Equipando os Santos
edição n° 12 - Teresina, 01/06/2006
O Dono dos Seus Pensamentos
edição n° 12 - Teresina, 01/06/2006
O Dono dos Seus Pensamentos
Quem controla o que você pensa? A resposta é: depende. Depende de como você alimenta a sua mente. A Bíblia diz que a boca fala do que o coração está cheio (Mateus 12.34) e Provérbios 4.23 diz: "Guarda com toda a diligência o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida.". A entrevista (partes da entrevista dada " revista Veja) abaixo deixará entrever como pensam e como agem aqueles pagos para ter acesso ao seu coração e ao controle dele. Fique atento.
O primeiro artigo também foi tirado da Veja e traz outra entrevista, desta vez com um historiador. A surpresa é que ele defende muitos pontos próprios da cosmovisão cristã. Também estou enviando a terceira e quarta partes de "O Logro da Vinci".
É com alegria que informo que agora o Equipando os Santos também é um blog. Acesse a página e veja todos os artigos publicados até hoje, além de notas e artigos avulsos exclusivos em breve. Divulguem o endereço: www.equipandoossantos.blogspot.com .
Deus abençoe você!
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Entrevista: Silvio de Abreu
"A moral está torta"
O autor de Belíssima fala de sucesso"A moral está torta"
e fracasso nas novelas – e revela-se
chocado com a tolerância do público
com personagens canalhas
Marcelo Marthe
O paulistano Silvio de Abreu, de 63 anos, é um noveleiro experiente. Ex-ator e ex-diretor de pornochanchadas, ele atua como autor de folhetins há trinta anos. Abreu, como gosta de ressaltar, já viu os dois lados da profissão: colheu sucessos como A Próxima Vítima, mas também fracassos como As Filhas da Mãe. Com a atual Belíssima, ele está de volta ao topo. A três semanas de seu desfecho, a novela das 8 da Rede Globo ostenta a média de 59 pontos no ibope e é sintonizada por sete em cada dez espectadores no país. Como todo autor de um folhetim bem-sucedido, Abreu conseguiu entrar em sintonia com as preocupações e os interesses de uma ampla fatia da sociedade brasileira. Ele se confessa chocado, porém, com a descoberta de que o público mudou seu modo de encarar os desvios de conduta dos personagens. A seguir, trechos da entrevista que ele concedeu pouco antes de trocar seu apartamento em São Paulo por um refúgio no litoral – modo que encontrou para lidar com sua ansiedade na reta final da novela.
Veja – Belíssima realizou algo raro em telenovelas: chegou ao sucesso com personagens que são bastante ambíguos. O senhor mesmo já havia tentado isso outras vezes e fracassou. Por que deu certo desta vez?
Abreu – Considero que incluir a ambigüidade moral numa trama é um grande avanço. Personagens desse tipo são ricos e fazem o público pensar. Ao analisar as causas dessa aceitação, contudo, confesso que fiquei chocado. Como sempre acontece na Globo, realizamos uma pesquisa com espectadoras para ver como o público estava absorvendo a trama e constatamos que uma parcela considerável delas já não valoriza tanto a retidão de caráter. Para elas, fazer o que for necessário para se realizar na vida é o certo. Esse encontro com o público me fez pensar que a moral do país está em frangalhos.
Veja – Será que está?
Abreu – As pessoas se mostraram muito mais interessadas nos personagens negativos que nos moralmente corretos. Isso para mim foi uma completa surpresa. Na minha novela anterior, As Filhas da Mãe, há coisa de cinco anos, o comportamento dos grupos de pesquisa era diferente. Os personagens bons eram os mais queridos. Nessa última pesquisa, eles foram considerados enfadonhos por boa parte das espectadoras. Elas se incomodavam com o fato de a protagonista Júlia ficar sofrendo em vez de se virar e resolver sua vida de forma pragmática. Outro exemplo são as opiniões sobre Alberto, o personagem que não mediu esforços para tirar de seu caminho o Cemil, um bom moço, e roubar sua pretendente, Mônica. Alberto fez uma falcatrua para desmanchar o romance do rival. Em qualquer outra novela, isso faria o público automaticamente ficar do lado do mocinho. Mas as donas-de-casa não viram nada de errado na conduta do Alberto. Pelo contrário: ponderaram que, se ele fez aquilo para conquistar um mulherão, tudo bem. O fato de o André ter dado um golpe do baú na Júlia também foi visto com naturalidade. As espectadoras achavam que, se ele precisava de dinheiro, não havia mal em ficar com ela. Colocamos então que o canalha a estava roubando e as espectadoras retrucaram: deixa disso, daqui a pouco eles vão ficar bem. O fato de André ser bonito era suficiente para ganhar o prêmio máximo numa novela, que é ficar com a mocinha. Na mesma pesquisa, colhemos indícios claros de que essa maior tolerância com os desvios de conduta tem tudo a ver com os escândalos recentes da política.
Veja – O que o fez chegar a essa conclusão?
