

Realmente Jack é um pastor singular e, arrisco dizer, bem-sucedido. Mas o seu sucesso não deve ser confirmado no número de membros que Evangel tem ou na arrecadação de dízimos e ofertas. O sucesso de Jack está no número, ou melhor, nas pessoas que ele conseguiu resgatar. Porque Jack é a antítese de Rick Warren, que se orgulha de mandar centenas de cartas dispensando membros que não se enquadram no perfil de Saddleback. Jack não rejeita ninguém, mas recebe a todos quantos o procuram. Ele é o pastor dos perdidos e dos perdedores. Os perdidos são aqueles que buscam a Salvação e os perdedores são os que ninguém quer por perto. Toda igreja é relativamente acessível aos perdidos, mas Jack abriu as portas de Evangel para os perdedores também.

São pessoas com quem, como os leprosos do tempo de Jesus, ninguém quer ter contato. Indivíduos que estão tão emocionalmente desfigurados que o seu convívio com os outros é extremamente difícil. Mas Jack não os manda embora, ele os acolhe. É claro que isso tem um custo. Envolver-se com pessoas assim, importar-se com elas, conhecer a sua história, gastar tempo tentando resgatar a sua dignidade demanda tempo, fé e amor. Esse processo é lento, cheio de altos e baixos, exige paciência e força de vontade. E o resultado não enche os bancos da igreja. Não procure sinais exteriores de sucesso que possam atestar que Jack era assim um bom pastor. Como servo fiel, ele ajuntou todos os seus tesouros onde eles não enferrujam e onde a traça não os rói (Mateus 6.19-20). O sucesso de Jack pode ser medido, mas somente se usarmos uma passagem da Bíblia que está em Ezequiel 34.2-6:

Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel; profetiza, e dize aos pastores: Assim diz o Senhor Deus: Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! Não devem os pastores apascentar as ovelhas? Comeis a gordura, e vos vestis da lã; matais o cevado; mas não apascentais as ovelhas. A fraca não fortalecestes, a doente não curastes, a quebrada não ligastes, a desgarrada não tornastes a trazer, e a perdida não buscastes; mas dominais sobre elas com rigor e dureza. Assim se espalharam, por não haver pastor; e tornaram-se pasto a todas as feras do campo, porquanto se espalharam. As minhas ovelhas andaram desgarradas por todos os montes, e por todo alto outeiro; sim, as minhas ovelhas andaram espalhadas por toda a face da terra, sem haver quem as procurasse, ou as buscasse.

Os versículos de 7 a 16 continuam dizendo o que Deus fará contra os pastores descritos acima. Jack não está incluído nesse meio. Como diz John Piper, que a graça de Deus esteja sobre ti, Jack!

P.S.: Na foto, Jack Hatfield pregando, com o auxílio do pastor Alvin Palfenier, na Igreja Batista em Morada do Sol em 2004.


Deus abençoe você!

Allan Ribeiro
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Nesta edição

1. Mudanças na Família da Igreja, Phil Steller, membro de Evangel escreve sobre a saída de Jack em um relato emocionante.
2. Os Novos Ateus, Kerby Anderson explica quem são e o que pensam essas pessoas. Fique atento!
3. Examinando Ezequiel, Chuck Missler fala desse livro fascinante da Bíblia e a sua importância para entender os dias atuais.
4. Hugo Chávez: Presidente Vitalício?, O presidente venezuelano volta a atrair a atenção do mundo. Por Chuck Missler.



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Mudanças na Família da Igreja
Phil Steller, traduzido por Allan Ribeiro

[English]

Eu tenho dito muitas vezes que o tema do Esotropiart [o seu site] é que a vida é um processo. Há muita coisa na vida, ela é cheia de mudanças, altos e baixos. Não é tudo bonito, não importa qual seja a sua experiência ou perspectiva. Eu sou um seguidor de Cristo muito imperfeito; minha vida e caráter são cheios de falhas. Ser um cristão não torna a vida mais fácil, nem poupa uma pessoa da tristeza, provações ou do estresse. Meu objetivo não é ser considerado religioso, mas pelo contrário, conseguir comunicar que minha vida é uma busca por um relacionamento com Jesus. Eu sei que a maioria das vezes eu falho miseravelmente mesmo nisso, mas é o que eu anseio. É disso que o cristianismo trata e porque ele difere tão completamente de outras "religiões" ou "fés" por aí. Deve parecer batido e repetitivo para alguns, mas o cristianismo não é uma religião, e sim um relacionamento. O cristianismo sem o aspecto do relacionamento (mais do que um aspecto – é tudo ou nada) é certamente somente outro monte de regras, ditos e tradições para adicionar a um monturo sem fim... e eu concordaria com aqueles que se defrontaram com esse tipo e dizer que ele [o cristianismo] não tem nada a "oferecer", por assim dizer.

