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30 janeiro 2008

Equipando os Santos 24 - Lápis ou Caneta?

Equipando os Santos
edição n° 24 - Teresina, 27/01/2008


Lápis ou caneta?

Uma vez li uma anedota bastante curiosa e reveladora da visão de mundo de quem contou. Dizia que os americanos haviam gasto milhões de dólares para desenvolver uma caneta que pudesse ser usada no ambiente sem gravidade do espaço, enquanto os soviéticos haviam decidido mandar os seus cosmonautas usarem prosaicos lápis.

A idéia era mostrar que os americanos jogavam dinheiro fora com projetos sem grande utilidade prática e que os soviéticos eram espertos o bastante para usarem uma tecnologia eficaz, barata e há muito disponível. Segundo esta cosmovisão o mundo tem uma quantidade finita de recursos e é necessário usá-los com parcimônia, nem que isso as vezes signifique ter que reduzir o número de usuários. Isso significa dar mais valor a coisas do que a pessoas, já que as últimas são mais abundantes do que as primeiras. Por este ponto de vista os soviéticos não só estavam certos, mas prestaram um relevante serviço à humanidade.

No entanto, depois da queda do muro de Berlim, foi necessário voltar à anedota, visto que os soviéticos não pareciam mais tão espertos assim. Outra interpretação me ocorreu. Nela os americanos é que estavam certos em gastar todo aquele dinheiro, visto que ele rendeu muito mais do que o que foi gasto. Por causa da pesquisa, os cientistas foram capazes de descobrir um mundo de informações sobre o ambiente sem gravidade e de desenvolver muitos outros aparelhos muito mais importantes do que uma simples caneta. Esses produtos puderam ser lançados no mercado e aqueceram a economia, gerando empregos e qualidade de vida para as pessoas.

A cosmovisão que impulsiona os americanos é a de que o mundo é um sistema aberto, no qual Deus está incluído. Isso significa que, embora os recursos possam ser finitos, o homem foi dotado por seu Criador de uma mente capaz de buscar maneiras melhores de utilizá-los. Além disso, a existência de Deus nos garante que vivemos em um mundo passível de ser conhecido e transformado por nossas ações, em que não há lugar para o acaso já que tudo se submete a leis que podem ser objetivamente conhecidas. Por último, Deus dá sentido à própria existência do homem ao lhe atribuir grande valor.

Assim, as pessoas é que são mais importantes que as coisas. Até porque cada mente tem um potencial inacreditável para produzir novas idéias e expandir os limites do conhecimento, produzindo riquezas e garantindo a prosperidade.

Para encerrar, gostaria de ilustrar o meu ponto-de-vista com a história (extraída do livro Discipling Nations de Darrow Miller) de como Julian Simon ganhou os mil dólares mais fáceis de sua vida. Ele desafiou um homem chamado Ehrlich a escolher cinco metais básicos e acompanhar os seus preços entre 1980 e 1990. Se a perspectiva de Ehrlich estivesse correta e nós vivêssemos em um sistema fechado, haveria mais gente para consumir esses recursos e os metais subiriam de preço. Se Simon estivesse certo e o mundo fosse um sistema fechado, os preços deveriam cair. Em outubro de 1990 os
preços foram conferidos. Todos os cinco haviam caído, e Simon (junto com a cosmovisão que ele e eu defendemos), foi vindicado.
Deus abençoe você!
Allan Ribeiro
***

Nesta edição
1.Nosso universo holográfico, continuação da trilogia de Chuck Missler sobre a hipótese de o nosso universo ser um holograma.
2.A apologia através dos anos, por Rick Wade.
3.O Design Inteligente está morto? O Dr. Ray Bohlin comenta a decisão de um juiz de impedir que o DI seja mencionado em uma escola americana.
4.Design Inteligente: ciência ou religião? Chuck Missler também entra no debate e responde à principal acusação dos detratores do DI.

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Nosso Universo Holográfico
por Chuck Missler, traduzido por Allan Ribeiro


No mês passado exploramos os recentes experimentos que parecem ter sido bem sucedidos no "teletransporte" de partículas subatômicas, sugestivos dos episódios "Me teletransporte, Scotty", da popular série de TV Star Trek. Esses fenômenos abalam nossas concepções tradicionais do universo material e o que percebemos como realidade.

A Natureza Dual das Partículas

Em 1906, em 1906, J. J. Thomson recebeu o prêmio Nobel [de física] por ter provado que os elétrons são partículas. Em 1937 ele viu o seu filho receber o mesmo prêmio Nobel por ter provado que os elétrons são ondas. Tanto o pai quanto o filho estavam corretos. Daí em diante a evidência para a dualidade onda/partícula tornou-se esmagadora. Esta habilidade camaleônica é comum a todas as partículas subatômicas. Chamadas de quanta, elas podem se manifestar tanto como partículas quanto como ondas. O que as torna ainda mais surpreendentes é que há evidências constrangedoras de que o único momento em que as quanta se manifestam como partículas é quando estamos olhando para elas.

O físico dinamarquês Niels Bohr observou que se as partículas subatômicas só vêm a existir na presença de um observador, então não faz sentido falar de propriedades e características de uma partícula como se existissem antes de serem observadas. Mas se o ato de observação realmente ajudou a criar tais propriedades, o que isso implica para o futuro da ciência?

Qualquer um que ainda não ficou chocado com a física quântica ainda não a entendeu.
-Niels Bohr

E fica ainda pior. Alguns processos subatômicos resultam na criação de um par de partículas com propriedades idênticas ou proximamente relacionadas. A física quântica prevê que tentativas de medir características complementares do par – mesmo quando viajando em direções opostas – seria sempre frustrado. Tal comportamento estranho implicaria que elas teriam que estar interconectadas de algum modo, para que estivessem instantaneamente em comunicação uma com a outra.