Abreu – Numa parte da pesquisa, as espectadoras apontaram com qual personagem se identificavam, e a maioria simpatizava com a Júlia, é claro. Mas havia colocações do tipo: "Quero ser a Júlia porque aí eu pago mensalão para todo mundo e ninguém me passa a perna". Olhe que absurdo: a esperteza desonesta foi vista como um valor. O simples fato de o presidente Lula dizer que não sabia de nada e não viu as mazelas trazidas à tona pelas CPIs e pela imprensa basta – as pessoas fingem que acreditam porque acham mais conveniente que fique tudo como está. Eu me vi na obrigação de fazer alusões a essa inversão de valores em Belíssima. Quando a Bia Falcão reapareceu e disse com a maior cara-de-pau que sumiu porque estava de férias numa fazenda, ficou óbvio para todo mundo que ela estava mentindo. Mas, como Bia se impõe pela autoridade, os personagens engoliram a desfaçatez.
Veja – A audiência das novelas está mais exigente?
Abreu – Não. Sinto dizer que, se as novelas ficaram mais elaboradas, foi pela evolução natural dos autores. Hoje, o problema em relação ao público é o contrário. O nível intelectual do brasileiro de maneira geral está abaixo do que era na década de 60 ou 70, porque as escolas são piores e o estudo já não é valorizado como antigamente. Houve um dia, não custa lembrar, em que cursar a universidade era um objetivo de vida. O valor não é mais fazer alguma coisa que seja dignificante. As pessoas querem é subir na vida, ganhar dinheiro, e dane-se o resto.
(...)
Veja – Belíssima tem casais que são movidos mais pela libido que pelo amor. O romance, no velho sentido folhetinesco, está com os dias contados?
Abreu – O problema é que ele virou um item antiquado. Os relacionamentos hoje são mais superficiais, as pessoas casam e descasam com facilidade. Nos grupos de discussão, constata-se que as espectadoras ainda têm uma expectativa romântica, mas não mais aquela visão de antigamente de que a mocinha tem de esperar o mocinho e, quando ele chegar, todos os problemas se resolverão e eles serão felizes para sempre. Salvo se for uma novela de época, será difícil o público engolir uma trama que insista nisso hoje em dia.
Veja – No caso dos gays, o humor do espectador também mudou?
Abreu – Sem dúvida. Nesse campo, a influência das novelas é enorme. E olhe que fui até agredido por causa desse negócio nos tempos de A Próxima Vítima, quando mostrei o primeiro casal gay escancarado numa novela das 8. Eu estava num cinema quando, de repente, um senhor atrás de mim anunciou em voz alta: "Silvio de Abreu, grande autor brasileiro". Eu virei para trás, pensando que ia ser cumprimentado, quando ele emendou: "Você destrói a família brasileira ao defender o homossexualismo. Essa gente toda tem de acabar no inferno". Acredito que prestei um serviço ao retratar os homossexuais com respeitabilidade. Mas a chave da aceitação deles foi a forma como introduzi o tema. Durante boa parte da novela, omiti o fato de que Jeferson e Sandrinho eram gays. Mostrei que eles eram bons amigos, bons filhos e estudantes dedicados – tudo o que o público acha bonito nas pessoas. Só lá pelo capítulo 100 eu exibi esse outro lado. Foi como se dissesse: olhe só, gente, esqueci de contar um detalhe sobre os mocinhos. O noveleiro é, antes de tudo, um manipulador de emoções.
Veja – E o que explica seu revés, tempos depois, com as lésbicas de Torre de Babel?
Abreu – Cometi o equívoco de achar que, como já havia mostrado um casal homossexual com sucesso, todo mundo ia aceitá-las de cara. As duas surgiram como casal logo no início, e isso gerou uma série de protestos. Foi um ruído excessivo que não ocorreria se eu tivesse ido mais devagar.
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Entrevista: Paul Johnson
O motor do mundo
O historiador inglês defendeO motor do mundo
que a criatividade é hoje a arma
mais poderosa para o progresso
das nações
Gabriela Carelli
O inglês Paul Johnson é um dos mais produtivos historiadores da atualidade. Em seus mais de quarenta livros publicados, já se debruçou sobre grandes temas como a história das religiões e do século XX. Observador arguto da cena internacional, provoca polêmica nos artigos que escreve para as revistas Forbes e The Spectator pelo entusiasmo com que fustiga as esquerdas com sua verve franca e elegante. Aos 77 anos, Johnson acaba de lançar mais um livro, Os Criadores, um mergulho na vida de dezessete personalidades criativas da história, de Shakespeare a Walt Disney. O objetivo da obra, a segunda de uma trilogia iniciada com Os Intelectuais, em 1988, e que terminará com a publicação em breve de Os Heróis, é tentar entender o que ele considera a característica mais importante do homem, a criatividade. "Só a criatividade pode garantir o progresso. O problema é que o homem tem uma propensão negativa a encontrar razões científicas ou morais para frear a criatividade, seja na economia, na política ou nas artes", diz Johnson nesta entrevista a VEJA.
Veja – O senhor escreveu que o desenvolvimento social e tecnológico humano não avançou tanto quanto poderia por causa da eterna batalha entre duas forças antagônicas do homem: sua criatividade e sua capacidade de crítica e destruição. Como assim?
Johnson – Os seres humanos são naturalmente criativos. Amam criar. Também são apaixonados pela destruição e pela crítica. Acredito que todas as artes – sendo que considero formas de arte a política, o desenvolvimento tecnológico, econômico e social, assim como a pintura e a literatura – necessitam dessas duas forças antagônicas. É a tese, a antítese e a síntese. Mas é vital que a criatividade, a tese, supere seu adversário e vença, pois só ela pode garantir o progresso. Não tenho dúvida de que, se houvesse apenas a criatividade, a humanidade teria avançado muito mais rapidamente.
