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24 dezembro 2005

Equipando os Santos 8 - É Natal II!

Equipando os Santos
edição n° 8 - Teresina, 24/12/2005

É Natal II!

Bem, o natal chegou e aqui vão os últimos artigos de nossa reflexão sobre a data. Espero ter ajudado a entender melhor o que estamos celebrando.

O terceiro artigo de hoje é sobre o chamado "lixo do DNA". Parece que a discussão sobre a teoria da evolução está tomando corpo na mídia do Brasil. Os "conservadores", que defendem a teoria estabelecida, estão afiando os machados e desancando o "design inteligente". Seu argumento favorito neste momento em que a maioria das pessoas ainda não têm a menor idéia do que trata o outro lado do debate, é fazer propaganda, no sentido estrito do termo. Acusam o design inteligente de ser anti-científico, religião disfarçada, excentricidade americana e outras bobagens. Quase tudo isso pode ser dito da mesma forma da teoria da evolução!

Quando chegarmos à discussão de fato, ao debate honesto, aos argumentos mesmo, creio que os meus dois leitores vão se encontrar mais preparados que a maioria para se posicionar ao lado da verdade sólida. Até lá, tenham um feliz natal e um próspero ano novo!

Deus abençoe você,
Allan Riebeiro
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Quando Jesus Nasceu?
Por Chuck Missler, traduzido por Allan Ribeiro
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A cada ano no natal nós celebramos o nascimento de Jesus Cristo. Depois do dia de Ano Novo, nós lutamos para trocar a data quando preenchemos nossos cheques, o que deveria nos lembrar que todo o mundo ocidental calcula o seu calendário a partir do nascimento Daquele que mudou o mundo mais que qualquer outro antes ou depois. Ainda assim, é perturbador descobrir que muito do que nos foi ensinado sobre o natal parece ter mais a ver com a tradição do que com a verdade.

Os que estudam a Bíblia mais seriamente percebem que Jesus provavelmente não nasceu em 25 de dezembro. Os pastores estavam com suas ovelhas ao céu aberto, o que implica em uma data anterior a outubro. Além disso, nenhum administrador romano com um mínimo de competência iria exigir que um recenseamento que envolvesse viagem durante o período em que a Judéia estivesse, em quase toda parte, intransitável.

Se Jesus não nasceu em 25 de dezembro, então quando foi? Embora a Bíblia não identifique explicitamente o nascimento de nosso Senhor, muitos estudiosos têm desenvolvido opiniões divergentes quanto ao provável nascimento de Jesus.

A igreja cristã primitiva não celebrava o aniversário de Jesus e, assim, a data exata não foi preservada em seus festejos. A primeira menção registrada ao 25 de dezembro está no calendário de Philocalo (354 a.D.), que presumia que o nascimento tivesse se dado na sexta-feira, 25 de dezembro, 1 a.D. Isto foi posterior ao Edito da Tolerância de Constantino em 313 a.D., o qual oficialmente encerrou a perseguição aos cristãos sancionada pelo governo. A data de 25 de dezembro, a qual foi oficialmente proclamada pelos patriarcas da Igreja em 440 a.D., foi na verdade um vestígio do feriado romano da Saturnália, observado próximo ao solstício de inverno, que em si já estava entre as muitas tradições pagãs herdadas do antigo clero babilônio.

