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30 janeiro 2005

Apologética Advocatícia

Por Rusty Wright, traduzido por Allan Ribeiro

Quando examina sua vida, você consegue pensar em alguma lição que queria ter aprendido antes do que efetivamente aprendeu?

Eu fico muito feliz de ter aprendido esta lição muito cedo em minha carreira como comunicador cristão. E isso tem feito um mundo de diferença.

Deus tem me enviado graciosamente para apresentar a verdade bíblica e de Cristo em seis continentes diante de estudantes universitários e professores em canais de televisão e programas de entrevistas, com executivos, diplomatas e atletas profissionais.

Ele já me fez falar em salas de aulas e auditórios de universidades, em embaixadas, salas de reunião e em vestiários. Ele me fez escrever para grandes jornais, revistas e na internet sobre assuntos controversos como sexo, aborto, a vida após a morte e razões para ter fé.

Como você pode imaginar, eu encontrei muitos céticos e objeções à fé. Eu aprendi muito com suas críticas, os “guardiães não-remunerados de minha alma”.

Mas se eu não tivesse aprendido esta lição crucial no início, será que todas essas portas teriam se aberto?

A Lição

Eu aprendi isso em uma ilha em um rio de Seul, Coréia. Mais de um milhão de crentes reunidos para a Explo 74. Um dos oradores naquele dia era um proeminente líder da Índia, que discursou sobre a melhor maneira de comunicar a mensagem de Jesus para os tipos de budistas da Índia. Aqui vai a minha paráfrase para o conselho dele.

Nós podemos usar dois métodos, disse ele. Um seria começar evidenciando as diferenças entre o budismo e o budismo e o cristianismo. Mas isso geralmente deixa as pessoas zangadas e as faz virar as costas.

Uma segunda maneira envolve concordarmos com os budistas onde for possível. Nós podemos dizer algo como: “Eu sei que você como budista crê nas Quatro Verdades Nobres” (Isso é básico para muitas vertentes do budismo). “Primeiro você crê que o sofrimento é universal. Como seguidor de Cristo, eu também creio que o sofrimento está em todo lugar. E que ele precisa de uma solução”.

“Segundo. Você crê que o sofrimento é causado pelos maus desejos ou pela luxúria. Eu creio em algo muito semelhante; eu chamo este mau desejo de ‘pecado’”.

“Terceiro, você crê que a maneira de eliminar o sofrimento é eliminando a luxúria. Eu acho que o egoísmo tem que ser eliminado também. E quarto você acredita que eliminamos a luxúria seguindo os oito caminhos: entendimento correto, aspirações corretas, comportamento correto, etc.”

“É aqui que eu gostaria de sugerir uma alternativa. Por muitos anos eu também tentei eliminar o egoísmo buscando pensar e fazer a coisa certa. Mas sabe o que aconteceu? Eu fiquei muito frustrado porque eu não tinha a capacidade de fazê-lo. Eu percebi que se eu confiasse em Deus, Ele me daria a força interior que eu precisava”.

Você percebe o contraste entre esses dois métodos de abordar alguém que é diferente de você? O primeiro enfatiza as diferenças e tem o efeito emocional de estender as mãos como se dizendo “Pare” ou “Vá embora!”. O segundo começa concordando onde possível. Suas mãos emocionais estão estendidas como se dando boas-vindas aos ouvintes. Se você fosse o ouvinte, qual abordagem você iria preferir?

Comece Concordando no que for Possível

Ao se comunicar com céticos, comece concordando naquilo que puder. Você vai conseguir que muito mais gente ouça.

Eu chamo esta abordagem de “Apologética Advocatícia”. Você está se aproximando da pessoa como um advogado ao invés de como um adversário. Você acredita em algumas das mesmas coisas em que eles acreditam. Mostrar concordância pode derrubar barreiras emocionais e comunicar que você está pela pessoa, ao invés de contra elas. Isso pode torná-las mais abertas a considerar áreas de atrito.

Não abra mão da verdade bíblica; mas concorde no início onde você puder.

Paulo usou esta abordagem. Ele escreveu (1 Coríntios 9.19-23, itálicos meus):

fiz-me servo de todos para ganhar ainda mais. E fiz-me como judeu para os judeus, para ganhar os judeus; para os que estão debaixo da lei, como se estivesse debaixo da lei, para ganhar os que estão debaixo da lei. Para os que estão sem lei, como se estivesse sem lei (não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo), para ganhar os que estão sem lei. Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos...

Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns. E eu faço isto por causa do evangelho...

Tente uma experiência: da próxima vez que você encontrar alguém que discorda de você, respire fundo. Ore. Peça a Deus para ajudar você a identificar três áreas em que vocês concordem. Não consegue encontrar três? E uma? Discuta isso primeiro. Torne-se um advogado deles. Talvez você poderá lubrificar alguma engrenagem emocional emperrada e levar alguém na direção Dele.

Sobre o Autor

Rusty Wright, conferencista e escritor associado a Probe Ministries, é um palestrante internacional, escritor premiado e jornalista que tem falado em seis continents. Ele tem um bacharelado em ciências (psicologia) e mestrado em teologia pelas universidades de Duke e Oxford, respectivamente. É possível entrar em contato com ele através do endereço RustyWright@aol.com

O Que é Probe?

Probe Ministries é um ministério sem fins lucrativos cuja missão é auxiliar a igreja na renovação da mente dos crentes com uma cosmovisão cristã e equipar a igreja para levar o mundo a Cristo. Probe cumpre essa missão através de nossas conferências Mind Games para jovens e adultos, do nosso programa de rádio diário de 3 1/2 minutos, e de nosso amplo web site: www.probe.org.

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