Veja – O senhor poderia citar exemplos de forças destrutivas que impediram um avanço maior da nossa civilização?
Johnson – O exemplo mais primário disso é o marxismo. Marx compreendeu mal o capitalismo, foi desonesto com as evidências e sua contribuição para o mundo foi totalmente negativa. Graças a ele e a outros pensadores, por mais de um século muitos países perderam a chance de crescer economicamente. Seus povos deixaram de ter acesso à informação e à liberdade, fundamentais para o processo criativo, milhares de pessoas foram mortas injustamente e muito dinheiro foi jogado fora em vez de ser usado para a melhoria da qualidade de vida. Não há absolutamente nada a dizer em favor do marxismo.
Veja – O senhor afirma que o homem é propenso a encontrar razões científicas ou morais para frear a criatividade. O que o leva a agir dessa forma?
Johnson – O medo. Esse é, com certeza, o maior estimulador do atraso. É o medo, por exemplo, que impede muitos países de usar energia nuclear de forma consciente em substituição a outras fontes de energia. Por causa de pretensos defensores da humanidade, impediu-se a construção de usinas nucleares nos Estados Unidos e na Inglaterra. Se bem usada, essa energia poderia minimizar os impactos energéticos do crescimento econômico da China e da Índia, que provocaram escassez de petróleo.
Veja – Os chineses e os indianos são, hoje, mais criativos do que os americanos?
Johnson – Até agora, os chineses e os indianos meramente irritaram os americanos. Eles conseguem produzir novas idéias? Até o momento, nada provou que eles sejam capazes de inovar. Apenas avançaram em espaços já existentes. A China fez isso com sua indústria pesada, formada por fábricas ultrapassadas que produzem produtos baratos para exportação e garantem retorno rápido. A Índia, por sua vez, arranhou os Estados Unidos com um bem-sucedido comércio intercontinental de comunicação via call centers. Se a China e a Índia não produzirem novas idéias além dessas, vão estagnar, como o Japão.
Veja – Qual dos dois países tem mais chance de ser bem-sucedido em termos de crescimento?
Johnson – A Índia, porque é um país onde existe liberdade. Novas idéias somente emergem onde as pessoas são livres para pensar. Além disso, a Índia, apesar de ser uma sociedade de castas, tem uma elite fluente em inglês, o que permitiu ao país pular da era industrial para uma era de comunicação avançada. Bangalore, a capital indiana da alta tecnologia, é uma cidade totalmente imersa no século XXI. A Índia parece bastante atrasada devido a suas tradições, muito preciosas, por sinal, mas está criando as bases para um futuro formidável. O clima de liberdade privilegia o país.
Veja – Se a liberdade privilegia a Índia, como se explica o crescimento acelerado da China?
Johnson – A China conseguiu se livrar do legado terrível do marxismo primitivo de Mao Tsé-tung, mas não será um competidor à altura da Índia enquanto não desmantelar por completo seu sistema comunista. O país ainda depende do trabalho escravo, assim como de camponeses mal remunerados recém-chegados às cidades. Não está investindo o suficiente em alta tecnologia, a não ser a militar, erro já cometido pelos soviéticos. A China tem de substituir sua elite comunista por uma sociedade inovadora, com o seu próprio dinamismo de idéias, ou entrará em colapso. Se funcionar, será a grande lição da era moderna.
Veja – Enquanto a Ásia cresce, a América Latina continua presa aos problemas econômicos e sociais de sempre. Qual a explicação?
Johnson – O problema da América Latina está na sua origem histórica. A forma como foi colonizada, destrutiva e negativa desde o princípio, repercute até hoje na desorganização política, econômica e social. Não há estabilidade, o que acaba diminuindo a liberdade. O Brasil, por exemplo, desde o descobrimento nunca teve uma elite criativa e pragmática comparável à geração de George Washington e Thomas Jefferson nos Estados Unidos, gente capaz de organizar o país e direcioná-lo. Uma solução para melhorar o que está estragado é investir na educação. A educação permite a liberdade de idéias e o progresso. Bons exemplos são Coréia do Sul, Taiwan e Cingapura.
Veja – Como o senhor definiria um homem criativo?
Johnson – É impossível definir criatividade, assim como não se define genialidade. O estudo dos grandes criadores revela dois fatos. O primeiro é que ninguém cria no vácuo. Todas as civilizações evoluem de sociedades anteriores. Também ninguém vira um grande criador por sorte. Todo ato criativo, mesmo quando ele surge num lampejo, é fruto de muito trabalho, estudo e conhecimento.
Veja – Quem o senhor apontaria como uma pessoa de extrema criatividade?
Johnson – William Shakespeare, sem dúvida nenhuma, é a pessoa mais criativa da história. Esse dramaturgo inglês do século XVI alcançou o entendimento da personalidade humana em todas as suas manifestações, da forma como o ser humano interage em todas as situações possíveis. Era dono de uma imaginação de altíssimo nível, bem como de uma habilidade com as palavras até hoje nunca igualada.
Veja – Ao falar sobre o próximo livro de sua trilogia, Os Heróis, o senhor disse que o Ocidente precisa urgentemente de pessoas com esse perfil. Por quê?