O ano do nascimento de Jesus é largamente aceito como 4 a.C., primariamente a partir de conclusões errôneas tiradas do registro de Josefo de um eclipse, presumivelmente em 13 de março a.C. "pouco antes de Herodes morrer". Há inúmeros problemas nisto, além do fato de que é mais provável que o eclipse tenha ocorrido em 29 de dezembro, 1 a.C. Um tempo considerável decorreu entre o nascimento de Jesus e a morte de Herodes já que a família fugiu para o Egito para escapar do decreto de Herodes e não retornou até a morte de Herodes. Além disso, Herodes morreu em 14 de janeiro, 1 a.C. . Tertuliano (nascido em mais ou menos 160 a.D.) declarou que Augusto começou a governar 41 anos antes do nascimento de Jesus e morreu 15 anos após este evento. Augusto morreu em 19 de agosto, 14 a.D., estabelecendo o nascimento de Jesus em 2 a.C. Tertuliano também notou que Jesus nasceu 28 anos após a morte de Cleópatra em 30 a.C., o que é consistente com a data de 2 a.C. Irineu, nascido por volta de um século depois de Jesus, também diz que o Senhor nasceu no primeiro ano do governo de Augusto.

Sendo que Augusto iniciou o seu reinado no outono de 43 a.C., isto também parece corroborar o nascimento em 2 a.C. Eusébio (264-340 a.D.), o "Pai da História da Igreja", o atribui ao 42º ano do reinado de Augusto e ao 28º da dominação do Egito com a morte de Marco Antonio e Cleópatra. O 42º ano de Augusto foi do outono de 2 a.C. até o outono de 1 a.C. A dominação do Egito pelo império romano ocorreu em 30 a.C. O 28º ano foi do outono de 3 a.C. até o outono de 2 a.C. A única data que poderia satisfazer estes limites seria a do outono de 2 a.C.

Outra abordagem para determinar a data do nascimento de Jesus é pegando a informação sobre João Batista. Isabel, a mãe de João, era prima de Maria e esposa de um sacerdote chamado Zacarias, que era da "turma" de Abias (os sacerdotes eram divididos em 24 turmas e cada turma exercia suas funções no Templo por uma semana, de Sábado a Sábado). Quando o Templo foi destruído por Tito em 5 de Agosto do ano 70 a.D., a primeira turma de sacerdotes havia acabado de assumir. Já que a turma de Abias era a oitava, nós podemos reconstituir a escalação e descobrir que Zacarias teria terminado suas obrigações em 13 de julho de 3 a.C. Se o nascimento de João aconteceu 280 dias depois, isso teria sido em 19-20 de abril de 2 a.C. (precisamente na páscoa daquele ano). João começou seu ministério no 15º ano de Tibério César. A idade mínima para iniciar o ministério era 30 anos. Como Augusto morreu em 19 de agosto de 14 a.D., este teria sido o ano da acessão de Tibério. Se João nasceu am 19-20 de abril de 2 a.C., seu trigésimo aniversário teria que ter acontecido em 19-20 de abril de 29 a.D., ou o décimo-quinto ano de Tibério. Isto parece confirmar a data de 2 a.C. e, já que João era cinco meses mais velho, isso também confirma o nascimento de Jesus no outono.

A própria Isabel escondeu-se por cinco meses e então o anjo Gabriel anunciou a Maria tanto o estado de Isabel quanto que Maria também iria dar à luz um filho que se chamaria Jesus. Maria foi "apressadamente" visitar Isabel, que estava então na primeira semana de seu sexto mês, ou na quarta semana de dezembro de 3 a.C. Se Jesus nasceu 280 dias depois, isso colocaria o seu nascimento em 29 de setembro de 2 a.C., e é interessante notar que este dia foi também o primeiro [do mês] de Tisri, o dia da Festa das Trombetas.

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Feliz Chanucá!
por Chuck Missler, (traduzido por Allan Ribeiro)
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Todo ano, por esta época, quando nós nos preparamos para celebrar o natal, os nossos amigos judeus celebram o Chanucá. Este ano a data cai no dia 25 de dezembro e continua por oito dias até o dia 2 de janeiro.

Pode ser uma surpresa para muitos de nossos leitores que este feriado seja mencionado no Novo Testamento (enquanto que o natal não é: a observância do natal começou em 354 a.D., a partir de uma adaptação de festas pagãs existentes. Enquanto existem muitas estimativas razoáveis acerca da data do nascimento de Cristo, nós sabemos que não foi no inverno: as ovelhas estavam em campo aberto, indicando um dia qualquer antes de outubro).