Um físico que ficou profundamente perturbado pelas asserções de Bohr foi Albert Einstein. A despeito do papel que Einstein desempenhou na fundação da teoria quântica, ele não gostou do curso que a nova ciência tomou. Em 1935 Einstein e seus colegas, Boris Podolsky e Nathan Rosen, publicaram o agora famoso artigo "A Descrição Quantum-mecânica da Realidade Física Pode Ser Considerada Completa?" 1.

O problema, de acordo com a teoria especial da relatividade de Einstein, é que nada pode viajar mais rápido do que a velocidade da luz. A comunicação instantânea implícita na visão da física quântica seria equivalente a quebrar a barreira do tempo e abriria a porta para todo tipo de paradoxo inaceitável. Einstein e seus colegas estavam convencidos de que nenhuma "definição razoável" da realidade permitiria tais interconexões mais-rápidas-que-a-luz existissem e, deste modo, Bohr teria que estar errado. Seu argumento agora é conhecido como o paradoxo Einstein-Podolsky-Rosen, ou paradoxo EPR.

Bohr permaneceu imperturbável pelo argumento de Einstein. Ao invés de acreditar que algum tipo de comunicação mais-rápida-que-a-luz estava acontecendo, ele ofereceu outra explicação. Se as partículas subatômicas não existem até que sejam observadas, então se poderia pensar nelas como "coisas" independentes. Assim Einstein estava baseando o seu argumento em um erro quando via as partículas gêmeas como separadas. Elas eram parte de um sistema indivisível, e não fazia sentido pensar nelas de outro jeito. Com o tempo, a maioria dos físicos ficou do lado de Bohr e ficaram satisfeitos que a sua interpretação estava correta.

Um fator que contribuiu para que seguissem Bohr foi que a física quântica havia se mostrado tão espetacularmente bem-sucedida em prever fenômenos, que poucos físicos quiseram até mesmo considerar a possibilidade dela estar errada de algum modo. Toda a indústria dos lasers, microeletrônica e computadores emergiu da confiabilidade das previsões da física quântica. O popular físico da CalTech, Richard Feynman, resumiu assim:

Eu acho que é seguro dizer que ninguém entende a mecânica quântica... Na verdade, sempre se diz que de todas as teorias propostas neste século, a mais imbecil é a teoria quântica. Alguns dizem que a única coisa que a teoria quântica tem a seu favor, na verdade, é que ela está inquestionavelmente correta.

O Cosmos Como um Hyper-Holograma?

Parecem haver evidências para sugerir que nosso mundo e tudo o que há nele são somente imagens fantasmagóricas, projeções de um nível de realidade tão além do nosso próprio que a realidade real está literalmente além, tanto do espaço quanto do tempo. O principal arquiteto dessa idéia assombrosa inclui um dos mais eminentes pensadores do mundo: o físico da University of London, David Bohm, um protegido de Einstein, e um dos mais respeitados físicos quânticos do mundo.

O trabalho de Bohm com a física do plasma nos anos 50 foi considerada um marco. Antes, no Lawrence Radiation Laboratory, ele notou que nos plasmas (gases compostos de elétrons de alta densidade e íons positivos) as partículas pararam de se comportar como indivíduos e começaram a agir como se fossem parte de um todo maior e interconectado. Mudando-se para Princeton em 1947, ele continuou o seu trabalho sobre o comportamento de oceanos de partículas, notando que seus efeitos altamente organizados por toda parte e o seu comportamento , como se soubessem o que cada uma das incalculáveis trilhões de partículas individuais estava fazendo.
Uma das implicações da visão de Bohm tem a ver com a natureza da localização. A interpretação de Bohm da física quântica indicou que no nível subatômico a localização deixava de existir. Todos os pontos no espaço se tornam iguais a quaisquer outros pontos no espaço, e seria sem sentido falar de algo como estando separado de qualquer outra coisa. Os físicos chamam essa propriedade de "não-localidade".

A Natureza da Realidade

Uma das sugestões mais surpreendentes de Bohm é que a realidade tangível de nossas vidas é, na verdade, um tipo de ilusão, como uma imagem holográfica. Subjacente a ela há uma ordem mais profunda de existência, nível mais vasto e mais primário de realidade que dá origem a todos os objetos e aparências de nosso mundo físico muito do mesmo jeito que um pedaço de filme holográfico dá origem a um holograma. Bohm chama esse nível mais profundo de realidade de a ordem enredada ("dobrada") e se refere a nosso nível de existência como a ordem exposta (desdobrada) 3.

Esta visão não é inconsistente com a apresentação bíblica do mundo físico ("exposto"), como sendo subordinado ao mundo espiritual ("enredado") como a realidade superior 4.
O paradigma holográfico ainda é um conceito em desenvolvimento e cheio de controvérsias. Por décadas a ciência escolheu ignorar evidências que não se encaixavam nas teorias padrão. Contudo, o volume de evidências chegou agora ao ponto em que a negação não é mais uma opção viável.

A Bíblia é, claro, singular em ter sempre apresentado um universo de mais de três dimensões 5, e revelado um Criador que é transcendente sobre a sua criação 6. É o único "livro sagrado" que demonstra esses discernimentos contemporâneos.

Paul Davis sumarizou isso provocativamente: "É como se todo o universo não fosse mais do que um pensamento na mente de Deus."

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A Apologia Através dos Anos

Escrito por Rick Wade de Probe Ministries International,
traduzido pelo pastor James A. Choury

Através da história da Igreja, os cristãos foram chamados para defender as razões e o raciocínio de sua fé. O Apóstolo Paulo falou deste ministério como “defesa e confirmação do evangelho” (Fil. 1.7). O Apóstolo Pedro disse que deveríamos estar "sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós,” (1 Pedro 3.15).