Mesmo não sendo muito fiel ao meu tema, eu tento escrever de tempos em tempos sobre pedacinhos da minha vida que eu sinto que possam revelar um pouco da jornada que estou percorrendo. Agora mesmo a minha igreja está passando por um "cruzamento" em nossa existência como um corpo, uma família. Nosso amado pastor e amigo por 20 anos comunicou o seu pedido de renúncia algumas semanas atrás e o seu último domingo [como pastor da igreja] foi em 31 de dezembro. Nossa congregação está também considerando a doação das mais inéditas do nosso prédio para outra igreja também, então tem muita coisa para digerir (mas isso é assunto para outra postagem ou dezessete por si só).

Embora a renúncia tenha vindo como uma surpresa para a maioria (até mesmo para o próprio pastor de certo modo), eu de alguma maneira senti que algo estava para mudar. Eu certamente não esperava que fosse agora, no entanto. De todos os pastores que eu conheci pessoalmente ou à distância, eu respeito poucos como respeito o pastor Jack. Durante os anos que passei em sua igreja vim a respeitá-lo mais e a ter como cara e preciosa a nossa amizade aberta (embora infelizmente nunca tenha atingido todo o seu potencial). Eu me liguei brevemente a alguns pastores antes, mas pastores geralmente são ocupados com assuntos relacionados à organização e à liderança e não têm tempo para desenvolverem relacionamentos significativos com pessoas comuns, especialmente jovens, como eu. Eu me lembrarei de nossas conversas e... de estar com ele, simplesmente. Eu nunca vou esquecer a(s) viagem(ns) ao Brasil e dúzias de outros momentos especiais em que Jack estava.

Eu gosto da atmosfera das congregações menores, onde parece que as pessoas são mais dadas e acessíveis. Um laço de família autêntico e real é criado e os relacionamentos - se não durarem uma vida inteira – certamente terão efeitos que durarão. O clima amoroso e familiar é com certeza um ponto forte da nossa igreja hoje em dia. Jack teve uma grande participação na construção e crescimento deste legado, e eu acredito que isso irá continuar.

Colocando de maneira simples, eu irei sentir muita falta do cara. Eu vou sentir saudade da visão que ele talvez só começou a instilar em nossos corações. Eu sou grato pela sua instrução e bondade e pelo extraordinário exemplo que ele estabeleceu. Ele é um mestre em lidar com um número absurdo de situações e personalidades. Eu desejo o melhor para ele e para sua esposa onde quer que eles vão.

Então agora a nossa tarefa como corpo-igreja passa a ser confiar no Senhor mais e mais, já que não temos NENHUMA IDÉIA de onde a estrada à frente irá nos levar, como família e como indivíduos.

Esta noite minha esposa e eu participamos do grupo familiar (os pequenos grupos de nossa igreja) pela primeira vez em bastante tempo. Foi a primeira reunião depois que o pastor Jack partiu, e nós conversamos um pouco sobre como iremos continuar, aonde iremos nos encontrar, sobre o que iremos falar, etc. É tão estranho não ter o Jack lá. Ainda somos uma família, e é esse laço que nos une, ainda que eu amasse tanto o que Jack trouxe com ele – sua sabedoria, sua compreensão e compaixão. Era um privilégio tão grande ir às noites de domingo e vislumbrar o coração do pastor, seu relacionamento com Jesus e o seu desejo de crescimento para todos nós. Sua ausência será dolorosamente sentida.