Johnson – Os heróis inspiram, motivam e, no mínimo, legitimam uma guerra que está sendo travada. Eles nos ajudam a distinguir o certo do errado e a compreender os méritos morais da nossa causa. Não existe ninguém hoje no Ocidente com esse perfil. Já o Oriente Médio tem seus heróis. Osama bin Laden, por exemplo. Por mais monstruoso que possa ser, ele encarna a figura do herói. É líder de milhares de muçulmanos, escapou do mais poderoso Exército do planeta e inspira centenas de seguidores. Faz parte de um grupo que convence jovens a se explodir por uma causa. Esses jovens, por sua vez, também se transformam em heróis aos olhos do mundo. São pessoas que tiram a própria vida para lutar contra os tanques israelenses. Isso faz com que muitos observadores da guerra ao terror se sensibilizem com a causa islâmica.
Veja – Quem o senhor citaria como herói do Ocidente?
Johnson – O último herói americano foi Ronald Reagan. Na Inglaterra, Margaret Thatcher. Na Igreja Católica, João Paulo II. Todos foram grandes líderes, com características de heróis. Provavelmente estarão em meu próximo livro.
Veja – Ronald Reagan?
Johnson – Sim. Muita bobagem foi escrita sobre ele. Reagan era um homem de pensamentos claros e determinado em seus objetivos. Tinha poucos méritos acadêmicos, mas era um orador de primeiríssima linha. Enfatizou a necessidade da democracia e dos direitos humanos. A história mostra que os melhores líderes políticos são exatamente assim. Têm poucas idéias, mas elas são muito bem executadas. Assim foram Winston Churchill, Charles de Gaulle e Margaret Thatcher.
Veja – O presidente Bush tem chance de ser visto como um herói?
Johnson – Bush é um bom administrador, com um forte poder de decisão. Mas tem uma imagem pública excepcionalmente ruim.
Veja – O senhor defendeu a invasão do Iraque em 2003. Os resultados desastrosos dessa guerra o fizeram mudar de opinião?
Johnson – Não encaro os resultados como desastrosos. Ao destruírem os regimes perversos do Afeganistão e do Iraque, prenderem seus líderes ou transformá-los em fugitivos, os Estados Unidos estão mandando uma mensagem importante para outros ditadores violentos e perigosos, como o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, que insiste no enriquecimento de urânio e, além de tudo, propaga mentiras anti-semitas.
Veja – Por que o presidente iraniano parece não temer os Estados Unidos?
Johnson – O presidente iraniano tem como modelo Adolf Hitler. O que aconteceu com Hitler? O perigo do avanço em programas nucleares e na produção de armas de destruição em massa em países do Oriente Médio existe e precisa ser combatido pelos americanos. Só os Estados Unidos podem conter o Irã, talvez com alguma ajuda da Inglaterra, caso Tony Blair permaneça como primeiro-ministro. O resto da Europa é totalmente inútil e dispensável.
Veja – A política externa dos Estados Unidos provocou o crescimento do antiamericanismo, principalmente na Europa. Como europeu, o que o senhor acha disso?
Johnson – Justamente por ser europeu, posso afirmar que o antiamericanismo na Europa meramente reflete a frustração e a fraqueza européias. A inveja da América tornou-se um aspecto importante da política externa européia, principalmente na França e na Alemanha. Os franceses acreditam que são uma nação culturalmente superior e que os Estados Unidos querem se impor na Europa. Acreditam que Bush e os americanos são ignorantes. A história mostra que não é assim. Os americanos são bons políticos e geopolíticos. A Constituição americana tem 200 anos. Nesse tempo, a França teve mais de uma dezena de Constituições, passou por monarquias, impérios e repúblicas. Não há dúvidas de que existe inveja de um lado do Atlântico, mas também existe o perigo de arrogância do outro. Essa inveja também tem fundamento na falência européia. A Europa vem apresentando um péssimo desempenho desde os anos 60 por causa do crescimento da burocracia, com altas taxas de desemprego e estagnação econômica. Os Estados Unidos, ao contrário, cresceram nos últimos 25 anos e continuam a crescer.
Veja – Não é natural que a opinião pública mundial se escandalize ao saber de abusos cometidos por militares em prisões no Iraque ou das condições extremas em que vivem os detidos na base de Guantánamo?
Johnson – Os Estados Unidos encabeçam uma guerra internacional contra a violência. Acabarão por vencê-la. A prisão de Guantánamo foi criada com base numa interpretação sem precedentes da lei militar por causa de uma ameaça sem precedentes. Apesar das críticas, o sistema de justiça de Guantánamo tem sido uma forma de dissuadir jovens muçulmanos que estavam decididos a tomar partido nessa guerra. Esses jovens não temem nem o martírio nem a morte, mas eles temem ficar trancados nessa prisão.
Veja – Em um artigo, o senhor escreveu que o homem tem uma capacidade enorme de arrumar problemas que inundam o mundo de ansiedade e que a atual preocupação com o meio ambiente é um exemplo disso. O senhor não teme o fim do mundo?