Esse ministério dos cristãos chegou a chamar-se “apologia” que quer dizer “defesa”. Mas se é importante defender a fé, como se faz?

Neste estudo não daremos muitas evidências ou argumentos. Antes, apresentaremos alguns princípios que nos servirão de guia na defesa da nossa fé. Analisaremos nosso ponto de partida e veremos a importância de pensarmos logicamente. Responderemos à acusação específica de “elitismo” e finalmente, trataremos de apresentar um argumento convincente em favor do cristianismo.

Apologia é a arte e a ciência de defender a fé cristã. Nos tempos dos gregos, quando alguém era acusado de alguma infração, o acusado tinha oportunidade de prestar sua “apologia”. Para nós cristãos, isso poderia significar responder à pergunta: “porque vocês acreditam que Jesus, o Nazareno, é Deus mesmo?” ou, mais provável nestes dias: “Por que os cristãos acham que só eles têm a Verdade?”.

Então, apologia é em primeiro lugar uma defesa. Um segundo aspecto da apologia é desafiar as crenças dos outros que são contrárias à nossa fé. Um terceiro aspecto é apresentar evidências positivas em favor da fé. Em outras palavras, as três áreas da apologia cristã são: uma defesa da fé, uma ofensiva contra as crenças contrárias à fé e uma ofensiva em favor das doutrinas cristãs.

Em tudo isso nosso alvo é fazer a luz da verdade de Deus brilhar ao máximo. Também é nosso desejo trazer os descrentes a uma compreensão adequada da verdade de Cristo como Salvador e persuadi-los a colocar toda a sua fé Nele.

A apologia tipicamente é uma resposta a uma pergunta ou desafio. Nos tempos de Paulo ele teve que tentar tirar o obstáculo da cruz de Cristo dos pensamentos dos judeus. No segundo século os apologistas cristãos tiveram que defender não só as doutrinas cristãs, mas também os próprios cristãos das acusações de ateísmo e canibalismo. Depois tiveram que defender a fé dos desafios do islamismo. Na era do iluminismo e por muitas décadas depois, defenderam a fé dos ataques do racionalismo e cientificismo. Hoje o desafio maior é defender a afirmação de que existe um conhecimento certo da verdade absoluta e que essa verdade se encontra na Bíblia.

Assim como nossos antepassados, nós temos que dar respostas racionais e certas pela esperança que temos em Cristo. Nos compete lidar com os assuntos contemporâneos por mais difíceis e incômodos que sejam para nós.

A importância de pensarmos bem

Uma das frustrações no estudo da apologia é a grande variedade de desafios à fé cristã. Outra é dominar as muitas evidências e razões em defesa da fé. Na verdade, é mister dominarmos algumas dessas áreas, ou pelo menos ter repostas para as objeções mais freqüentes. Mas é de muito valor adquirir a capacidade de pensar logicamente. Isso nos ajuda a tomar boas decisões no nosso dia-a-dia e deduzir verdades e o modo de viver conforme as Sagradas Escrituras.

A capacidade de pensar logicamente é mister para o apologista. Primeiro, nos ajuda a não discutir usando argumentos mal-formulados. Segundo, nos ajuda a avaliar e responder aos desafios dos descrentes. Muitas vezes o cristão fica sem saber o que responder quando confrontado com argumentos que parecem ser fortes, mas são vazios e ilógicos. Vejamos alguns destes.

Alguém diz: “Não existe a verdade absoluta”. Se essa pessoa realmente acredita que não existem declarações que são certas para todas as pessoas em todas as épocas, o melhor que ele poderia dizer é: “Em minha opinião, não existe a verdade absoluta”. Porque dizer categoricamente que não existe verdade absoluta é afirmar uma verdade absoluta e é contraditório. Se o assunto fica na esfera das opiniões, então a opinião dele vale tanto quanto a sua.

Aqui temos outro argumento conhecido, mas vazio. “Todas a religiões são iguais”. Podemos responder que o cristianismo ensina que Cristo é Deus encarnado. Muitas outras religiões ensinam que isso não é certo. A lei da não-contradição diz que Jesus Cristo não pode ser, e não ser, Deus encarnado ao mesmo tempo e no mesmo sentido.
Vejamos mais um outro. Alguns dizem, “Não posso acreditar em Cristo, pois vejo quantas coisas horríveis os cristãos fizeram durante toda a história”. Agora sabemos que o testemunho dos cristãos pode influir muito em como o cristianismo é percebido. Porém, logicamente, a conduta dos cristãos particulares não tem nada a ver com a verdade própria do cristianismo. O cristianismo não afirma que toda pessoa que chama-se “cristão” é incapaz de cometer pecado. Também, seria ilógico pensar que a conduta de pessoas vivendo no século XVII possa modificar um fato realizado no ano 33 do primeiro século. A conduta dos cristãos hoje não pode mudar de jeito nenhum o fato histórico de que Cristo morreu, ressuscitou e está sentado à destra do Deus todo-poderoso agora, fazendo intercessão por nós.

Quando alguém apresenta um argumento contra a fé, nós precisamos analisar se os fatos desse argumento estão certos e se a afirmação em si mesma é lógica. Muitas vezes as objeções à fé cristã falham em ambos os sentidos. Saber pensar logicamente nos capacitará a discernir as falhas no pensamento da pessoa fazendo a objeção. Mostrando-lhe essas falhas, de maneira suave e amável, poderemos fazer com que aquela pessoa reconsidere suas idéias ou pelo menos diminua a força do seu argumento contra o cristianismo.

