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20 janeiro 2009

Só a ciência trata da realidade?

Escrito pelo Dr. Ray Bohlin, traduzido por Allan Ribeiro

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Você ficaria surpreso se ouvisse que as igrejas podem ser proibidas de ensinar qualquer idéia contrária à evolução darwinista? "Impossível!", você diz. "A constituição garante liberdade de expressão! A primeire emenda garante que o congreso não pode passar nenhuma lei que restrinja ou promova qualquer exercício religioso!".

Bem, sim, a constituição diz isso, mas seja paciente comigo e eu te mostrarei porque a resposta para a primeira pergunta deveria ser "sim".

No último número da Nature, provavelmente a mais prestigiosa revista científica no mundo, uma carta ao editor apareceu em 28 de agosto de 2008, página 1049. Dois conhecidos biólogos evolucionistas, Jerry Coyne da Universidade de Chicago, e Matthew Cobb da Universidade de Manchester, escreveram a carta para reclamar de um editorial anterior expressando esperança de que a Templeton Foundation, que financia pesquisas para promover a relação entre ciência e religião, possa produzir algumas resoluções úteis.

Coyne e Cobb não poderiam discordar mais:

Ficamos perplexos com o editorial sobre o trabalho da Templeton Foundation.... Com certeza a ciência trata de encontrar explicações materialistas para o mundo - explicações que podem inspirar aqueles assombrosos sentimentos de admiração, maravilhamento e reverência no hiper-evoluído cérebro humano.

A religião, por outro lado, trata de seres humanos pensando que admiração, maravilhamento e reverência são a pista para entender um universo feito por Deus.... Há um conflito fundamental aqui, um que não pode nunca ser resolvido até que todas as religiões parem de fazer alegações sobre a natureza da realidade (ênfase minha).

O estudo cietífico da religião está realmente cheio de grandes questõe que precisam ser respondidas, tais como por que a crença na religião é negativamente correlacionada com uma aceitação da evolução. Alguém poderia considerar estudos psicológicos de porque os humanos são supersticiosos e crêem em coisas impossíveis....

...Você sugere que a ciência possa produzir "avanços no pensamento teológico". Na verdade, a única contribuição que a ciência pode trazer para as ideias religiosas é o ateismo (ênfase minha).

Coyne e Cobb claramente declaram que a religião não tem autoridade para fazer alegações sobre a realidade. Se a ciência tiver permissão para persistir nesta audaciosa distorção da religião e da ciência, então qualquer tipo de ensinamento que seja crítico a qualquer aspecto da evolução naturalista seria considerado uma influência negativa para a sociedade como um todo. A religião é vista como cruzando seus limites constitucionamente protegidos.

Professores de biologia reclamam constantemente agora que o que eles ensinam sobre a evolução é contradito pelas igrejas que seus alunos frequentam. Isso é obviamente muito frustrante. Se a ciência é o único ramo do conhecimento que tem permissão para fazer alegações sobre a realidade, então os ensinamentos religiosos não deveriam ter permissão para interferir.

Você pode ainda estar pensando que eu estou levando isso longe demais. Pense, contudo, que a California state university já se recusa a dar crédito a cursos de ciência no nível médio que incluam qualquer coisa além da evolução naturalista. Muitos alunos formados em escolas privadas cristãs na Califórnia estão achando que seus cursos de ciência não serão aceitos em universidades estaduais. Essencialmente isso significa que você não entra a não ser que possa compensar esses créditos fazendo cursos de curta duração de ciências em faculdades que satisfaçam o padrão "só evolucionismo".

Governos estaduais pode facilmente decidir que eles precisam ajudar esses alunos de escolas religiosas exigindo que essas escolas religiosas não possam mais ensinar material religioso que contradiga padrões determinados pelo estado. Afinal, trata-se de uma violação da separação entre estado e igreja!

Se você jamais questionou a importância da controvérsia evolução/design inteligente, eu espero que você entenda agora. A não ser que possamos convencer um número suficientemente grande na comunidade científica de que a ciência é limitada e que o assunto das origens é uma dessas limitações, nós podemos não ser capazes de ensinar legalmente os estudantes sobre qualquer coisa sobre a criação ou design inteligente.

Conquanto Coyne e Cobb certamente não representam todos os cientistas, eles não são os únicos! Acredite. Eu assisti um vídeo recentemente de Jerry Coyne fazendo uma apresentação em um encontro científico em que ele basicamente fez a mesma séria afirmação. NINGUÉM levantou objeções. Ele foi aplaudido entusiasticamente. Veja por si mesmo aqui. Conquanto a palestra toda valha a pena ser assistida, os últimos oito minutos, quando ele apresenta um slide somente com a palavra "Religião" escrita, são o segmento chave.

Coyne e outros estão tentando estabelecer o que Nancy Pearcey chamou de divisão fato/valor, em seu livro Total Truth. Para Coyne a ciência é baseada em fatos. Somente explicações materiais são permitidas na ciência, já que a religião é baseada em valores pessoais e não tem nada a ver com fatos. Deste modo, se você tentar injetar seus valores pessoais (Criação, design inteligente) no mundo dos fatos (ciência), isso é uma violação das regras da ciência. Não é permitido.

De acordo com Jerry Coyne, falando no vídeo, a única maneira de aumentar a aceitação da evolução é reduzir ou eliminar a influência da religião. As duas são incompatíveis! Coyne é incapaz de perceber que ele também tem uma cosmovisão, materialismo, que influencia o modo como ele interpreta as informações da ciência. Ele crê erroneamente que está sendo objetivo em sua interpretação.

Esta é uma batalha tanto cultural quanto científica. Para maiores informações e recursos de Probe para ajudar você a instruir a si e a outros sobre a evolução e o design inteligente, veja www.redeemingdarwin.com e pesquise nossos artigos em www.probe.org. Se nós não “derrubarmos fortalezas” como essa, podemos nos encontrar atrás de impenetráveis muros silenciosos.


Sobre o autor

Raymond G. Bohlin é presidente de Probe Ministries. Ele é formado pela universidade de Illinois (zoologia), pela North Texas State University (Mestrado em genética de populações), e pela University of Texas em Dallas (mestrado e doutorado em biologia molecular). Ele é o co-autor do livro The Natural Limits to Biological Change, serviu como editor-geral de Creation, Evolution and Modern Science, foi co-autor de Basic Questions on Genetics, Stem Cell Research and Cloning (The BioBasics Series), e publicou numerosos articles de jornal. Dr. Bohlin foi nomeado um Research Fellow [Pesquisador Associado] do Discovery Institute's Center for the Renewal of Science and Culture em 1997-98 e 2000.


© 2008 Probe Ministries

2 comentários:

cadadiamaisinteligente disse...

kkkk, só rindo!! O design inteligente abarca o pensamento de quais interpretações e representações de Deus?
Atenha-se ao seu rebanho,aos teus, deixe que os mortos ,cuidem de seus mortos.

A paz

Allan Ribeiro disse...

Caro cadadia...,

Muito misterioso seu comentário! Não tenho a menor ideia de que que interpretações e representações de Deus o DI "abarca". Entendo que é preciso ter cuidado com os conceitos porque eles são ferramentas tão perigosas...

Lido com pessoas e as que são adeptas do DI podem ter as interpretações e representações de Deus que desejarem. Se elas quiserem fazer parte de um rebanho (não meu, que não tenho poder pra tanto) e este for o mesmo que o meu, serão muito bem vindas!

Abraços