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24 dezembro 2008

A hipótese nebular - crendo no inacreditável

Mitos de nossos dias:

Crendo no Inacreditável

por Chuck Missler, traduzido por Allan Ribeiro

"Ninguém pode acreditar em coisas impossíveis", Alice riu.

"Eu ouso dizer que você não teve muita prática" disse a Rainha. "Quando eu tinha a sua idade, eu sempre fazia isso por meia hora por dia. Ora, algumas vezes eu acreditava em não menos que seis coisas impossíveis antes do café-da-manhã".

Através do Espelho, por Lewis Carroll 1

Para uma cultura presumidamente esclarecida, nossas vidas - e livros escolares - estão contaminados com uma série impressionante de crenças que passam por científicas, mas estão, na verdade em contradição com as evidências disponíveis. Precisamos considerar muitos de nossos acalentados mitos com cauteloso ceticismo e não permitir conjecturas disfarçadas de fatos provados. Com todo o interesse no recente [2002] alinhamento de cinco planetas - Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno no céu noturno ocidental - um dos melhores ajuntamentos em 20 anos (veja o gráfico abaixo),2 o assunto pode ser ótimo para puxar conversa [no original, "conversation piece", algum assunto, ou objeto que é usado pelos cristãos para introduzir o tema da salvação em uma conversa com uma visita].

A Hipótese Nebular

A maioria de nós foi ensinada que os planetas de nosso sistema solar vieram do sol. Pode ser uma surpresa que há sérias dificuldades científicas com essa suposição. Na verdade, uma análise cuidadosa das evidências existentes sugere algumas surpreendentes possibilidades alternativas.

Imanuel Kant, em seu General History of Nature and Theory of the Heavens [História Geral da Natureza e Teoria dos Céus], em 1755 na Alemanha, teorizou que uns quatro bilhões de anos antes, o sol teria ejetado uma cauda, ou um filamento, de material que esfriou e se condensou e, assim, formou os planetas. Kant é geralmente tido como o pai do que é comumente chamado de a "hipótese nebular", mas o verdadeiro pai dessa teoria foi na verdade Emanuel Swedenborg (1688-1772). Swedenborg escreveu seu tratado de cosmologia em 1734, em latim: Prodromus Philosophiae Retiocinantis de Infinito et Cause Creationis .Vinte e um anos antes da publicação de Kant, Swedenborg propôs que is planetas eram o resultado da condensação de uma gaze de filamento ejetado do sol. Swedenborg era um engenheiro de minas com uma larga gama de interesses e também alegava ter poderes psíquicos. Historiadores e biógrafos parecem levá-lo bastante a sério e um número de incidentes públicos fizeram com que seu companheiro, Swedes de Estocolmo, considerá-lo irrefutável. Ele alegou ter confirmado sua hipótese nebular através de sessões espíritas com homens de Júpiter, Saturno e lugares mais distantes (cerca de 20 anos antes, em 1712, quando Swedenborg estava com 24 anos, ele teve a oportunidade de visitar Edmund Halley, em Cambridge, que descreveu para ele os vários aspectos dos cometas e de suas caudas. Halley havia feito um estudo sobre os relatos acerca de vários cometras medievais, suas trajetórias orbitais, datas e descrições e, claro, é famoso por suas previsões acerca do cometa que ainda leva o seu nome).

O famoso matemático Pierre Simon Laplace (1749-1827) endossou a teoria de Kant, mas sem checar as validações matemáticas que ele era capaz de prover. Assim, a hipótese nebular ganhou respeitabilidade geral, a despeito de sérias falhas matemáticas. Escritores subseqüentes continuaram a desenvolver variações desta visão mesmo que dificuldades crescentes a tenham tornado bastante duvidosa.