Uma outra objeção que ouvimos, especialmente entre universitários, é que o cristianismo é “elitista”. Dizem que os cristãos acreditam ter a única verdade. Pensam que, com tantas crenças no mundo inteiro, é soberba demais afirmar ter o monopólio a respeito da verdade.

Como poderíamos responder a esta questão? Primeiro, podemos notar que o uso da palavra “elite” é linguagem preconceituosa. Quer dizer que antes de tratar a veracidade do assunto, a pessoa já julgou e condenou o cristianismo. Nós temos que ter o cuidado de não fazer o mesmo com eles. É mister tratar os assuntos em si e não recorrer ao ataque pessoal.

Em segundo lugar, nós deveríamos admitir que os não-cristãos também podem ter a verdade e que os ensinos de outras religiões contêm verdades. As falhas vêm dos assuntos que tratam da pessoa de Cristo e da maneira de ser reconciliado com Deus.

Terceiro, notemos a falha na lógica do argumento. Pensar que só o fato de existirem muitas opiniões sobre um assunto possa afeitar a verdade ou falsidade de uma delas é ilógico. Seria como dizer, “Alguns homens tratam a esposa com amor e respeito, outros são indiferentes, enquanto outros acham que podem bater nelas. Como vamos saber quem tem a razão?” A estrutura do argumento é a mesma nos dois casos. Alguém poderia questionar que os cristãos têm a única verdade sendo que existem tantas opiniões diferentes sobre o assunto. Porém, é ilógico concluir que ninguém tem a verdade simplesmente por existirem muitas opiniões.

Quarto, por trás desta objeção está a idéia de que duas ou mais afirmações sobre um só assunto podem ser verdade. Isso é uma infração da lei do terceiro excluído. Existindo duas afirmações com o mesmo sujeito e o mesmo predicado, uma afirmativa e a outra negativa, uma delas obrigatoriamente precisa ser verdadeira e a outra falsa, sem existir uma terceira opção. Por exemplo, as duas afirmações “Cristo ressurgiu” e “Cristo não ressurgiu”. Uma delas é verdadeira e a outra falsa. Não existe outra possibilidade.

O caso em favor do cristianismo

Acima tínhamos dito que um alvo da apologia é defender a fé e tentar persuadir os descrentes a crerem na mensagem da Bíblia. Quando alguém nos pede a razão da nossa esperança em Cristo Jesus, realmente está pedindo uma “prova” ou demonstração de que o cristianismo é a verdade. Existem evidências ou argumentos que servem para nos ajudar nisso?

Precisamos distinguir entre uma “prova” e evidências. Uma prova é a certeza de uma fórmula matemática. Isso se presta para mostrar a verdade ou falsidade de coisas puramente físicas. Podemos calcular a aceleração dos corpos em queda livre na superfície da terra. É de 9,75 metros por segundo. Porém não podemos saber, através de cálculos, porque o objeto está caindo. A matemática não serve para “provar” os eventos históricos. Que fórmula mostra que Teresina foi fundada no ano de 1852? Para demonstrar os eventos históricos aplicamos as regras do estudo da história. Desta forma vemos que a verdade do cristianismo não pode ser “provada” com a precisão da matemática e não é razoável pedir que assim se faça.

Não podemos “provar” o cristianismo deste jeito, porém podemos apresentar evidências razoáveis e lógicas que servem para abrir a mente à possibilidade de que o cristianismo é a verdade. Se só conseguirmos fazer isso, teremos atingindo muito no processo de levar uma pessoa à Salvação.

Enquanto apresentamos as evidências favoráveis ao cristianismo devemos lembrar que os preconceitos do descrente geralmente afetam sua percepção do que dizemos. Porém toda pessoa é criada à “imagem” de Deus e tem algum conhecimento de Deus e da moralidade. Podemos contar com esta imagem para nos ajudar a penetrar a mente entorpecida do homem natural.

Podemos dividir as diversas evidências em três categorias: fatos empíricos, pensamento lógico e experiência humana. Estas três categorias de evidências são usadas de duas maneiras: avaliação e explicação. Por exemplo, podemos perguntar se existem fatos objetivos que apóiam o que as Escrituras ensinam? Existem, sim. Considere a história e a arqueologia. Podemos perguntar se os ensinamentos da Bíblia são logicamente coerentes e conseqüentes. São sim. Podemos perguntar se o que a Bíblia diz a respeito da condição humana concorda com nosso dia a dia. Concorda, sim. Os personagens da Bíblia são humanos, tal como nós.

Podemos perguntar se o cristianismo serve para explicar nosso universo físico e pessoal. Por exemplo, o cristianismo oferece alguma explicação para a existência do universo, do homem, e da vida? Oferece, sim. O cristianismo oferece uma base para crermos na utilidade do raciocínio humano? Sim. O homem foi criado à “imagem de Deus”. A Bíblia explica a existência do bem e do mal? Sim. Deus fez tudo bom, mas Satanás e o homem introduziram o pecado e a morte no nosso mundo.

Neste estudo tentamos providenciar alguns princípios que ajudam na defesa da nossa fé. Explicamos a importância de pensar logicamente. Vimos a necessidade de responder com evidências razoáveis às perguntas dos descrentes e de deixar os resultados, como sempre, nas mãos de Deus.
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O Design Inteligente Está Morto?
Escrito pelo Dr. Ray Bohlin e traduzido por Allan Ribeiro


O Que É Design Inteligente?

Em 20 de dezembro de 2005, o juiz Jones anunciou sua decisão no processo movido por vários cidadãos de Dover, Pensilvânia, que se opuseram a uma nova política adotada pela direção da Escola de Dover. Esta diretriz determinava que uma declaração fosse lida antes de todas as aulas de biologia, indicando que a evolução é uma teoria que precisa de uma avaliação crítica e que o Design Inteligente é uma teoria rival sobre a qual os estudantes poderiam buscar informações na biblioteca.