Na verdade o Chanucá destaca um evento histórico ao qual o próprio Jesus apontou como sendo a chave para a compreensão das profecias que dizem respeito à sua volta!

O Mistério em João 10

João, capítulo 10 é, claro, o famoso discurso do bom pastor. Ele fala claramente por si mesmo e não falaremos a respeito aqui. O versículo 22, no entanto, parece ser uma estranha inserção: bem no meio deste capítulo o Espírito Santo aponta o seguinte:

Celebrava-se então em Jerusalém a festa da dedicação. E era inverno.
Jo 10.22

Porque esta referência está aí?

A Importância da Nossa Abordagem

A descoberta mais importante da minha vida foi a compreensão de que a Bíblia é um sistema com uma mensagem integrada. Embora esses 66 livros tenham sido escritos por mais de 40 autores por milhares de anos, nós descobrimos que eles formam um todo unificado. Cada palavra, cada número, cada nome de lugar, até a pontuação subentendida parecem ser o resultado de uma engenharia sobrenatural. Os rabinos em Israel têm um jeito singular de se referir a isto. Eles dizem que não entenderão as Escrituras até que o Messias venha. Mas quando Ele vier, Ele irá não só interpretar as passagens para nós; Ele interpretará as próprias palavras; Ele interpretará as próprias letras; Ele irá interpretar até mesmo os espaços entre as letras!

Eu costumava pensar nisso como um alegre exagero. Até que eu reli os comentários do próprio Jesus sobre as Escrituras:

Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim destruir, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, de modo nenhum passará da lei um só i ou um só til, até que tudo seja cumprido.
Mateus 5.17

Um "i" ou um "til" são hebraísmos: um "yud " é uma das 22 letras do alfabeto hebraico que nós podemos confundir com um apóstrofe, ou com uma manchinha no papel. Um "til" é uma pequena marca que distingue algumas letras. A frase que Jesus usou é equivalente ao nosso "pingo de um 'i' ou ao traço que corta um 't'". Estas palavras do próprio Senhor, parecem ratificar a visão extremada dos rabinos.

Assim nós descobrimos que cada detalhe na Bíblia está ali intencionalmente. Esta compreensão abre uma dimensão inteiramente nova ao estudo bíblico. Cada vez que você encontrar um "erro" ou "contradição" na Bíblia, alegre-se: há ali uma descoberta esperando por trás da aparente discrepância.

Festa da Dedicação

Já que concluímos que nada nas Escrituras é acidental ou trivial, por que este detalhe em João 10:22 existe? O que é a "Festa da Dedicação"? Esta dedicação é a do Templo, claro. Mas vamos explorar isto mais um pouco.

Só houve dois Templos: o original construído por Salomão, o qual foi derradeiramente destruído pelos babilônios; e o de Neemias, o qual foi construído quando os cativos retornaram após o Cativeiro na Babilônia (Este segundo Templo foi subseqüentemente aumentado por Herodes e era o Templo que existia durante o período do Novo Testamento). O Templo de Salomão foi dedicado no monte de Ethanim, ou Tisri 1. Esta não pode ser a referência que estamos buscando, já que isso aconteceu no outono. João 10.22 refere-se especificamente a uma Festa da Dedicação no inverno. O Templo de Neemias foi dedicado no mês de Adar 2. Tampouco pode ser esta, pois o mês de Adar é na primavera. Agora ficamos confusos mesmo! A chave para esta charada requer um pouco de conhecimento de história.

Uma Referência Histórica

Um século antes, em 168 a.C., o governante selêucida Antíoco IV ("Epiphanes") 3 filho de Antíoco, o Grande, tornou-se sucessor de seu irmão, Selêuco IV, que havia sido assassinado por seu ministro, Heliodoro, como rei da Síria (175-164 b.C.). Antíoco era um déspota excêntrico, cruel e tirânico. Ele incumbiu-se da total erradicação da religião judaica e do estabelecimento do politeísmo grego em seu lugar.