As Dificuldades Aumentam

O sol contêm 99,86% de toda a massa do sistema solar. Ainda assim, o sol contém somente 1,9% do movimento angular. Os nove planetas contêm 98.1% (isto já era conhecido à época de Laplace um século atrás). Não há explicação plausível que dê apoio a uma origem solar dos planetas. James Jeans (1877-1946) salientou que os planetas exteriores são muito maiores do que os interiores (Júpiter é 5.750 vezes mais massivo do que Mercúrio, 2.958 vezes mais massivo do que Marte, etc.). Esta é uma dificuldade também para as teorias atuais. Outras observações parecem levantar enigmas ainda mais provocativos com respeito à nossa história planetária:

  • Há três pares de taxas rápidas de spin entre nossos planetas: Marte e Terra, Júpiter e Saturno e Netuno e Urano, que estão todas cerca de 3% umas das outras. Por que?

  • Terra e Marte têm spins com inclinação de eixo virtualmente idênticos (cerca de 23,5°). Por que? (Pelo movimento angular e pelos cálculos orbitais, pareceria que três pares desses planetas podem ter sido trazidos para cá de outro lugar).

  • Por que Marte tem 93% de suas crateras em um hemisfério e somente 7% no outro? Parece que mais de 80% delas ocorreram dentro de mera meia hora!

O Sol Encolhendo

O tamanho do sol mudou com o passar dos anos? John A. Eddy (Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics and High Altitude Observatory em Boulder) e Aram A. Boomazian (um mathemático junto a S. Ross Co. em Boston) parecem ter encontrado evidências de que o sol tem se contraído cerca de 0,1% por século, correspondendo à uma taxa de encolhimento de cerda de 1,5 metro/hora3. A informação que Eddy e Boomazian examinaram abrangia um período de 400 anos de observação solar, então o encolhimento do sol, embora pequeno, é aparentemente contínuo. Se o sol era maior no passado do que é agora a 0,1% por século, um criacionista, que possa acreditar que o mundo foi criado aproximadamente seis mil anos atrás, tem pouco para se preocupar: o sol teria sido somente 6% maior na criação do que é agora. No entanto, se a taxa de mudança do raio do sistema solar permaneceu constante, 100 mil anos atrás o sol teria o dobro do tamanho que tem agora, e é difícil imaginar que qualquer vida pudesse existir sob tais condições alteradas. Ainda assim, 100 mil anos é um tempo minúsculo quando se lida com as tradicionais escalas de tempo evolucionistas 4.

Além do que, presumindo (por um raciocínio do tipo uniformista) que a taxa de encolhimento não mudou com o tempo, então a superfície do sol teria tocado a superfície da terra algum tempo no passado igual a aproximadamente 20 million a.C. E, já que as escalas de tempo comumente presumidas para a evolução orgânica variam de 500 milhões de anos a 2.000 milhões de anos5, parece especialmente impressionante, já que todo o desenvolvimento evolucionário, exceto os últimos 20 milhões de anos, aconteceram em um planeta que estava dentro do sol!

Visões de Catastrofismo

A maioria dos autores que lidam com a orgiem do universo - e nosso sistema solar - tendem a uniformistas em suas suposições (assim como os astronômos típicos). Os uniformistas agarram-se à suposição de que as coisas permaneceram essencialmente imutáveis ao longo de bilhões de anos. Há evidências, contudo, de que nosso sistema solar passou por uma série de eventos catastróficos, e é difícil ignorar as inúmeras crateras e outras evidências nos planetas - incluindo a Terra, a lua, et al.- como indicativos de uma história extensiva e turbulenta. Observe a lua através de qualquer par de binóculos e fica claro que ela tem estado em uma vizinhança difícil!

Planeta X?

Anomalias não-resolvidas na órbita dos nove [oito, depois do recente "rebaixamento" de Plutão] planetas conhecidos tem levado a numerosas buscas por um ainda-a-ser-descoberto "Planeta X", o qual tem recebido muitos outros nomes: Vulcano, Oceanus e outras designações. O "Planeta X" vem de Percival Lowell, que construiu um observatório particular em Flagstaff, Arizona, e devotou um esforço considerável em suas buscas antes de morrer em 1916. Das quase 1.000 placas fotográficas de sua última pesquisa foram 515 asteróides, 700 estrelas variáveis, e, ironicamente, duas imagens de Plutão (que não foi descoberto até 1930!)