Johnson – Se eu temesse o fim do mundo, estaria me contrariando. Seria uma prova de que não acredito na força criativa. O Homo sapiens tem menos de 1 milhão de anos. A Revolução Industrial ocorreu há 250 anos. A bomba atômica existe há meio século. Os avanços têm acontecido de forma muito rápida, numa velocidade inimaginável. Mais de 100 milhões de pessoas morreram no século passado vítimas de regimes totalitários, mas não foi por isso que as populações deixaram de se expandir. Acreditar que o homem é incapaz de superar obstáculos, sejam eles naturais ou não, é esquecer todo esse progresso. A história prova o contrário: que temos habilidade e criatividade para vencer os desafios que nos são impostos. Temos de aproveitar as riquezas do nosso planeta e contar com a ajuda divina.
Veja – O senhor parece otimista com a realidade. Por que recorrer à ajuda divina?
Johnson – Ela é sempre necessária. Hoje, mais do que nunca.
Edição 1962 . 28 de junho de 2006
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Parte 3 de 'O Logro da Vinci '
''Outro Evangelho''?
por Chuck Missler, traduzido por Allan Ribeiro
Como antes temos dito, assim agora novamente o digo: Se alguém vos pregar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema.''Outro Evangelho''?
por Chuck Missler, traduzido por Allan Ribeiro
[English]
Gálatas 1.9
Como dissemos antes em nossos dois artigos anteriores, o romance popular, mas vergonhosamente blasfemo de Dan Brown, O Código Da Vinci, tem levantado muita confusão, especialmente entre os menos informados, e com um filme sendo feito a respeito, este assunto ainda será objeto de conversas por muitos meses.
Neste romance, Dan Brown tenta apoiar suas noções ultrajantes usando alusões dos Evangelhos Gnósticos e distorções pervertidas de antigos concílios da igreja, dos quais todos levantam questões sérias: o que nos faz tão confiantes de que nossa Bíblia é o que diz ser? Como sabemos? E o que dizer sobre todos os livros “perdidos” da Bíblia?
A distorção de Brown da história é desmedida ao longo de seu romance. Ele presume que Constantino fez do cristianismo a religião oficial do império romano, quando ele na verdade simplesmente garantiu a liberdade de culto no edito de Milão em 313 a.D. Foi um sucessor subseqüente, Teodósio (379-395), quem fez do cristianismo a religião do estado em 381. O Constantino de Brown “elevou um Cristo mortal à divindade”, e “assegurou a dominação do macho e a supressão da mulher”... “convertendo o mundo de um paganismo matriarcal em um cristianismo patriarcal”. Ele insiste que Constantino canonizou determinados Evangelhos selecionados favoráveis dentre “mais de 80 disponíveis”. Suas distorções deliberadas são, é claro, contraditas por relatos históricos claros.
Concílio de Nicéia
O Concílio de Nicéia foi convocado em 325 a.D. com 318 bispos para resolver polêmicas sobre a Cristologia, não para debater ou modificar o “cânon” (“cânon” significando padrão, refere-se àquelas Escrituras que foram aceitas pelas igrejas primitivas como inspiradas por Deus). O principal tópico de discussão foi entre Ário e Atanásio. Ário argumentou que Jesus era simplesmente um ser criado. Ele era um grande orador e estava causando profundas controvérsias por todo o império. Atanásio argumentou pela divindade completa de Deus e foi claramente justificado pelos procedimentos do Concílio (como exemplificado pelo famoso Credo Niceno).
A Versão de Brown
“Foi no Concílio de Nicéia em 325 que líderes da Igreja decidiram pelo voto tornar Jesus divino... até aquele momento na história, Jesus era visto por Seus seguidores como um profeta mortal”.
E, de acordo com Brown, foi uma “votação apertada”! Segundo ele, os Evangelhos atualmente aceitos foram escolhidos entre “mais de 80” disponíveis. Tudo isso é um embuste deliberado para dar suporte ao seu ataque a Jesus Cristo e à Sua igreja.
Vinte normas saíram do Concílio de Nicéia e o conteúdo de todas elas ainda existe até hoje. Nenhuma delas envolvia assuntos que digam respeito ao cânon.
Quanto à votação que foi finalmente feita, somente 5 de 318 foram dissidentes; somente dois destes recusaram-se a assinar as resoluções resultantes, que reafirmavam a divindade de Cristo, não assuntos concernentes aos Evangelhos canônicos. Se Cristo não for completamente Deus, então Deus não foi o Redentor da humanidade.
porque nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para ele.
Cl 1.16 (ver também Jo 1.1; Rm 9.5; Hb 1.1-8; etc)
Durante o primeiro século - dois séculos antes do Concílio de Nicéia – antes mesmo do fim de Seu ministério na Terra, a divindade de Cristo já era reconhecida, como é evidenciado por Tomé: “Meu Senhor e meu Deus!”1.
Durante o segundo século – ainda cem anos antes do Concílio de Nicéia – temos várias citações dos primeiros patriarcas da Igreja:
Inácio, bispo de Antioquia (a.D. 110): “Há Um Deus que se manifesta através de Jesus Cristo seu filho”; “Filho de Maria e Filho de Deus... Jesus Cristo, nosso Senhor... Deus Encarnado... Deus Cristo”, etc.
Policarpo, bispo de Esmirna (a.D. 112-118), em sua carta à igreja em Filipos, presume a divindade de Jesus, Sua glorificação, etc.
Justino Mártir (~a.D. 150): “Sendo a Palavra primogênita de Deus, é mesmo Deus”2; “... ambos, Deus e Senhor dos Exércitos.” 3.