A observância de todas as leis judaicas, especialmente aquelas relativas ao Sábado e à circuncisão foram proibidas sob a pena de morte. Representantes da coroa em toda parte reforçavam o edito. Uma vez por mês uma busca era instituída e quem quer que tivesse uma cópia secreta da Lei ou tivesse observado o rito da circuncisão era condenado à morte. Ele pilhou a cidade de Jerusalém, levou 10.000 cativos, saqueou o Templo de seus tesouros e construiu um altar pagão no Grande Altar dos Sacrifícios Queimados 4.

No dia 25 de Kislev (aniversário de Antíoco), sacrifício foi levado àquele altar pela primeira vez 5. Ele exigiu que um porco fosse oferecido em cada vila 6 (Se você sabe como os judeus se sentem a respeito da carne suína, pode imaginar o que isso significaria! Mas isso não é tudo...).
Ele também levantou um ídolo a Zeus no Santo dos Santos 7. Esta profanação sacrílega tem um nome técnico: "a abominação de desolação".

A Revolta Macabéia

Na vila de Modiin um velho sacerdote chamado Matatias morava com seus cinco filhos. Quando soldados chegaram para fazer cumprir os decretos de Antíoco, Matatias matou tanto o primeiro judeu que se aproximou do altar pagão para oferecer sacrifício quanto o representante do rei que presidia a cerimônia, e Matatias fugiu para as montanhas com seus cinco filhos. Esta revolta espontânea cresceu até se tornar um levante de larga escala: Matatias e seus filhos tornaram-se o núcleo de um crescente bando de rebeldes contra Antíoco.

Matatias morreu logo depois, deixando a liderança nas mãos de seu filho Judas, cujo apelido "Macabeu" ("o martelo"), tornou-se a origem do popular nome dado à família e aos seus seguidores. Sob a brilhante liderança de Judas o que havia começado como uma guerrilha transformou-se em combates militares de larga escala, nos quais as forças judias menores conseguiram derrotar os muito mais poderosos exércitos Sírios, e eles conseguiram quebrar o jugo do império Selêucida.

No terceiro aniversário da profanação do Templo, no 25 de kislev, 164 a.C., o louvor foi restabelecido no Templo. O altar e todos os vasos utilizados no sacrilégio foram destruídos e substituídos por outros novos e o Templo foi rededicado. É esta rededicação que é celebrada entre os judeus até hoje como Chanucá.

Um Termo Técnico Chave

A profanação do Templo em 167 a.C. incluiu o evento definitivo conhecido como a "abominação de desolação". O termo "abominação" na Bíblia é um termo comum para adoração a ídolos. A "abominação de desolação" refere-se à forma mais radical e extremada de adoração aos ídolos: colocar um ídolo no local mais sagrado no planeta Terra: em Jerusalém, nos limites do templo, no próprio Santo dos Santos!

Então por que o Espírito Santo chama a atenção ao Chanucá fazendo uma referência a ele no Novo Testamento? Porque o próprio Jesus apontou para este detalhe histórico específico como a chave de uma compreensão das profecias sobre os Últimos Dias.

Uma Instrução em Particular

Quatro discípulos vieram a Jesus em particular, perguntando a Ele sobre a Sua "Segunda Vinda". A resposta Dele é tão significativa que está registrada em dois dos Evangelhos: Mateus e Marcos 8 (um relato similar em Lucas na verdade tem como foco outros elementos).