O juiz Jones não somente qualificou a medida como inconstitucional; ele foi mais longe ao declarar que o DI não é ciência e é inteiramente motivado pela religião, já que era somente um criacionismo repaginado. Sua opinião por escrito foi mordaz. Isso, claro, levou os proponentes da evolução ao deleite e muitos declararam desde então que o DI está morto.

A seguir eu irei examinar esta "certidão de óbito" e declará-la nula e sem efeito. O DI está vivo e bem, e os próximos meses e anos irão demonstrar de maneira convincente a saúde do DI. Mas, primeiro, vamos garantir que sabemos o que o DI realmente é.

A mídia em geral simplesmente retrata o DI em um contexto negativo. Um repórter aluno da Southern Methodist University recentemente colocou isso desse jeito: "Essencialmente o DI é uma teoria que propõe que existem partes de uma célula que são simplesmente complexas demais para ter evoluído". Ele acrescenta com uma certa malícia "que elas devem ter sido alteradas por algum tipo de 'designer'"1. Mas o DI é, na verdade mais que somente uma crítica à evolução. O site do Discovery Institute descreve o DI assim: "A teoria do design inteligente sustenta que certas características do universo e dos seres vivos são mais bem explicadas por uma causa inteligente, não por um processo não-direcionado como a seleção natural"2.

É interessante perceber que muitos evolucionistas reconhecem que os seres vivos em particular parecem ter sido fruto de design. O evolucionista britânico Richard Dawkins disse, "A biologia é o estudo de coisas complicadas que dão a impressão de terem sido criadas com design para um fim 3. Muitos na comunidade DI simplesmente retrucam "Se parece haver design, então talvez haja!". Assim, o DI é simplesmente uma tentativa de quantificar cientificamente o que a maioria das pessoas claramente reconhece: que o universo e os seres vivos são fruto de design.

O ponto de discórdia principal com a evolução é a alegação de que a mutação e a seleção natural podem dar conta de tudo o que vemos nos seres vivos. O DI aceita que os processos evolucionários respondem por certas mudanças nos organismos com o tempo. Mas o DI diz que certas estruturas, como o flagelo bacteriano, que se assemelha muito a um motor por rotação, resultado de design humano, são mais bem explicados através de uma causa inteligente.
Em especial, o código genético universal tem todas as características distintas de informação codificada ou linguagem. Nossa experiência nos diz que a linguagem só surge de uma mente. Sendo assim, o código genético também provavelmente veio de uma mente.

O DI é Ciência?

O juiz Jones cometeu muitos erros em seu raciocínio. O recente livro do Discovery Institute, Traipsing Into Evolution, [Passeando Pela Evolução], responde ao juiz Jones em vários níveis 4. Eu irei me concentrar em três áreas: primeiro, como um juiz federal pode nos dizer o que é e o que não é ciência quando os filósofos da ciência continuam a debater esse assunto; segundo, as alegações do juiz Jones de que o DI foi refutado por cientistas; e terceiro, as alegações do juiz Jones de que o DI não foi aceito pela comunidade científica. Por essas e outras razões, o juiz Jones alegou que o DI simplesmente não é ciência e que é religiosamente motivado; assim, não deveria nem mesmo ser mencionado em salas de aulas do ensino médio.

A primeira questão que deve ocorrer a você é, "Por que um juiz federal sem qualquer treinamento na área científica usa sua corte como meio para determinar o que é e o que não é ciência? Este problema tem sido apontado como o "problema da demarcação". Como separamos a ciência da não-ciência? O filósofo da ciência Larry Laudan escreve, "Se quisermos levantar e nos colocar do lado da razão, devemos desistir de termos como 'pseudociência' e 'não científico' em nosso vocabulário; eles não passam de frases vazias que só funcionam no nível emocional para nós"5.

Além disso, o filósofo Del Ratzch argumenta que existem ganhos bem reais para a ciência se esta levar o DI em consideração6. O juiz Jones sabia dessas posições mas escolheu ignorá-las.

O juiz Jones alega que o DI foi refutado pelos principais cientistas. Ele cita o trabalho de Kenneth Miller em particular. Isso na verdade é bastante estranho. Pois o DI ser refutado significa que ele foi testado pela ciência e que foi considerado falho. Se pode ser testado cientificamente ao ponto que possa ser refutado, então é ciência afinal de contas. Esta contradição lógica não pareceu ocorrer ao juiz Jones.

O juiz determinou ainda que o DI não pode ser ciência simplesmente porque não é aceito pela comunidade científica. Mas ciência não é um concurso de popularidade. Novas e controversas teorias nunca são aceitas pela maioria dos cientistas no início, mas isso não as torna não-científicas. O Discovery Institute agora lista mais de seiscentos cientistas de todo o mundo que estão querendo assinar uma lista dizendo que são céticos com relação ao darwinismo. Isso certamente tem um peso.

O DI usa informações empíricas para demonstrar a plausibilidade de uma inferência pelo design. É tão científico quanto o darwinismo.

O DI Simplesmente Reinventou o Criacionismo?

Muitos pais desafiaram uma diretriz do conselho diretor da Dover School, permitindo a menção do Design Inteligente nas aulas de ciências deste distrito. O Juiz Jones considerou a diretriz inconstitucional. Um dos motivos foi que o DI seria simplesmente um criacionismo reinventado, o qual a Suprema Corte já havia considerado substancialmente uma doutrina religiosa e não apropriado enquanto ciência.