Irineu (~a.D. 185): “nosso Senhor, e Deus, e Salvador, e Rei”4.
Clemente de Alexandria (~a.D. 200): “verdadeiramente a mais manifesta Divindade, Ele que é feito igual ao Senhor do Universo; porque ele era Seu Filho”5.
Outra das refutações geralmente negligenciadas por aqueles que negam o direito de Cristo à divindade foram as perseguições em Roma, e o martírio voluntário dos primeiros cristãos por causa de sua recusa em adorar o imperador. Seu martírio foi o resultado de seu compromisso exclusivo com Cristo enquanto Deus.
Como Obtivemos o Novo Testamento
O Novo Testamento foi canonizado no século I enquanto os apóstolos ainda estavam vivos e todos os fatos podiam ser checados (Lc 1.2; Atos 1.21,22; 1 Jo 2.3). Ele foi endossado por Cristo antecipadamente (Jo 14.25-26) e foi considerado “ainda mais firme a palavra profética” (2 Pe 1.16-19).
O Processo
Cartas foram recebidas e então circularam por toda a igreja primitiva, e um grupo crescente delas tornou-se reconhecida como tendo autoridade (Apostólica) e em harmonia com a doutrina aceita. Todos os 27 livros foram aceitos por volta do fim do primeiro século e cada livro do Novo Testamento foi citado como tendo autoridade por algum dos patriarcas da igreja no período de uma geração.
Os Evangelhos Gnósticos
O termo “gnósticos” refere-se a gnosis, ou conhecimento. Contudo, aqui se refere ao conceito de escondido, secreto, ou conhecimento especial. Os gnósticos eram um problema crescente na igreja primitiva e muitas das epístolas do Novo Testamento, assim como as numerosas citações dos patriarcas da igreja, foram uma refutação das muitas heresias promovidas pelos Gnósticos.
(Na verdade a segunda carta de Paulo aos Tessalonicenses foi uma resposta a uma falsificação que estava sendo atribuída a ele 6).
Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo grande desejo de ouvir coisas agradáveis, ajuntarão para si mestres segundo os seus próprios desejos
2 Tm 4.3
Um grande número de documentos espúrios apareceu durante os séculos que se seguiram ao ministério dos apóstolos e foram universalmente rejeitados pela igreja primitiva. Cópias de um grupo destes foram encontradas em Nag Hammadi (no Egito) datando do terceiro e quarto séculos, e tais documentos são aceitos indiscriminadamente por Brown como corretos. Entre eles estão: O Evangelho de Tomás, O Evangelho de Maria, O Evangelho da Verdade e cerca de mais quatro dúzias de outros.
Eles não são “Evangelhos” de forma alguma, mas, na verdade opiniões totalmente especulativas, completamente destituídas de qualquer fato verificável. Além disso, eles foram escritos sob pseudônimos, em uma tentativa de ganhar legitimidade. A igreja primitiva rejeitava quaisquer documentos escritos sob pseudônimos como sendo inconsistentes com o conceito de inspiração por Deus 7.
Por fim, eles foram todos escritos séculos após o período do Evangelho – em contraste com os relatos das testemunhas contemporâneas no Novo Testamento – e não têm qualquer pretensão de serem relatos verdadeiros de eventos – na verdade, eles são anti-históricos, ao invés de simplesmente não-históricos!
Brown apóia-se no Evangelho de Felipe e sua referência fragmentada e fora de contexto a um beijo – na qual Jesus ostensivamente beija seus outros discípulos também – mas isto ainda não sugere absolutamente nada sobre casamento ou sobre uma insinuação sexual. Brown apóia-se em uma palavra do “aramaico” (embora o Evangelho de Felipe tenha chegado até nós em copta!) que ele sustenta querer dizer “esposa”. A palavra na verdade é emprestada do grego: koinonia, que significa companhia, como em companheirismo, etc.
O Evangelho de Felipe não faz qualquer referência que dê suporte a nenhuma das alegações de Brown. Mas, mesmo que fizesse, isso seria irrelevante já que ele foi escrito mais de dois séculos após o período descrito nos Evangelhos, sob um pseudônimo apresentando-se como uma pessoa que ele não era. Nenhum estudioso sério pode levá-lo a sério como tendo algum mérito histórico.
(Muitos parecem aceitar a perspectiva cínica de Napoleão: “O que é a História, senão uma fábula com que todos concordam?”).
O romance popular, na verdade maliciosa, deliberada ficção – sutilmente apresentada como factual – e é, ela mesma, claramente o cumprimento de uma profecia:
Mas houve também entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá falsos mestres, os quais introduzirão encobertamente heresias destruidoras, negando até o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. E muitos seguirão as suas dissoluções, e por causa deles será blasfemado o caminho da verdade; também, movidos pela ganância, e com palavras fingidas, eles farão de vós negócio; a condenação dos quais já de largo tempo não tarda e a sua destruição não dormita.
2 Pe 2.1-3
Mas ele pode também ser uma benção por fazer com que cristãos sérios “façam seu dever de casa” e descubram como a Bíblia veio a existir e o processo pelo qual o Novo Testamento foi organizado em seus primeiros anos.
E até importa que haja entre vós facções, para que os aprovados se tornem manifestos entre vós.