Ele iniciou Sua instrução com uma série de "não-sinais": certas coisas que irão ocorrer "mas o fim não é ainda chegado". Então ele destacou um evento crítico como chave para a profecia:

Quando, pois, virdes estar no lugar santo a abominação de desolação, predita pelo profeta Daniel (quem lê, entenda), então os que estiverem na Judéia fujam para os montes; quem estiver no eirado não desça para tirar as coisas de sua casa, e quem estiver no campo não volte atrás para apanhar a sua capa.
Mateus 24.15-18

Em outras palavras, quando este evento acontecer, será essencial que eles saiam da Judéia imediatamente! (Você também está incluído: se você ler este versículo, você estará sob as ordens Dele para que "entenda"!)

Um Critério Essencial

Jesus nos fez um favor enorme no versículo 15. Ele poupou a cada um de nós muitas horas de tediosa pesquisa bibliotecária! Ele atribuiu o Livro de Daniel a Daniel, o profeta (acontece que Daniel é um dos livros mais bem documentados do Velho Testamento, mas Jesus nos deu um grande atalho. Qualquer um que creia em Jesus Cristo não tem problemas com a autoria de Daniel... qualquer um que não creia em Jesus Cristo tem muito mais problemas do que a autoria do livro de Daniel!)

A referência de Jesus à "abominação de desolação" foi, claro, feita dois séculos após o evento histórico agora comemorado com o nome de Chanucá. Ele estava falando de um evento similar ainda no futuro.

Outras Tentativas Frustradas

Por volta de 40 a.D., Calígula ordenou que sua imagem fosse instalada no Santo dos Santos. Petrônio, seu general na Judéia, imaginando como a reação dos judeus seria veemente, declinou de executar a ordem. Quando Calígula soube, ele ordenou a morte de Petrônio. Mas Calígula morreu poucas semanas depois e, devido a uma confusão no mar, a mensagem informando que Calígula tinha morrido chegou antes que a ordem para executar Petrônio, e então ele escapou da morte.

É interessante como Deus interveio para impedir que outra profanação do Templo acontecesse. Será que ela já ocorreu?

A Destruição do Segundo Templo

Assim como Jesus previra, em 69 a.D., a quinta, décima, décima-segunda e a décima-quinta legiões romanas, sob o comando de Tito Vespasiano, impuseram um cerco à Jerusalém. Mais de um milhão de homens, mulheres e crianças foram trucidadas naquela guerra terrível. Finalmente, no 9 de Av, 70 a.D., o Templo foi destruído 9. É neste evento que Lucas se concentra. Tanto Lucas quanto Mateus destacam um grupo de sinais, os quais Mateus entitulou como "o princípio das dores":

E ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; olhai não vos perturbeis; porque forçoso é que assim aconteça; mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino; e haverá fomes e terremotos em vários lugares. Mas todas essas coisas são o princípio das dores.
Mateus 24.6-8 10

O relato de Mateus concentra-se no que se seguirá a este grupo de sinais. Lucas concentra-se no que precede estes sinais 11. Ele avisa seus leitores que quando Jerusalém estivesse cercada por exércitos, eles deveriam sair da cidade e não deixar que ninguém que estivesse nos montes voltasse para a cidade. Lucas diz a seus leitores que "esta geração não passará até que tudo isto se cumpra"12, e 38 anos mais tarde – o mesmo período de tempo que teve a geração que morreu no deserto – Jerusalém caiu, em 70 a.D.

Um Intervalo Crítico

O imperador Nero havia ordenado a seu general, Vespasiano, e a seu filho Tito, que usassem a força para colocar a Judéia sob controle. Eles haviam conquistado as cidades na Galiléia e estavam se preparando para tomar Jerusalém depois. Mas Nero morreu. Em Roma, Galba, Oto e Vitelius disputavam o trono; na confusão e ambigüidade subseqüentes, Vespasiano foi à Roma e conseguiu tomar o trono do imperador. Seu filho, Tito ficou para completar o cerco a Jerusalém.

Durante este intervalo, cristãos, seguindo os avisos no relato de Lucas, escaparam para as montanhas em Pela, Peréia, e nenhum pereceu 13.