Um dos textos que os membros do conselho diretor da Dover School tornaram disponível foi o texto suplementar Of Pandas and People 7, [De Pandas e Pessoas]. Tendo citado os primeiros rascunhos do livro do fim dos anos 80, a ACLU tentou mostrar que Pandas só começou a usar a frase "Design Inteligente" após a Suprema Corte ter derrubado a lei da criação de Louisiana. Assim, o juiz Jones declarou que o DI é de fato somente criacionismo com uma nova roupagem.
Conquanto seja verdade que a decisão da Suprema Corte tenha afetado decisões editoriais no caso de Pandas, isso não aconteceu pelas razões presumidas pelo juiz Jones. Os autores e editores de Pandas sabiam que suas idéias não eram as mesmas do criacionismo e estavam lutando para encontrar um nome pelo qual pudessem defini-la. Uma vez que a Suprema Corte determinou que "criacionismo" significava uma criação literal de seis dias, os autores de Pandas sabiam que precisavam usar um termo diferente 8.

Além do que, o termo Design Inteligente havia estado no ar por anos antes que Pandas fosse impresso. Lane Lester e eu usamos o termo em nosso livro The Natural Limits to Biological Change [Os Limites Naturais da Mudança Biológica] em 1984, três anos antes da decisão da Suprema Corte em Edwards vs. Aguillard derrubar a lei do criacionismo de Louisiana. Nós dissemos, "O ponto é simplesmente que o design inteligente é dicernivelmente diferente do design natural. No design natural, a aparente ordem é internamente derivada das propriedades dos componentes; no design criativo, a ordem aparente é internamente derivada das propriedades dos componentes; no design criativo a ordem aparente é externamente imposta e confere novas propriedades de organização não inerentes aos próprios componentes" 9.

Além disso, nenhum dos cientistas líderes do movimento do Design Inteligente foi jamais parte do movimento criacionista. Pessoas como Phil Johnson, Michael Behe, William Dembski, Charles Thaxton, e Steve Meyer nunca consideraram a si mesmos como parte desse grupo. Suas idéias foram sempre similares, mas definitivamente nunca as mesmas.

Alguns grupos criacionistas hoje até mesmo fazem enormes esforços para se distanciarem do movimento do DI porque o DI mantém essencialmente que o Designer não pode ser conhecido somente pela ciência. Assim, por causa das tentativas do DI de parar de repente de tentar dar um nome ao Designer, alguns grupos criacionistas são até capazes de vender os livros sobre DI, mas não endossam seu programa. Na verdade isso seria bastante estranho se o DI fosse somente um criacionismo repaginado.
Mais uma vez, o juiz Jones está errado.

Passeando Pela Decisão da Corte de Dover

Em sua excelente discussão sobre a decisão Dover, os autores de Traipsing Into Evolution, [Passeando Pela Evolução], atacam seis acusações contra o Design Inteligente usadas pelo juiz Jones 10.

À página sessenta e dois da decisão Dover, o juiz Jones disse, "o DI viola as sólidas regras de séculos de ciência ao invocar e permitir causação sobrenatural" 11. O problema principal com o juiz Jones é que os cientistas do DI disseram repetidas vezes antes do julgamento e em testemunho direto durante o mesmo, que a ciência do DI não é capaz de identificar o Designer.

Foi expressamente demonstrado ao juiz Jones durante o julgamento que o tipo e identidade do agente inteligente suposto pelo DI só é identificado por argumentação religiosa e filosófica. Isso não significa que o design em si não possa ser detectado cientificamente. Na verdade, se algum dia recebermos uma mensagem obviamente inteligente do espaço sideral, nós iremos com certeza ser capazes de determinar que ela tem uma causa inteligente mesmo que não tenhamos idéia de quem ou o que a tenha enviado 12.
O juiz Jones também declara que "o argumento da complexidade irredutível, central para o DI, emprega o mesmo dualismo elaborado falho e ilógico que condenou a ciência da criação nos anos 80.". O que o juiz Jones está se referindo é sua noção de que o DI é somente um argumento negativo sobre o darwinismo. Se o darwinismo pode ser falseado, então o DI vence.

Mas isso deturpa grosseiramente o DI. A formulação de Michael Behe para a complexidade irredutível afirma que a evolução darwinista não prevê máquinas irredutivelmente complexas nas células, enquanto o Design Inteligente prevê expressamente tais máquinas. Assim, há definitivamente um componente negativo para a complexidade irredutível. Mas Darwin mesmo disse que " Se puder ser demonstrado que qualquer órgão complexo existiu que não possa ter possivelmente sido formado por numerosas, sucessivas e pequenas modificações, minha teoria iria absolutamente entrar em colapso" 13. Darwin pediu por uma crítica negativa.

Mas há também um claro caso positivo a favor da complexidade irredutível. Quando nos deparamos com uma máquina, nós intuitivamente compreendemos que ela teve uma causa inteligente, independentemente de considerarmos que ela funciona efetivamente ou não. Agentes inteligentes podem e produzem máquinas inteligentes. O conceito de complexidade irredutível é uma maneira de determinar o que é uma máquina.

A terceira reclamação do juiz Jones contra o Design Inteligente foi que os ataques contra a evolução pelos defensores do DI têm todos sido refutados pela comunidade científica. O juiz Jones ignorou o fato que à época da decisão, mais de quinhentos cientistas haviam assinado um documento reconhecendo a sua discordância quanto ao darwinismo. A lista agora tem mais de seiscentos nomes 14. Certamente que alguns cientistas têm desafiado Behe, Dembski e outros. Mas suas críticas têm sido respondidas efetivamente tanto online quanto em impressos 15.