1 Co 11.19
Códigos que Brown Não Incluiu
Continuaremos esta série com uma revisão de alguns aspectos surpreendentes envolvendo a tribo de Dã, os mitos merovíngios associados a ela e algumas das implicações contemporâneas da Heresia Madalena e seu possível papel na unificação da Nova Europa hoje. Iremos também destacar algumas especulações bizarras acerca de uma estátua de 45 metros de “Maria Madalena” vestindo uma toga e segurando o “Santo Graal”, que ornamenta um porto internacional até hoje. Fique ligado.
Notas:
1. João 20.28. Veja também João 1.1; Tito 2.13; Hebreus 1.8-10; 1 Pedro 1.1, etc.
2. Primeira Apologia, capítulo 63
3. Diálogo com Trifo, capítulo 36
4. Contra Heresias, Livro 1, capítulo 10
5. Exortação aos Pagãos, capítulo 10, volume 2. Todas estas referências podem ser encontradas em Alexander Roberts e James Donaldson, Os Patriarcas Ante-Nicenos: Traduções dos Escritos dos Patriarcas Até 325 a.D., 10 volumes.
6. 2 Tessalonicenses 2.2
7. A epístola aos Hebreus é a exceção notável. Ela parece ser a terceira de uma trilogia sobre Habacuque 3.4, junto com Romanos e Gálatas.
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Parte 4 de 'O Logro Da Vinci '
Águias e Abelhas?
por Chuck Missler, traduzido por Allan Ribeiro
Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo grande desejo de ouvir coisas agradáveis, ajuntarão para si mestres segundo os seus próprios desejos, e não só desviarão os ouvidos da verdade, mas se voltarão às fábulas. Águias e Abelhas?
por Chuck Missler, traduzido por Allan Ribeiro
[English]
2 Timóteo 4.3,4
Em nossa série de artigos revemos uma parte dos propósitos por trás do livro de Dan Brown, O Código Da Vinci. Nós exploramos sua apresentação enganosa dos assim chamados “fatos” que precederam o próprio romance, as heresias blasfemas sobre Maria Madalena e as lendas merovíngias relacionadas, assim como as falsas representações dos espúrios “Evangelhos Gnósticos”.
O que faz esta desinformação até mais perturbadora é que existem poderosos líderes por trás do surgimento da “Nova Europa” que levam estes mitos a sério.
Neste artigo final iremos explorar alguns dos “códigos” a que Dan Brown não recorreu (pelo menos ainda não!).
Uma das facetas curiosas das lendas merovíngias é a sua aparente obsessão pela tribo de Dã. Conquanto este aspecto não emergisse no romance de Dan Brown, há uma grande probabilidade de ele surgir em alguma das fantasiosas especulações que irão aparecer em breve.
A Tribo de Dã
Embora não levemos a sério os mitos das “Dez Tribos Perdidas” de Israel1, é interessante examinar as estranhas evoluções da tribo de Dã. Sua performance decepcionante parece ter sido antecipada, enigmaticamente, por Jacó em seu leito de morte, quando ele profetizava sobre cada um de seus filhos:
Dã será serpente junto ao caminho, uma víbora junto à vereda, que morde os calcanhares do cavalo, de modo que caia o seu cavaleiro para trás.
Gênesis 49.17
Esta identificação com uma serpente foi trocada por Aiezer, o líder da tribo de Dã durante o Êxodo, por uma águia com uma serpente no bico, como símbolo da tribo2.
Quando a conquista de Canaã estava completa e as tribos receberam a demarcação de suas terras, a tribo de Dã recebeu a porção de terra a oeste de Benjamim, ficando entre Jerusalém e os Filisteus. (Mesmo sendo uma das maiores tribos, Dã recebeu uma das menores - e mais problemáticas – regiões).
O héroi principal desta tribo é, claro, Sansão. Embora sendo o sujeito de vários episódios empolgantes, ele na verdade realiza muito pouca coisa de valor prático. Sua charada envolvendo abelhas resultou em uma expressão que acrescentou identidade à sua tribo3.
Após a morte de Sansão, a tribo foi incapaz de lidar adequadamente com os seus adversários Filisteus4 e buscou uma região alternativa, que enfim se localizou no norte5.
É interessante que na “Canção de Débora”, comemorando a vitória sobre Sisera, Dã seja repreendida por se distanciar dos perigos da nação emergente:
Gileade ficou da banda dalém do Jordão; e Dã, por que se deteve com seus navios? Aser se assentou na costa do mar e ficou junto aos seus portos.
Juízes 5.17
Os descendentes de Dã aparentemente tornaram-se marinheiros habilidosos e migraram para o norte e oeste para buscar seu próprio futuro. É extraordinário que Moisés tenha antecipado isso em seu resumo profético:
De Dã disse: Dã é cachorro de leão, que salta de Basã.
Deuteronômio 33.22
Como poderia Dã “saltar de Basã” (as Colinas de Golan) se a tribo foi oficialmente alocada a oeste de Jerusalém? Esta profecia de Moisés previu sua mudança para o norte!
Desprezo Editorial?
A tribo de Dã foi a primeira a cair na idolatria6. A desconexão de Dã com a comunidade parece ter sido antecipada pelo Espírito Santo em seu proceder com a tribo em toda as Escrituras: os nomes de seus filhos são omitidos em genealogias 7; Dã tampouco é mencionado no fim 8, ou seu nome é apagado completamente 9.