Uma Visão Enganosa

Há aqueles que vêem a destruição do Templo em 70 a.D. como a "abominação de desolação" Existem sérios problemas com este ponto-de-vista.

Primeiro, havia uma guerra acontecendo. Não havia oportunidade para os Romanos instalarem um falso culto de nenhum tipo dentro do Templo. O Templo havia sido acidentalmente incendiado, e o interior, de madeira banhada a ouro, queimou, derretendo o ouro. Os soldados tinham sido instruídos para separar pedra por pedra para recuperar o ouro, como Jesus havia previsto 14. Tudo isto foi bem documentado por uma testemunha ocular, Flávio Josefo, cujas obras clássicas estão disponíveis até hoje 15.

A visão de que a abominação de desolação já ocorreu, além de historicamente imprecisa, também requer uma alegorização bizarra do resto da fala de Jesus (Mateus 24.29-31 ainda não aconteceu; pelo menos não que você tenha reparado!).

A abominação de desolação não aconteceu em 70 a.D., e não poderia ter ocorrido nos 1900 anos posteriores porque não havia um Templo em Jerusalém para ser, assim, profanado. Este permanece como o marco que determinaria o êxodo daqueles crentes que permaneceram em Jerusalém àquela época. Todo ano na celebração do Chanucá nós precisamos lembrar deste pano de fundo e refletir sobre seu significado profético!

Um Terceiro Templo é Necessário

Quando acontecerá? Quando houver, de novo, um Templo em Jerusalém. Por três vezes no Novo Testamento há referências à reconstrução do Templo antes da Segunda Vinda de Cristo 16.

A despeito do clima político insustentável no Monte do Templo, existem preparativos ocorrendo em antecipação à construção de um Templo. Em Yeshivas, Jerusalém, mais de 200 sacerdotes estão sendo treinados atualmente. Quase todos os implementos necessários já foram produzidos pelo Instituto do Templo.

Está sendo feita uma pesquisa em busca dos exatos caracóis marinhos para produzir o azul levítico e o púrpura real. Radares capazes de penetrar no solo e registros infravermelhos estão sendo usados para descobrir precisamente a localização dos alicerces dos Templos originais. A preparação continua, apesar das incertezas políticas.

Os cientistas e arqueólogos estarão nos mantendo a par do que acontece na Conferência do Templo de Jerusalém, que ocorrerá em março de 2006 (ore para se juntar a nós).

A Mensagem do Dia Santo

O Espírito Santo pôs João 10.22 no Novo Testamento para destacar a famosa profecia de Daniel e para concentrar nossa atenção neste marco-chave para o cenário do fim dos tempos. Então, enquanto seus amigos judeus celebram o Chanucá este ano, deixe esta comemoração também lembrá-lo de que preparativos estão sendo feitos neste momento nos bastidores para preparar o palco para a contagem final. Que tempos fantásticos para se estar vivo!

Vede entre as nações, e olhai; maravilhai-vos e admirai-vos; porque realizo em vossos dias uma obra, que vós não acreditareis, quando vos for contada.
Habacuque1.5

Boas Festas!

Dezembro de 2005
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**NOTAS**
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1. 1 Reis 8.2. Ethanim é o mesmo que Tisri, ou Setembro-Outubro
2. Esdras 6.15, 16. Adar é tipicamente no início de Março.
3. "Epiphanes" é uma abreviação do grego: theos epiphanes, uma designação que ele deu a si mesmo: "o deus que aparece ou se revela a si mesmo."
4. Josefo, Antiguidades, XII v 4.
5. 1 Macabeus 1.54,59.
6. Josefo, Antiguidades, XII v 4.
7. 1 Macabeus 1.54; 2 Macabeus 6.1-7.
8. Mateus 24, 25; Marcos 13, 14; O relato similar em Lucas foi dado a uma audiência diferente, em uma ocasião diferente e não concentrava-se nos mesmos assuntos.
9. O mesmo dia no calendário judaico em que Nabucodonossor destruiu o Templo em 537 a.C.
10. Mateus 24.8,9.
11. Lucas 21.12.
12. Luke 21.32.
13. Eusébio, Livro III, 5.1.
14. Lucas 19.43,44.
15. Josefo, Guerra dos Judeus, VI, vi, 1.
16. Mateus 24.15; 2 Tessalonicenses 2.4; Apocalipse 11.1-2.