Agora é a nossa oportunidade de crescermos na fé. É empolgante e assustador ao mesmo tempo pensar em estar envolvido em um lugar como esse e em uma época assim. Eu realmente não sei qual será o resultado ou que mudanças iremos experimentar durante o caminho. É um novo capítulo no livro da Igreja Batista Evangel. Minha esperança é que Deus seja o Autor derradeiro do nosso futuro, porque tudo irá se estragar se depender dos nossos cuidados e esforços somente.

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Os Novos Ateus
Kerby Anderson

[English]

Por séculos tem havido um conflito e debate entre os ateus e o cristianismo. Mas o surgimento do que os jornalistas estão chamando de "Os Novos Ateus" representa uma mudança significativa na natureza do debate. "Os Novos Ateus" são parte realidade e parte bordão jornalístico. Ela identifica os novos contendores na batalha em curso entre ciência e religião.

Diferente dos ateus que vieram antes deles e que ficavam satisfeitos em meramente argumentar que o cristianismo não está com a verdade, estes novos ateus agora argumentam que o cristianismo é perigoso. Uma coisa é argumentar contra o erro do cristianismo, mas outra coisa bem diferente é argumentar contra o mal inerente ao cristianismo.

Muitos desses autores têm livros na lista dos mais vendidos do New York Times. Carta a uma Nação Cristã, de Sam Harris é um desses livros entre os dez mais. Ele vai além do argumento tradicional de que o sofrimento no mundo prova que Deus não existe. Ele argumenta que a crença em Deus na verdade causa sofrimento no mundo. Ele diz, "Que tanto deste sofrimento possa ser diretamente atribuído à religião – ao ódio religioso, guerras religiosas, desilusões religiosas e digressões religiosas de parcos recursos – é o que torna o ateísmo uma necessidade moral e intelectual". Ele argumenta que a menos que renunciemos à fé religiosa, a violência religiosa logo irá levar a civilização ao seu fim.

A resposta a esse livro tem sido entusiasmada. Um leitor achou que o livro é "uma maravilhosa fonte de munição para aqueles que, como eu, não têm qualquer doutrina religiosa". Outros adoraram que ele tenha batido no cristianismo. Para eles "foi como estar sentado ao lado do ringue, aplaudindo o campeão, gritando 'Sim!' a cada soco".

Mas os cristãos não são o único alvo de sua crítica. Harris também argumenta que os moderados religiosos e até mesmo os teólogos liberais funcionam como "avalizadores" do cristianismo ortodoxo. O seu livro não é uma crítica somente aos cristãos, mas é um chamado às pessoas tolerantes de centro para que desçam do muro e se juntem à esses novos ateus.

Outro livro popular é A Desilusão de Deus do professor de Oxford, Richard Dawkins. Ele diz que a crença religiosa é psicótica e que argumentos a favor da existência de Deus são bobagem. Ele quer tornar o respeito à crença em Deus socialmente inaceitável.

Ele conclama os ateus a se identificarem entre si como tal e a se juntarem para lutar contra as desilusões da fé religiosa. Ele diz, "O número de pessoas não-religiosas nos Estados Unidos é algo mais próximo a 30 milhões do que a 20 milhões de pessoas. Isso é mais do que todos os judeus do mundo inteiro juntos. Eu acho que estamos na mesma posição em que o movimento gay estava algumas décadas atrás. Havia uma necessidade de que as pessoas se mostrassem".

Como Harris, Dawkins não discorda simplesmente da fé religiosa, mas discorda da tolerância à fé religiosa. Ele argumenta que as pessoas religiosas não deveriam poder ensinar esses "mitos" religiosos a seus filhos, o que Dawkins chama de "colonização dos cérebros dos pequenos inocentes".

Dawkins força a ligação entre evolução e ateísmo. Ele crê que a teoria evolucionista deve logicamente levar ao ateísmo. E ele declara que não irá se preocupar com as conseqüências para as relações públicas em amarrar evolução e ateísmo.

Daniel Dennet é outra figura importante e autor do livro Quebrando o Feitiço: A Religião Como um Fenômeno Natural. Ele não usa a retórica áspera e crítica dos outros, mas ainda assim é capaz de tecer argumentos a favor da sua tese de que a religião deve ser submetida à avaliação científica. Ele crê que "uma educação neutra, cientificamente informada sobre toda religião do mundo deveria ser obrigatória na escola" já que "se você tem que enganar – ou vendar – os seus filhos para garantir que eles confirmem a sua fé quando adultos, a sua fé tem que ser extinta".