Sua omissão da lista das tribos em Apocalipse 7 é um mistério conhecido. Irineu explica que esta omissão pela sugestão de que o anticristo viria da tribo de Dã – uma crença que ele baseia em Jeremias 8.16 da versão Septuaginta (“de Dã ouviremos o rumor de seus velozes cavalos”)10.
A Identidade da Abelha
Quando a tumba de um dos primeiros reis merovíngios foi revelada, um tesouro incluindo trezentas minúsculas abelhas de ouro foi descoberto. Estas abelhas são consideradas um símbolo da tribo de Dã, relacionada à charada de Sansão 11.
Quando Napoleão foi coroado, ele insistiu que seu manto da coroação incluísse as 300 abelhas bordadas nele, aparentemente evidenciando o seu desejo de se identificar com os merovíngios e com a tribo de Dã. Quando ele casou com Marie Louise Habsburg, ele insistiu que estas mesmas abelhas fossem bordadas no vestido de noiva dela.
As lendas merovíngias – e a heresia Madalena – são levadas a sério por muitas das famílias reais da Europa e entre alguns dos poderosos ativistas por trás da União Européia hoje.
(Também é interessante que a Igreja dos Mórmons aceite a heresia Madalena e que o símbolo do Estado de Utah [onde os Mórmons estão maciçamente presentes] seja a abelha).
A Identidade da Águia
Também é digno de nota que a insígnia dos inimigos de Israel parece ser sempre a de uma águia: Herodes, os romanos, os germanos, os czares russos, etc. (É interessante que até Esparta e Tróia parecem ter ligações com a tribo de Dã! 12)
Preocupa a alguns que o símbolo dos Estados Unidos seja também, é claro, a águia. O simbolismo aparentemente maçônico no Grande Selo dos Estados Unidos também incomoda muitos (veja uma cédula de 1 dólar e confira estas imagens:)
Diz-se que as 32 penas da asa direita representam os 32 graus da francomaçonaria. As 33 penas da asa esquerda incluem o 33° grau honorário do Rito Escocês. As nove penas do rabo representariam o Conselho dos Nove quando os Iluminados fundiram-se com os francomaçons em 1° de maio de 1776.
Os ostensivos significados ocultos parecem ser ainda mais eminentes do outro lado: o Olho que Tudo Vê (o “olho aberto” do Egito e o “Olho da Mente” dos Gnósticos) e as frases em Latim "Annuit Coeptis" (anunciando o nascimento de) "Novus Ordo Seclorum" (Nova Ordem Mundial).
O programa oculto por trás da política mundial não deveria surpreender nenhum estudioso sério do livro de Daniel, capítulo 10. Satanás parece adorar símbolos.
Mais Surpresas Vindo?
Você sabia que parece haver uma estátua de Maria Madalena de 45 metros de altura, vestida em uma toga romana, segurando o “Santo Graal” como uma tocha, em um dos mais proeminentes portos internacionais de hoje em dia? Planejada por Auguste Bartholdi, ela foi paga com fundos particulares de franco maçons franceses e atualmente adorna o porto de Nova York.
Será que ainda tem outras surpresas ocultistas guardadas? Será que o surgimento do paganismo e da apostasia na América trará uma reviravolta maligna quando nos precipitamos para o fim dos tempos? Será que a América irá por fim unir-se ao mundo em um desafio ao Pacto Abraâmico ao também se voltar contra Israel?
Não devemos nos acomodar com nossa herança cristã. Ela foi paga por um preço muito alto, pago por aqueles que investiram em sua posteridade. Devemos levar nossas responsabilidades a sério, ou iremos estar tirando este direito de nossos filhos e netos.
* * *
Notas: 1. Este mito em desacordo com a Bíblia surge de uma confusão entre as alocações geográficas originais e a subseqüente mescla individual que resultou do rompimento pela separação dos reinos do norte e do sul após a morte de Salomão. Aqueles que queriam permanecer fiéis à adoração no templo migraram para o sul. Aqueles que eram a favor da adoração aos ídolos migraram para o norte (2 Crônicas 11.13-17). Para ver uma discussão completa sobre o mito das “Dez Tribos Perdidas”, veja nosso Comentário Expositivo sobre as Doze Tribos anexado ao nosso comentário sobre Josué. Este também está resumido em nosso Comentário Expositivo de Tiago.
2. Números 1.12; 1.25; 10.25; 1 Crônicas 12.3. Merrill F. Unger, Unger's Bible Dictionary, Moody Press, Chicago, 1966, pp.235-236.
3. Juízes 14.14
4. Juízes 16 – 21
5. Juízes 19.47
6. Juízes 18.30; Bezerros Dourados: 1 Reis 12.28,29; 2 Reis10.29.
7. Gênesis 46.23; Números 26.42; ; Hushim?, Shuham? = "cavador de poço”.
8. Números 10.25; Josué 19.47-49; 1 Crônicas 27.16-22.
9. 1 Crônicas 1-10; Apocalipse 7.
10. Adv. Haer. 5. 30. 2
11. Juízes 14.14
12. 1 Macabeus 12.5-23; 14:20-23; Josefo, Antiguidades dos Judeus, livro 12.4; 13.5
Este artigo foi originalmente publicado entre agosto e outubro de 2004, no site da Koinonia House. www.khouse.org
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