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Encontrando Tesouros no Lixo
Por Chuck Missler, traduzido por Allan Ribeiro
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Só se passaram cinqüenta anos desde a descoberta do DNA – uma descoberta que tem transformado radicalmente a ciência moderna e mudado a maneira como muitos vêem a origem da vida. O projeto Genoma Humano mapeou todo o nosso código genético, o qual consiste de uma seqüência de mais de 3 bilhões de bases de nucleotídeos. A pesquisa sobre o DNA tem levado à descoberta de curas genéticas para muitas doenças. Também têm resultado em diagnósticos mais rápidos e mais precisos de doenças e ajudado os médicos a desenvolver planos para tratamentos personalizados para os pacientes.


Embora os cientistas tenham aprendido muito sobre o genoma humano, a maior parte do DNA permanece um completo mistério. A cada novo avanço feito na genética, estamos constantemente descobrindo o quão complexo o DNA realmente é e quanto nós ainda temos que aprender. Os cientistas ainda não sabem exatamente o número de genes que temos, sua localização, ou suas funções. Nem sabem tampouco sobre as leis que regem os genes, das seqüências de DNA, estruturas cromossomais e organização, ou do DNA não-codificante. A lista das coisas que temos que aprender sobre o DNA se estende ainda mais. O que sabemos sobre o DNA é que é um código digital, auto-corrigível e auto-replicante. Dentro de sua complicada e elegante estrutura se encontra a planta de cada coisa viva no planeta.

Os cientistas têm gasto anos estudando nossos genes. O genoma humano contem mais de 3 bilhões de bases químicas de nucleotídeos, das quais o número total de genes é estimado entre 30.000 e 35.000. O gene médio tem em torno de 3.000 bases, mas os tamanhos variam enormemente, sendo que o maior gene humano conhecido contêm 2,4 milhões de bases. A maioria dos cientistas crê que a parte realmente crucial do DNA são os genes – que codificam as proteínas – os chamados "tijolos da vida". Algumas poucas outras seções que regulam a função dos genes são também consideradas úteis, mas a maior parte do DNA é considerada simplesmente como "excesso de bagagem". Na verdade, quando o projeto Genoma Humano começou, alguns cientistas só tinham a intenção de mapear as seções do genoma que codificam proteínas. Mapear o resto era considerado uma "perda de tempo". O que a maioria das pessoas não sabem é o seguinte: não somente a função de mais da metade de nossos genes permanece desconhecida, mas menos de 5 por cento do genoma codifica proteínas.

Então, se a parte codificadora de nosso DNA contribui com menos de 5 por cento de todo o nosso genoma, o que fazem os outros 95 por cento de nosso DNA? Os outros 95 por cento de nosso DNA, que os cientistas chamam de DNA não-codificante, não têm função conhecida e são também conhecidos pelos cientistas como "lixo do DNA". Dentro de um cromossomo ou de um genoma, o lixo do DNA são aquelas partes do DNA para as quais ainda não foram encontradas funções. Nos genomas da maioria das plantas e dos animais uma porcentagem desconcertante do DNA não serve a nenhum papel biológico conhecido. Existem algumas partes do DNA não-codificante que se sabe serem importantes. Estas incluem origens de replicação, que definem os pontos iniciais da replicação do DNA e seqüências regulatórias, mas a maior parte do lixo do DNA permanece um mistério.