A quarta acusação do juiz Jones foi que o Design Inteligente havia falhado em conseguir aceitação na comunidade científica. Mas isso é claramente uma questão de opinião. Como eu mencionei antes, mais de seiscentos cientistas agora expressam a sua dissensão com relação a Darwin, e a maioria deles também apóia o Design Inteligente, muitos deles em universidades importantes.

Sem dúvidas houve e continua a haver oposição estridente contra o Design Inteligente na comunidade científica, especialmente entre os biólogos. Mas sempre há resistências na ciência à novas idéias. Muitos darwinistas como Will Provine, de Cornell, e Richard Dawkins, de Oxford estão no ataque em suas posições a favor da evolução e seu desdém pelo Design Inteligente é acerca do problema de um Designer poder ser chamado de qualquer nome. A ciência é somente um pano de fundo.

A quinta reclamação do juiz Jones contra o Design Inteligente foi que os proponentes do DI não haviam publicado nas publicações científicas sob o escrutínio de seus pares. Isto simplesmente não é verdade. De Wolf et al., em seu livro Traipsing Into Evolution, documentam, no apêndice B uma lista de treze artigos diferentes revistos pela comunidade científica e livros de cientistas do DI defendendo diferentes aspectos da teoria. Este é, reconhecidamente, um número pequeno, mas isso é assim porque há claras evidências, documentadas no mesmo livro, de editores tendo que esquivar-se de publicar artigos do DI e respostas por medo de intimidação pela comunidade científica. Um editor que seguia procedimentos estabelecidos para conseguir um artigo sobre o DI revisado e publicado, quase foi expulso de sua instituição pela ofensa.

Finalmente, o juiz Jones declarou que o DI não tem sido objeto de testes e pesquisas. Na verdade, qualquer teoria científica precisa ser testável de alguma forma ou não é provável que será de qualquer utilidade. Mas o microbiologista do DI, Scott Minnich, testemunhou corretamente, na corte do juiz Jones, que em seu laboratório na Universidade de Idaho, ele havia demonstrado a complexidade irredutível do flagelo bacteriano. Minnich também testificou para outra pesquisa com a qual ele estava familiarizado, a qual também estava testando princípios do DI 16.

Como eu sumarizei, o juiz Jones falhou em fazer uma avaliação justa e razoável da evidência. O Design Inteligente está longe de estar morto. Pelo contrário, uma decisão tão infeliz no caso Dover pode na verdade até servir ao DI à medida que se auto-destrói nos anos que virão.

Notas
1. Brian Wellman, 26 de april de 2006, Méritos do design inteligente, a evolução debatida, www.smudailycampus.com/vnews/display.v/ART/2006/04/26/444ef833078bc
2. O site do Discovery Institute's Center for Science and Culture, www.discovery.org/csc/topQuestions.php.
3. Richard Dawkins, The Blind Watchmaker (New York: W. W. Norton, 1986), 1.
4. David De Wolf, John West, Casey Luskin, and Jonathan Witt, Traipsing Into Evolution: Intelligent Design and the Kitzmiller vs. Dover Decision (Seattle, WA: Discovery Institute Press, 2006), 25-57.
5. Larry Laudan, "The demise of the demarcation problem," in Michael Ruse (ed.), But Is It Science?, (Amherst, MA: Prometheus, 1983), 337-350.
6. Del Ratzch, Nature, Design, and Science: The Status of Design in Natural Science (Albany, NY: State University Press of New York, 2001), 147.
7. Percival Davis and Dean H. Kenyon, Of Pandas and People: The Central Question of Biological Origins (Dallas, TX: Haughton Publishing Co., 1989), 166 pp.
8. DeWolf et al., 22.
9. Lane P. Lester and Raymond G. Bohlin, The Natural Limits to Biological Change (Richardson, TX: Probe Books, 1984), 153-154.
10. DeWolf et al., 29-45.
11. Kitzmiller et al. v. Dover Area School Board, No. 04cv2688, 2005 WL 3465563, *26 (M.D. Pa. Dec. 20, 2005).
12. Eu não espero que jamais ouviremos qualquer extraterrestre. A Terra parece ser mais e mais única a cada dia que passa. Veja o meu artigo "Estamos sós no Universo?" [Em breve, traduzido neste blog! A versão em inglês está em:] www.probe.org/faith-and-science/origins/are-we-alone-in-the-universe.html.
13. Charles Darwin, On the Origin of Species by Means of Natural Selection or the Preservation of Favoured Races in the Struggle for Life (New York: New American Library [A Mentor Book], 1958), 171 (this is a reprint of the 1872 sixth edition).
14. Do site do Center for Science and Culture, www.dissentfromdarwin.org/ acessado em 11 de outubro de 2006. A declaração diz; "Somos céticos acerca de alegações a favor da habilidade de mutação ao acaso e seleção natural como dando conta da complexidade da vida. Um exame cuidadoso das evidências a favor da teoria darwinista deve ser encorajado."
15. William Dembski, The Design Revolution: Answering the Toughest Questions About Intelligent Design (Downers Grove, IL: InterVarsity Press, 2004), 334 pp.
16. De Wolf et al., 56.
© 2006 Probe Ministries
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Sobre o Autor
Raymond G. Bohlin é presidente de Probe Ministries. Ele é fomado pela universidade de Illinois (zoologia), pela North Texas State University (Mestrado em genética de populações), e pela University of Texas em Dallas (mestrado e doutorado em biologia molecular). Ele é o co-autor do livro The Natural Limits to Biological Change, serviu como editor-geral de Creation, Evolution and Modern Science, foi co-autor de Basic Questions on Genetics, Stem Cell Research and Cloning (The BioBasics Series), e publicou numerosos articles de jornal. Dr. Bohlin foi nomeado um Research Fellow of the Discovery Institute's Center for the Renewal of Science and Culture em 1997-98 and 2000.