Clyde Tombaugh iniciou suas pesquisas 1929, e descobriu Plutão em 18 de fevereiro de 1930. Ele continuou suas pesquisas por outros 13 anos e examinou 90 milhões de imagnes de cerca de 30 milhões de imagens de estrelas em mais de 30.000 graus quadrados do céu. Ele encontrou um novo aglomerado globular, cinco novos aglomerados abertos de estrelas, um novo superaglomerado de 1.800 galáxias, e muitos novos aglomerados de pequenas galáxias, um novo cometa, cerca de 775 novos asteróides - mas nenhum novo planeta, exceto Plutão. Ele concluiu que nenhum planeta mais brilhante que a magnitude 16,5 existia.6

Outras Conjecturas

Muitas conjecturas provocativas continuam, das perambulações brincalhonas de cometas e outros corpos planetários remotos, com Immanuel Veilikovsky e seu Mundos em Colisão como um exemplo bem conhecido. As notáveis possibilidades sugeridas por Donald Patten, Loren Steinhauer e Ronald Hatch são abordadas em nosso comentário em "the long day of Joshua," e em algumas outras publicações. 7 Eles propuseram um modelo surpreendentemente compreensivo baseado em ressonâncias orbitais entre a órbita de Marte e a da Terra que parecem explicar sete grandes catástrofes bíblicas e que, estranhamente, parecem ser corroboradas pelos escritos de Jonathan Swift em seu As Viagens de Gulliver!8

E Depois?

Está claro, a partir das Escrituras, que as rupturas no sistema solar ainda não acabaram, e muitos ápices entusiasmantes irão na verdade impactar o planeta Terra logo. Também é assombroso que o Soberano do universo irá instalar o Seu quartel-general em um ponto específico de terra neste mesmo planeta em um futuro não muito distante! (Leia sobre isso em Apocalipse 19.22 e os capítulos finais de Isaías, etc. Apertem os cintos! Será uma grande aventura para aqueles que fizeram o seu dever de casa e estão preparados!).

Enquanto isso, sejamos particularmente cautelosos quanto a "crer em coisas inacreditáveis". Vamos reconhecer as tolices que se disfarçam de ciência e discernir as diferenças entre conjecturas interessantes e a verdade verificável. E vamos mensurar a verdadeira natureza da realidade pela referência estabelecida oferecida pelo próprio Criador, a Palavra de Deus. Finalmente, vamos ter certeza de que não negligenciamos nosso futuro compromisso com Ele. Ele está vindo, "Pronto ou não!". Você está?

* * *

Esta artigo foi originalmente publicado no
Personal Update NewsJournal de Junho de 2002 .
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**NOTAS**

  1. Reverendo Charles Lutwidge Dodgson, escrevendo sob o nome de Lewis Carroll, produziu incomparáveis trocadilhos divertidos com significados ocultos. Ver The Annotated Alice, por Lewis Carroll, com anotações por Martin Gardner, Editor de Matemática da Scientific American, Clarkson N. Potter, New York, 1960.

  2. Ver http://www.astronomy.com para maiores detalhes.

  3. Lubkin, Gloria B., Physics Today, V. 32, N°. 17, 1979.

  4. Ordway, Richard J., Earth Science and the Environment , New York: D. Van Nostrand, 1974, p. 130. Fig. 5-23 nesta página traz uma ilustração típica da escala de tempo evolucionista comumente aceita.

  5. Scientific American , V. 239, No. 3, 1978. Todos os artigos nesta edição listam as várias escalas de tempo evolucionistas.

  6. Para uma discussão completa, veja o website http://seds.lpl.arizona.edu/nineplanets/nineplanets/hypo.html#planetx

  7. Veja nossos pacotes informativos, Signs in the Heavens e The Mysteries of the Planet Mars, ou nosso Expositional Commentary on Joshua .

  8. Patten, Donald W., Hatch, Ronald R., e Steinhauer, Loren C., The Long Day of Joshua, Pacific Meridian Publishing Company, Seattle WA, 1973. Também, Patten, Donald, W., e Windsor, Samuel R., Recent Organization of the Solar System, Pacific Meridian Publishing Company, Seattle WA, 1995.

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