Uma hipótese sobre o lixo é que estas regiões cromossômicas seriam amontoados de genes extintos, algumas vezes chamados de pseudogenes, os quais teriam sido postos de lado e se fragmentado durante a evolução. Alguns cientistas crêem que seja o DNA acumulado de vírus fracassados. Ainda outra hipótese diz que o lixo do DNA provê um reservatório de seqüências das quais novos genes potencialmente vantajosos podem surgir.


O Lixo do DNA Pode Não Ser Lixo

No entanto novas evidências sugerem que o lixo do DNA pode não ser lixo afinal. Nos últimos meses os cientistas fizeram muitas descobertas que sugerem que parte deste DNA antes negligenciado tem um papel muito específico e vital. Cientistas descobriram evidências que sugerem que partes do DNA não-codificador na verdade contribuem para o desenvolvimento da musculatura do coração e membros. Outras partes descobriu-se que regulam a secreção de insulina no pâncreas – uma descoberta que ajudaria no desenvolvimento de tratamentos e cura para a diabetes. O estudo do lixo do DNA poderá também ajudar os cientistas a entender defeitos de nascença e a combater doenças.

Ao invés de ser um amontoado de lixo de tentativas evolucionárias frustradas, as evidências sugerem que o DNA não-codificante pode servir a um propósito distinto e vital. Os padrões encontrados no DNA não-codificante não são aleatórios afinal, como alguns cientistas suspeitavam. Um estudo conduzido ano passado por David Haussler, da Universidade da Califórnia, Santa Cruz, comparou as seqüências do genoma de um homem, de um rato e de um camundongo. Eles descobriram – para seu assombro – que muitas fitas grandes de DNA eram idênticas nas três espécies. Para ter certeza de que os padrões não eram simplesmente uma coincidência, eles buscaram seqüências que tivessem pelo menos uma base de 200 pares de comprimento. Estatisticamente uma seqüência deste tamanho não poderia nunca aparecer em todos os três por acaso. No entanto eles não encontraram somente uma, eles encontraram 481. Nada menos que 481 seqüências diferentes, cada qual consistindo em uma base de pelo menos 200 pares que eram comuns, não somente aos ratos, camundongos e humanos, mas também foram encontradas em amostras de DNA de galinhas, cachorros e peixes.

Ancestral Comum ou Criador Comum?

Muito do nosso assim chamado lixo do DNA ainda permanece um mistério. Mas qualquer que seja sua função, é patente a sua grande importância. De acordo com o professor Haussler, "a tese mais provável é a de que eles controlam a atividade indispensável do desenvolvimento de genes e embriões. Aproximadamente um quarto das seqüências sobrepostas com genes tendem a se agrupar próximas a genes que desempenham um papel no desenvolvimento embrionário". Pesquisadores têm começado a se referir a estas seqüências de DNA não-codificante como "elementos conservados" ou DNA "ultra-conservado". Eles chamam de "ultra-conservado" porque, de acordo com a teoria da evolução, passaram-se 400 milhões de anos desde que os humanos, roedores, galinhas e peixes tiveram um ancestral em comum, e, a despeito destes 400 milhões de anos de evolução estas seqüências têm resistido à mudanças, sugerindo que qualquer alteração do DNA prejudicaria a habilidade dos animais em sobreviver.

Os Cientistas seculares podem ver estas novas descobertas como evidências adicionais de que os humanos e animais têm um ancestral comum, ao invés de um Criador comum, mas nós cremos que o acaso não pode dar conta da complexidade do design do DNA. É estatisticamente e matematicamente impossível. As chances de se ganhar na loteria toda semana de nossa vida dos 18 aos 99 anos são melhores que as probabilidades de um organismo com uma única célula ter sido formado ao acaso. A probabilidade da geração espontânea é mais ou menos a mesma de que um tornado varrendo um ferro-velho possa formar um 747 a partir das peças encontradas ali. É impossível. A evidência toda aponta para a inevitável conclusão de que não somos o produto do acaso ou da evolução, mas o resultado de design inteligente.

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