Somando-se aos livros dos "Novos Ateus", há um número de outros que têm como alvo os cristãos conservadores. David Kuo escreveu Tentando a Fé, para dizer aos cristãos conservadores que eles foram levados a um passeio pela administração que os ridicularizou por detrás das portas fechadas. Adicione a isso Venha o Reino: O Surgimento do Nacionalismo Cristão, de Michael Goldberg e Venha o Vosso Reino, de Randall Balmer e ainda Teocracia Americana, de Kevin Phillips. Cada um deles colocou as pessoas religiosas bem na sua mira e puxou o gatilho.

Muitos desses livros beiram a paranóia. Considere o livro de James Rudin, O Batismo da América. Em seu primeiro parágrafo ele diz, "Um espectro ronda a América, e não é o socialismo e certamente nem o comunismo. É o espectro do dobrar os joelhos dos americanos em submissão à uma interpretação em particular de uma religião que tem se tornado uma ideologia, um onipresente modo de vida. É o espectro de nossa nação governada pela extrema direita cristã, que gostaria de tornar os Estados Unidos uma 'nação cristã' onde a sua versão da lei de Deus se sobrepõe à todas as leis humanas – inclusive à Constituição. Esta, mais do que qualquer outra força no mundo hoje, é a ameaça imediata e profunda à nossa república".

Esses comentários vão do fanatismo anti-cristão à paranóia anti-cristã. Por favor, me diga quem são esses perigosos cristãos conservadores para que possamos corrigi-los. Eu entrevisto muitos líderes e não ouço sequer uma insinuação a respeito disso. Quando muito, esses líderes querem que os juízes sigam a constituição, não sobrepô-la com outra versão (seja secular ou cristã).

Rudin vai adiante e argumenta que esses líderes cristãos emitiriam uma carteira de identidade nacional onde constasse a crença religiosa de cada um. Novamente, quem são essas pessoas de quem ele está falando? Francamente, eu ainda não encontrei ninguém que quisesse uma carteira de identidade nacional (seja secular ou cristã).

A despeito disso, Rudin sustenta que "tal carteira daria aos cristocratas um tratamento preferencial em muitas áreas da vida, inclusive a propriedade de casas, empréstimos estudantis, empregos e educação". E os censores religiosos nomeados controlariam todo discurso e tornariam fora da lei toda dissensão. Você sabia que nós queremos isso?

Claramente estamos passando para uma época na qual os ateus vêem a religião como cheia de erros e maldade. E os cristãos conservadores estão sendo especialmente discriminados por suas crenças na verdade da Bíblia.

Os cristãos deveriam responder de três maneiras. Primeiro, devemos sempre estar prontos a dar uma resposta pela esperança que há em nós (1 Pedro 3.15) e devemos fazê-lo com mansidão e reverência. Segundo, devemos confiar no poder de Deus para todos aqueles que crêem (Romanos 1.16). Terceiro, devemos viver vidas santificadas perante o mundo, para que possamos (por nosso bom comportamento) silenciar a fala ignorante dos tolos (1 Pedro 2.15).

© 2006 Probe Ministries International

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Examinando Ezequiel
Por Chuck Missler, traduzido por Allan Ribeiro
Da eNews issue de 09 de Janeiro de 2007
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[English]

É difícil entender o caldeirão do oriente médio sem primeiro estudar as incríveis profecias encontradas no livro de Ezequiel.

Ezequiel estava entre os cativos com o rei Jeoiaquim na segunda de três deportações feitas pelo rei Nabucodonossor da Babilônia. Ele menciona Daniel três vezes, o qual esteve na Babilônia nove anos antes de Ezequiel chegasse. Ezequiel ministrou, assim como Jeremias, para uma nação que estava experimentando o julgamento por seus pecados. Em seu cativeiro ele viveu próximo ao rio Quebar, que era o grande canal de navegação partindo do rio Eufrates sobre a Babilônia e virando pelo Nipur até o Tigre. Esta foi a locação primária do assentamento dos cativos judeus.