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Probe Ministries é um ministério sem fins lucrativos cuja missão é auxiliar a igreja na renovação da mente dos crentes com uma cosmovisão cristã e equipar a igreja para levar o mundo a Cristo. Probe cumpre essa missão através de nossas conferências Mind Games para jovens e adultos, do nosso programa de rádio diário de 3 1/2 minutos, e de nosso amplo web site: www.probe.org.

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Design Inteligente: Ciência ou Religião?
Da eNews issue de 24 de janeiro de 2006
Traduzido por Allan Ribeiro
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O design inteligente foi excluído outra escola pública [nos Estados Unidos] e, como uma batata atômica, ninguém quer tocar nele por medo de que exploda em suas mãos. Mais recentemente a batata voou de uma escola na Califórnia onde o Design Inteligente estava sendo analisado em uma aula eletiva de filosofia. Não em uma aula obrigatória de biologia, mas em uma aula "Ei, isso parece interessante" de filosofia.

Barrado na Aula de Filosofia

Frazier Mountain High, no distrito escolar de El Tajon, Califórnia, estava oferecendo uma matéria chamada de filosofia do Design para explicar os conceitos do Design Inteligente para alunos interessados. A disciplina, contudo, aparentemente incluía mais ensinamentos sobre a Criação Bíblica do que sobre a teoria do Design Inteligente. No começo de janeiro, um grupo de pais decidiu processar a escola por violar a separação entre igreja e estado ao promover idéias religiosas em uma sala de aula de uma escola pública. Para evitar um processo dispendioso, o distrito escolar saiu do tribunal e fez um acordo de nunca ensinar um "curso que promova ou endosse o criacionismo, a ciência da criação ou o design inteligente".

O incidente aconteceu menos de um mês após uma decisão marcante na Pensilvânia, tratando do Design Inteligente. O distrito escolar de Dover, Pensilvânia havia expedido uma breve declaração para apresentar os alunos à teoria alternativa do Design Inteligente antes de começar as partes da disciplina de biologia que tratam da evolução. O distrito escolar não encorajou os professores a realmente ensinar sobre Design Inteligente, mas somente tornar os estudantes mais conscientes da teoria e citar livros em que os estudantes pudessem encontrar mais informações por conta própria. Por causa disso o distrito escolar foi processado. E em 20 de dezembro de 2005, o juiz distrital dos Estados Unidos, John E. Jones III determinou que a política do distrito escolar de Dover era inconstitucional.

Agora, com o Design Inteligente sendo desaprovado nas aulas de ciências em escolas públicas, e até mesmo nas aulas de filosofia em escolas públicas, outros distritos escolares estão temendo tocar no assunto.

Não é Religião

O absurdo é que a teoria do Design Inteligente em si não tem nada a ver com religião. Ela não depende da religião ou mesmo se refere à religião ou tem esperança de definir o seu Designer. Ela simplesmente argumenta que certas máquinas processos biológicos são interdependentes e complexos demais para terem sido formados pela evolução.

O olho humano é um bom exemplo. Remova qualquer uma das precisas séries de reações químicas envolvidas na visão e o olho não funciona. Cada parte do olho, cada conexão química e nervosa precisa existir e trabalhar precisamente ou todo o sistema falha. Os teóricos do Design Inteligente argumentam que a precisão interdependente – como aquela encontrada para criar a visão – demonstra evidências de design proposital, ao invés de uma formação evolucionária passo-a-passo.

Ambas têm Implicações

É claro que a teoria do Design Inteligente tem implicações religiosas. Um Designer Inteligente poderia facilmente ser Deus. Mas então, de novo, poderia ser uma forma de vida alienígena. A teoria do Design Inteligente não se preocupa com quem é o Designer. Ela simplesmente se preocupa com a evidência empírica e com o que a evolução pode e não pode explicar satisfatoriamente.

Por todo o barulho que os cientistas seculares fazem sobre o Design Inteligente, nós todos precisamos lembrar que a Teoria Geral da Evolução tem implicações religiosas também. Suas implicações são ateístas – a negação da existência de Deus. Mas, assim como há ateus que apóiam o Design Inteligente (que crêem que os aliens nos fizeram) existem evolucionistas teístas que argumentam que Deus usou a evolução para criar a atual organização da vida na terra. As conclusões religiosas que as pessoas tiram não têm nada a ver com os cientistas estarem ou não usando raciocínios sólidos e que estejam justificados em suas interpretações das evidências.

O que Fazer

A despeito dos recentes reveses, a luta pela ciência verdadeira – ciência que explora todas as opções – não acabou. A corte distrital dos Estados Unidos não é a Suprema Corte e o distrito escolar de Tajon aparentemente abordou o tema de um modo assimétrico. Outros distritos escolares ainda podem decidir tocar no tema do Design Inteligente por vias constitucionais. Uma escola pode desenvolver um curso equilibrado, por exemplo, que examine as filosofias científicas por trás da Teoria Geral da Evolução e do Design Inteligente sem promover qualquer delas. Distritos escolares podem permitir que os professores introduzam o conceito de Design Inteligente aos estudantes sem determinar que eles o façam. Mesmo que os professores nunca mencionem o Design Inteligente, eles são livres para explicar aos estudantes as muitas fraquezas que alguns cientistas têm encontrado na Teoria Geral da Evolução.

Mais importante, os pais podem educar seus filhos acerca da controvérsia. Centenas de livros têm sido escritos para abordar o Design Inteligente e para criticar a teoria evolucionista, livros avançados escritos para os cientistas e livros escritos para crianças. Veja os links abaixo para mais informações sobre os trabalhos de teóricos de ponta do Design Inteligente.

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