Ezequiel nasceu em aproximadamente 627 a.C. e viveu em uma época de declínio moral, miséria e desenraizamento. Suas mensagens não foram bem recebidas no começo, mas resultaram no fim na nação sendo purgada de suas práticas idólatras. Ele foi casado e possuía sua própria casa. Sua esposa morreu durante o seu ministério e ele foi proibido de chorar por ela.

Também aprendemos que Deus pretendeu que a sua vida fosse uma série de sinais para Israel, assim, ele faz todo tipo de coisas estranhas. Ele se tranca em casa. Ele se amarra. Ele fica mudo. Em um ritual formal, ele teve que deitar sobre o seu lado direito e esquerdo por um total de 430 dias. Ele comeu pão preparado de maneira impura. Ele raspou a barba e a cabeça, o que era considerado uma vergonha em sua vocação.

Por todo o livro, o seu tema principal foi a soberania e a glória de Deus. Isso é bom para nós, porque podemos ficar tão concentrados na graça de Deus que tendemos a esquecer que há também um papel diretivo em Deus, e que a Sua glória exige justiça.

Ezequiel era bem direto. Ele defendeu cuidadosamente a justiça de Deus por todo o livro, embora ele lide mais com símbolos e alegorias do que qualquer outro profeta do Velho Testamento. Ele é provavelmente o maior místico do Velho Testamento. Ele era bem talhado para o chamado que Deus lhe deu, o que incluiu uma visão incrível do trono de Deus no capítulo 1. Esta visão dramática d Deus nunca o deixou. Ela não é somente apresentada no primeiro capítulo, mas há referências a ela durante todo o caminho.

O Profeta do Ajuntamento

A famosa visão do Vale dos Ossos Secos nos capítulos 36 e 37 é inquestionavelmente o cumprimento bíblico monumental do século XX. Começando na última metade do século XIX, o ajuntamento que culminou no estabelecimento do Estado de Israel é uma das evidências mais irrefutáveis de que estamos no princípio do clímax de Deus para as nações mencionadas por toda a Bíblia – e notavelmente detalhado nos escritos de Ezequiel.

Os capítulos finais, de 40-48, terminam com uma descrição extraordinariamente detalhada do Templo do Milênio a ser reconstruído. Ezequiel foi singularmente qualificado para o seu papel devido à sua experiência como sacerdote. Ele era filho de Buzi, que também era sacerdote. É interessante que mesmo assim ele nunca tendo servido como sacerdote, ele aparentemente influenciou tanto a adoração posterior que ele hoje é chamado por alguns como o "Pai do Judaísmo". Através de Números 4.3 sabemos que os Coraítas tinham que estar com trinta anos de idade antes de poderem começar a servir como sacerdotes. Quando Ezequiel fez trinta anos, no entanto, ele foi deportado, aproximadamente no oitavo ano do reinado de Nabucodonossor. O Templo que Ezequiel descreve ainda não foi construído. A maioria dos estudiosos considera que sejam os detalhes do Templo que irá ser estabelecido durante o Milênio no planeta Terra

Entre o ajuntamento da nação nos capítulos 36 e 37 e o Templo do Milênio descrito nos capítulos 40-48, há um evento clímax que se interpõe. A invasão de Gog e Magog, descrita nos capítulos 38 e 39, está entre as passagens proféticas mais famosas na Bíblia. Por uma variedade de motivos, a identificação de "Magog" com o povo da Rússia parece bem estabelecida.

Você já estudou esse livro com cuidado? Veja nosso Comentário Expositivo de Ezequiel. Clique aqui para ir para o site.

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Hugo Chávez: Presidente Vitalício?
Por Chuck Missler, traduzido por Allan Ribeiro
Da eNews issue de 05 de dezembro de 2006
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No domingo (2 de dezembro de 2006), os venezuelanos reelegeram o presidente Hugo Chávez, um socialista declarado, que ocupou as manchetes recentemente quando se referiu ao presidente Bush como "o demônio" diante da Assembléia Geral das Nações Unidas. Chávez recebeu 61 por cento dos votos – estendendo o seu mandato no cargo por mais seis anos.

No entanto parece que mais seis anos não são suficientes para Chávez. Em um discurso na terça-feira, ele anunciou planos para uma emenda constitucional que o permitiria permanecer no cargo indefinidamente. "Sinto-me obrigado a levar adiante este projeto de socialismo", disse Chávez em seu discurso, "Venezuelanos, sim, 63 por cento dos venezuelanos votaram por um avanço em direção ao socialismo. E eu quero tornar esse desejo realidade".

Desde que assumiu, Chávez tem levado a Venezuela ao que ele chama de uma "Revolução Bolivariana" – seu objetivo sendo o de transformar a Venezuela de uma democracia livre em um regime socialista. Enquanto está no cargo, Chávez tem consolidado o poder, mudado a constituição e forçado agressivamente várias outras reformas socialistas. No começo deste ano Hugo Chávez nomeou 17 novos juízes para a suprema corte venezuelana, um dos quais expressou publicamente um desejo de ver Chávez tornar-se "presidente vitalício"

A despeito da inflação crescente, do desemprego, da pobreza e do crime na Venezuela, Hugo Chávez tem mantido uma enorme popularidade. Chávez tem conseguido sobreviver a muitas tentativas de removê-lo do cargo, inclusive um golpe de estado e um referendo nacional. Ele tem permanecido no poder em grande parte por causa de uma agressiva campanha de propaganda que transferiu a culpa pelos problemas do povo para todo mundo, desde os burocratas da nação ao tirânico império que é os Estados Unidos.

Quando Chávez chegou ao poder pela primeira vez, ele imediatamente abraçou o líder da Cuba comunista, Fidel Castro, como aliado-chefe da Venezuela. Ele também chamou Saddam Hussein, do Iraque de "irmão" e alinhou-se com o líbio Muamar Kadafi. Chávez então formou alianças com o norte-coreano Kim Yong-Il e com o então líder palestino Yasser Arafat.

Pelos últimos sete anos, Hugo Chávez, com a ajuda da Cuba de Fidel Castro, tem cultivado partidários na América Latina e no Caribe. Este ano a Venezuela comprou muitos milhões de dólares de títulos argentinos e ofereceu apoio financeiro semelhante ao Equador. Chávez também fornece petróleo barato para Cuba e muitos outros países, inclusive a Jamaica e algumas ilhas caribenhas menores. Brasil, Argentina, Uruguai e Bolívia todos têm governos de esquerda e, em julho, o México quase elegeu um presidente comunista.

Quando o Muro de Berlim caiu, a União Soviética entrou em colapso e a China buscou grandes reformas econômicas, muitos previram o fim da ameaça um dia representada pela expansão do comunismo. Mas, enquanto a América tem concentrado a sua atenção em outro lugar, o socialismo está se movimentando na América do Sul.

2 comentários:

Anônimo disse...

Sobre Perdidos e Perdedores.

Eu fui um desses perdidos que tive oportunidades dentro da igreja. Tive todos os conselhos. Tratei muita gente de forma deselegante e só recebia carinho e compaixão. Vivia dentro da igreja e no mundo.

Enquanto muitas igrejas, como as de Rick Warren, mandam suas cartas para desligar membros, o pastor da igreja que me converti foi um "Jack" em minha vida. Os irmãos também foram outros "Jacks" e por fim, me converti de vez e busco a minha santificação. Claro que nesse meio deviam existir os Rick Warren da vida, mas os "Jacks" prevaleceram.

Ainda temos igrejas que se preocupam com os perdedores e perdidos e devemos sempre resguardá-los, pois foi para eles que Cristo veio, para "o que se havia perdido".

Deus nos abençoe e nos guarde. Acolhê-los é nossa obrigação. Agora precisamos também sermos bíblicos e Cristocêntricos para que não venhamos a distorcer a imagem do evangelho e acharmos que a igreja é "casa de mãe Joana".

Seja tudo com descência e ordem, diz a Palavra de Deus.

Fica com Deus meu irmão.

Miranda (IBJóquei)

Allan Ribeiro disse...

Miranda, a sua mensagem é um alento!
Realmente esse cuidado com os perdedores e com os perdidos não deve ser somente dos pastores, mas tenho certeza de que essa é uma visão que só floresce na igreja se o pastor dá o exemplo. O pastor Joel é mesmo um Jack!

Abraços